quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!!!

No texto com o mesmo título, postado abaixo, escrevi que quanto mais se desejasse um feliz natal, mais se colaborava com a construção de um ambiente natalino propício a alegria da vinda do aniversariante.
Pois bem, acredito que o clima da terra também se aproveita das emanações natalinas e alguma coisa acontece que se altera positivamente. Constato feliz que o dia está clareando mais cedo, ainda mais bonito. Na segunda feira aconteceu um eclipse da lua maravilhoso. Hoje pelo alvorecer a Lua disputava com o Sol para ver quem ficava mais perto. Depois de um banho de Lua, o Sol veio radiante e iluminou a atmosfera de nossa cidade.
Vamos colaborar desejando mais e mais "Feliz Natal!".

MINISTERIO DA DILMA(LULA)

UM TEXTO DE ELIO GASPARI

Na melhor das hipóteses, Dilma Rousseff compôs um ministério de continuidade buscando talentos no segundo escalão. Na pior, apresentou uma promessa medíocre.

Fez sua campanha prometendo desenvoltura na Educação e na Saúde. Manteve na Educação um titular franqueado por seu “Grande Mestre” e nomeou para a Saúde, credenciado pelo aparelho do PT, um infectologista vindo da pasta da Articulação Política, contaminado pelas febres inerentes ao cargo.

A nobiliarquia ministerial tem 35 marqueses e três duques que realmente contam: Fazenda (com a Receita), Justiça (com a polícia) e a Casa Civil, com o resto.

Dos três, Guido Mantega é aquele que traz melhor desempenho. Pode não ser muita coisa, mas é alguma coisa. Na Justiça, José Eduardo Cardozo prenuncia um comissariado movido pela obsessão de uma reforma política destinada a empurrar o voto de lista e o financiamento público (leia-se “pelo público”) das campanhas eleitorais. Por enquanto, o principal objetivo dessa mobilização é erguer uma bandeira sob cuja sombra espera-se criar um arcabouço teórico que justifique a absolvição da quadrilha do mensalão.

Antonio Palocci chegará à Casa Civil com dois sucessos: a estabilização econômica durante o surto de terrorismo financeiro de 2002/2003 e uma espetacular dispensa pelo Supremo Tribunal Federal no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo.

Irmanados na fé petista, Dilma e Palocci tendem a formar uma poderosa dupla. Não se deve esquecer, contudo, que a futura presidente assumiu de fato a Casa Civil em novembro de 2005, quando enfrentou o último canto daquilo que se denominava ekipekonômica. Diante de um plano de ajuste fiscal de longo prazo, concebido nos ministérios da Fazenda (Palocci) e Planejamento (Paulo Bernardo), ela mostrou a que viera. Detonou o trabalho (”rudimentar”) e calou o contraditório: “Esse debate é absolutamente desqualificado, não há autorização do governo para que ele ocorra.”

Com esse episódio, fechou um ciclo iniciado nos anos 90, por meio do qual a ekipekonômica emparedava o governo com planos, entrevistas e artigos de notáveis. Na verdade, não foi Dilma Rousseff quem prevaleceu. Ela apenas vocalizou a posição de Nosso Guia e tanto Palocci como Paulo Bernardo entenderam.

A boa notícia, ou pelo menos o depósito de esperanças, está numa trinca da bancada de feminina: Miriam Belchior (Planejamento), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente). Elas têm a característica que identificava Dilma Rousseff em 2002, ao ser chamada para o Ministério de Minas e Energia. Acumulam currículos e, no caso das duas primeiras, militância petista.

Foi fácil para Dilma Rousseff compor um ministério que representa a continuidade do projeto de poder de Lula. Fica faltando definir o papel de Nosso Guia a partir de 2 de janeiro, quando retornará ao mundo onde os sinais de trânsito podem estar fechados, portas não abrem sozinhas e, como já percebeu, as pastilhas Valda de Guido Mantega vão para Dilma.

Depois de todo o esforço de composição do ministério, o governo de Dilma Rousseff continua onde sempre esteve: qual o papel de Lula, o pau do circo, que não está em lugar nenhum, mas deu a todos os lugares onde estão?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Insaciável sede de impostos.

O Brasil em 2009 chegou muito próximo do primeiro-mundo. Naturalmente que não me refiro à eficiência energética ou à pesquisa e tecnologia. A aproximação foi da pior maneira possível. Caso pertencêssemos ao clube fechado da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCED) estaríamos em quinto lugar em carga tributária, atrás apenas de Dinamarca, Suécia, Itália e Bélgica, conforme noticia o respeitável Instituto Brasileiro de Administração Tributária.

Diante dos números é imperativo comparar o que faz o Brasil e os países citados com a pesada intervenção estatal no bolso do contribuinte. Enquanto no hemisfério rico, a elevada carga de tributos é vetor de qualidade de vida, por aqui significa uma das partes mais perversas do chamado “Custo Brasil”, o indicador que mede, sobretudo, a nossa incapacidade de ter competitividade no mercado internacional.

Vamos começar pela educação para se ter uma medida do que o Estado eficiente faz com o dinheiro público e como o aplicamos nestes alegóricos trópicos. De acordo com o estudo Education at a Glance 2010, da OCED, a Bélgica, por exemplo, possui uma carga tributária equivalente a 43,2% do PIB, mas aplica em educação de primeiro grau US$ 7.363 anuais por aluno. Já o Brasil investe por aluno US$ 1.862, o que certamente explica em parte o fato de termos nos posicionado no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2010 em 53º lugar entre 65 países avaliados e a Bélgica figurar no topo da tabela, na 11ª posição.

O fosso entre a elevada carga tributária e os resultados apresentados com uso do dinheiro pode ser demonstrado em vários outros aspectos. Um belo patamar é o Ranking de Competitividade Global estabelecido pelo Fórum Econômico Mundial, parâmetro que avalia a estabilidade e abertura da economia e os indicadores de desigualdades sociais. Entre os 139 países analisados, o Brasil ocupa a 58ª posição, enquanto a Suécia é o 2º mais competitivo e a Dinamarca o 9º.

Quando é demonstrado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, a distância para o primeiro mundo é bastante parecida. O estudo que leva em conta a renda per capita, a expectativa de vida, a escolaridade e a expectativa de vida escolar, situa o Brasil no 73º posto, enquanto a Suécia ocupa o 9º lugar e a Bélgica o 18º entre 169 países avaliados. Até o Azerbaijão dá um banho no Brasil em matéria de IDH.

Talvez o melhor indicador para aferir o quanto é perverso e contraproducente o nosso sistema tributário seja o documento Fazendo Negócios 2010, elaborado pelo Banco Mundial. O estudo leva em conta o ambiente de negócios de cada país no que se refere ao marco regulatório que se aplica às empresas e especialmente o custo de composição dos impostos no empreendimento. Entre 183 países avaliados, o Brasil ocupa a 129ª posição.

Por aqui, as empresas médias consumem nada menos do que 2,6 mil horas anuais com a burocracia tributária, enquanto na América Latina a média é 385,2 horas e no âmbito da OCED o tempo baixa para 194,1 horas. De acordo com o estudo do Banco Mundial, 69,2% dos lucros das empresas brasileiras são usados para pagar impostos, enquanto no hemisfério norte o percentual comprometido é de 44,5%.

Para fechar os péssimos exemplos entre elevada a carga tributária e a aplicação do dinheiro público, é preciso citar o Índice de Percepção da Corrupção elaborado pela ONG Transparência Internacional 2010, no qual entre 180 países analisados, ocupamos o 69º lugar, enquanto a Dinamarca, cuja carga tributária é a mais perversa do planeta, é o primeiro menos corrupto do globo.

A reforma tributária é sem dúvida a grande agenda política para a próxima legislatura e sem qual a capacidade de o Brasil permanecer na rota do crescimento econômico estará seriamente comprometida. O atual sistema penaliza a produção, peca pelo excesso de burocracia, grava com mais rigor justamente os mais pobres e rouba a competência empresarial do País. Só é interessante para saciar a sede de impostos dos ocupantes do Poder Executivo, que apesar da Lei de Responsabilidade Fiscal, estão longe de observar a cartilha básica da boa governança.

Aos leitores, feliz natal e que ano novo traga esperança de menos impostos para o bem do nosso bolso e principalmente do Brasil.



Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!!!!!

Desejar um feliz natal é uma convenção? Desejar feliz natal é simplesmente cumprir um ritual ou é uma expressão de vontade sincerra?
Ao repetir a expressão - "Feliz Natal!" - estamos colocando o verdadeiro sentimento natalino em suas vibrações?
Sim. É o que espero.
Contudo, mesmo que estejamos simplesmente cumprindo um ritual, é positivo desejarmos que o natal seja feliz. Cada vez que expressamos essa vontade estamos colaborando para ampliarmos esse ambiente natalino. Toda o planeta se envolve em vibrações de alegria, as luzes embelezam as casas, as ruas, as cidades. As cores trazem boas emoções, as musicas elevam os pensamentos, tudo se transforma.
É claro que ainda vivemos num ambiente terreno de provas e expiações onde a verdadeira felicidade ainda não faz morada. Mas a época natalina colabora para melhorar momentâneamente esse quadro e ajuda-nos a sonhar que um dia estaremos residindo num planeta de regeneração, onde o bem supera o mal, onde o perdão é uma constante, onde o amor se expressa na caridade, onde a paz nasce de nosso íntimo e se irraadia a todos os corações.
Ainda passaremos muitos natais sem que o aniversariante seja entendido e, seu aniversario valorizado condignamente.
Enquanto isso vamos continuar desenjando - Feliz Natal! a todos aqueles que encontrarmos.
É o que desejo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Destruição dos rios: ameaça é crescente

Lúcio Flávio Pinto:


Desde as primeiras letras aprendemos que a bacia do rio Amazonas é a maior do mundo. Ninguém nunca duvidou que ele era o mais caudaloso do planeta, mas se questionava essa primazia quanto ao seu comprimento. Hoje a controvérsia está esclarecida: com 6.937 quilômetros de extensão, o Amazonas supera em 140 quilômetros o Nilo, que perdeu essa liderança multissecular.


Qualquer número em relação ao “rio-mar” (ou o “mar doce” dos espanhóis, os primeiros europeus a navegá-lo) é grandioso. Ele lança, em média, 170 milhões de litros de água por segundo no Oceano Atlântico. Suas águas barrentas podem avançar 100 quilômetros além da barreira de águas salgadas e projetar seus sedimentos em suspensão no rumo norte, até o litoral da Flórida, nos Estados Unidos. São milhões de toneladas de nutrientes, arrastados desde a cordilheira dos Andes, onde nasce o grande rio, e engrossados por seus afluentes, que também se posicionam entre os maiores cursos d’água que existem.


Essas grandezas têm servido de inspiração para o ufanismo nacional, mas não para tratar melhor os nossos gigantes aquáticos. Nenhum brasileiro – ou mesmo o nativo – dá ao Amazonas a importância que os egípcios conferem ao Nilo. O Egito não existiria sem a faina incansável do seu grande rio, a fertilizar suas margens, cercadas por desertos hostis, e civilizar o país. Por isso, é considerado sagrado.


Os brasileiros parecem acreditar que, por ser monumental, abrangendo 7 milhões de quilômetros quadrados do continente sul-americano (quase dois terços em território brasileiro), a bacia amazônica foi blindada pela mãe natureza contra as hostilidades do homem. Já está na hora de se pôr fim a essa ilusão, acabando com a insensibilidade geral, que se alimenta do desconhecimento e da desinformação. O Amazonas está sob ameaça.


Não uma, mas várias. Um dos capítulos mais recentes está sendo travado diante da maior cidade da Amazônia, Manaus, a capital do Estado do Amazonas, com seus 1,7 milhão de habitantes (2 milhões com as duas cidades vizinhas). No dia 5, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) decretou o tombamento do encontro das águas do Amazonas com o Negro, um dos seus principais tributários da margem esquerda.


O desavisado pode até achar que o ato é de significado museológico, para efeito acadêmico. O processo do tombamento, porém, se arrastou durante dois anos. Deveria ser simples: a área de 30 quilômetros quadrados, o polígono de terra e água onde ocorre a junção dos dois enormes rios, é cenário para o maior de todos se encontrar com o maior rio de águas negras do mundo. Na margem direita, o barrento Solimões pressiona o rio ao lado, que ganhou seu nome pela inusitada cor das suas águas, num entrevero que pode se estender por 10 quilômetros lineares nas duas direções.


É um encontro ciclópico. A vazão do Solimões nesse ponto (onde justamente muda pela última vez de nome, passando a ser Amazonas) é de 135 milhões de litros de água por segundo. A do Negro, que chega ao fim do seu percurso de 1.700 quilômetros, a partir da Venezuela, é de 50 milhões de litros. Encorpado, o Amazonas segue em frente até a foz, dois mil quilômetros abaixo. Não sem antes oferecer o espetáculo das duas cores líquidas em paralelo ou em fusão tumultuada, para a admiração ou o espanto de uma crescente legião de turistas.


O problema é que no ponto de encontro dos rios está Manaus, com 60% da população e 90% da riqueza de todo Estado do Amazonas, o maior do Brasil, com 20% do território nacional. Desde quase meio século atrás, Manaus deixou de ser o produto do Amazonas para ser o efeito da Zona Franca, um entreposto comercial e um núcleo industrial que só se tornaram possíveis pela renúncia da União a recolher o imposto sobre a importação das empresas instaladas na remota paragem.


Hoje, Manaus é a origem do maior fluxo de contêineres do país. Motocicletas, computadores, geladeiras e muitos outros produtos são mandados para o sul do país, principalmente São Paulo, e espalhados para outros destinos. O velho porto flutuante, que os ingleses construíram no início do século XX para atender a exportação de borracha (que chegou a ser responsável por 40% do comércio exterior brasileiro), não serve para essa demanda nova.


A pressão é tão forte que alguns terminais privados, legais ou não, surgiram na orla da cidade. O maior deles, o Porto Chibatão, foi parcialmente arrastado, no mês passado, pelas águas do Negro, a apenas três quilômetros do seu encontro com o Amazonas, com mortes e a perda de diversos contêineres. Qualquer ribeirinho sabia que o local era contra-indicado para o fluxo de carga que o precário terminal movimentava.


Um novo, muito maior e mais adequado, está sendo projetado para uma área de 100 mil metros quadrados, na qual poderão ser estocados 250 mil contêineres. Antes desse mega-terminal, porém, uma subsidiária da mineradora Vale (o nome privatizado da Companhia Vale do Rio Doce, quando estatal) começou a construir seu próprio porto, com investimento de 220 milhões de reais.
Nele deverá operar seu novo navio cargueiro, com capacidade para 1.500 contêineres, e outros cinco já encomendados, por algo como meio bilhão de reais, multiplicando sua capacidade de transporte.


Esses números pareciam muito mais importantes do que a localização do porto, na província paleontológica das Lages, próximo de uma tomada de água para 300 mil habitantes da cidade e de um lago, o último do rio Negro, importante para milhares de moradores de um bairro que se formou em torno dele.


O processo que levou ao desmoronamento do Porto Chibatão seguiria sua lógica malsã se não tivesse surgido a iniciativa de tombar o encontro das águas. Ninguém se aventura a dizer-se contra o tombamento, mas ele provocou uma batalha judicial que chegou a Brasília, com vitórias e derrotas, protelações e pressões, até que, no dia 5, finalmente o Iphan assumiu a tutela sobre o encontro das águas.


Qualquer novo projeto que a partir de agora se fixe na área do polígono terá de ser submetido ao instituto, além de obter a licença ambiental. Certamente haverá quem se indigne com o fato: o raciocínio automático é de que a razão (ou anti-razão) econômica prevaleça sobre qualquer outro tipo de consideração – e sempre com vantagens para o investidor.


A decisão do Iphan, que ainda vai sofrer questionamento judicial, não bloqueia a evolução dos empreendimentos produtivos na região, mas talvez ajude o país a se dar conta de que destruindo os recursos naturais, em especial aqueles que representam uma grandeza única, é a Amazônia que estão destruindo. Substituem a galinha dos ovos de ouro por um cavalo de Tróia. Na mitologia ou na realidade, sabemos qual será o desfecho.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

DÍVIDA EXTERNA + DIVIDA INTERNA = ABSURDO

DÍVIDA EXTERNA = é como uma dívida que você deve para bancos e outras pessoas...

DÍVIDA INTERNA = é como uma dívida que você deve para sua mãe, pai ou parente...

Quando LULA assumiu o Brasil, em 2002, os montantes eram:
* dívida externa 212 Bilhões
* dívida interna 640 Bilhões
* Total de dívidas: 852 Bilhões

Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa. E é verdade.



Só que ele não explicou que, para pagar a externa, ele aumentou a interna:

Em 2007, no governo Lula:
* Dívida Externa = 0
* Dívida Interna = 1 Trilhão e 400 Bilhões
* Total de dívidas = 1 Trilhão e 400 Bilhões


Ou seja, a dívida externa foi paga, mas a dívida interna mais do que dobrou.

Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada.


Sabe por quê?



Porque ela voltou.

Em 2010:
* Dívida Externa= 240 Bilhões
* Dívida Interna = 1 Trilhão e 650 Bilhões
* Total de dívidas = 1 Trilhão e 890 Bilhões


Ou seja, a dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão no governo LULA.


Daí é que vem o dinheiro que o Lula está gastando no PAC, bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura, bolsa para presos, dentre outras bolsas...


Não é com dinheiro de crescimento; é com dinheiro de ENDIVIDAMENTO.

Compreenderam?



Ou ainda acham que Lula é mágico? Ou que FHC deixou um caminhão de dólares pro Lula gastar?

Quer mais detalhes sobre dívida interna e externa do Brasil?


Acesse:
http://www.sonoticias.com.br/opiniao/2/100677/divida-interna-perigo-a-vista




Dívida Interna: perigo à vista
Autor: Waldir Serafim

A dívida interna do Brasil, que montava R$ 892,4 bilhões quando Lula assumiu o governo em 2003, atingiu em 2009 o montante de R$ 1,40 trilhão de reais e, segundo limites definidos pelo próprio governo, poderá fechar 2010 em R$ 1,73 trilhão de reais, quase o dobro. Crescimento de 94% em oito anos de governo.

Para 2010, segundo Plano Nacional de Financiamento do Tesouro Nacional, a necessidade bruta de financiamento para a dívida interna será de R$ 359,7 bilhões (12% do PIB), sendo R$ 280,0 bilhões para amortização do principal vencível em 2010 e R$ 79,7 bilhões somente para pagamento dos juros (economistas independentes estimam que a conta de juros passará de R$ 160,0 bilhões em 2010). Ou seja, mais uma vez, o governo, além de não amortizar um centavo da dívida principal, também não vai pagar os juros. Vai ter que rolar o principal e juros. E a dívida vai aumentar.

A dívida interna tem três origens: as despesas do governo no atendimento de suas funções típicas, quais sejam, os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em infraestrutura, etc..



Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é recorrente no Brasil, cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer empresa ou família, terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits fiscais, como era feito no passado.



A segunda origem são os gastos com os juros da dívida. Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida.



A terceira causa decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto.

A gestão das finanças de um governo assemelha-se, em grande parte, a de uma família.



Quando se faz um empréstimo para comprar uma casa para sua moradia, desde que as prestações mensais caibam no seu orçamento familiar, é visto como uma atitude sensata. Além de usufruir do conforto e segurança de uma casa própria, o que é um sonho de toda família, depois de quitado o empréstimo restará o imóvel.



No entanto, se uma família perdulária usa dinheiro do cheque especial para fazer uma festa, por exemplo, está, como se diz na linguagem popular, almoçando o jantar. Passado o momento de euforia, além de boas lembranças, só vão ficar dívidas, e muito pesadelo, nada mais.

No caso, o Brasil está mais assemelhado ao da família perdulária: gastamos demais, irresponsavelmente, e entramos no cheque especial. Estamos pagando caro por isso.



Como o governo não está conseguindo pagar a dívida no seu vencimento, e nem mesmo os juros, ao recorrer aos bancos para refinanciar seus papagaios, está tendo de pagar um “spread” (diferença entre a taxa básica de juros, Selic, e os juros efetivamente pagos) cada vez mais alto (em 2008 no auge da crise, o governo chegou a pagar um “spread” de 3,5% além da Selic). E isso, além de aumentar os encargos da dívida, é um entrave para a queda dos juros, por parte do Banco Central.

O governo tornou-se refém dos bancos: precisa de dinheiro para rolar sua dívida e está sendo coagido a pagar juros cada vez mais altos (veja os lucros dos bancos registrados em seus balanços).



Em 2009, em razão das altas taxas de juros pagas, o montante da dívida cresceu 7,16% em relação ao ano anterior, mesmo o PIB não registrando qualquer crescimento.


O problema da dívida interna não é somente o seu montante, que já está escapando do controle, mas sim qual o destino que estamos dando a esses recursos.



Como no caso da família que pegou empréstimo para comprar uma casa própria, se o governo pega dinheiro emprestado para aplicar em uma obra importante: estrada, usina hidroelétrica, etc. é defensável. É perfeitamente justificável que se transfira para as gerações futuras parte do compromisso assumido para a construção de obras que trarão benefício também no futuro.

Mas não é isso que está acontecendo no Brasil. O governo está gastando muito e mal. Tal qual a família perdulária, estamos fazendo festas não obras. Estamos deixando para nossos filhos e netos apenas dívidas, sem nenhum benefício a usufruir.



Deixo para o prezado leitor, se quiser, elencar as obras que serão deixadas por esse governo.

Não tenho bola de cristal para adivinhar quem vai ser o próximo presidente da República: se vai ser ele ou ela, mas posso, com segurança, afirmar, que seja quem for o eleito vai ter que pisar no freio, logo no início do governo. Vai ter que arrumar a casa.


Waldir Serafim é economista em Mato Grosso

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

UM REGUFFE SÓ FAZ VERÃO????

Reproduzo post de Octavio Pessoa publicado no blog dele, cuja leitura e seguimento eu recomendo.

UM REGUFFE SÓ NÃO FAZ VERÃO
Octavio Pessoa

Se “Uma andorinha só não faz verão”, um Reguffe só também terá dificuldade de fazê-lo. Quem é ANTONIO José Machado REGUFFE?

É um jornalista e economista nascido no Rio de Janeiro e criado em Brasília que se elegeu deputado federal pelo Distrito Federal, nas últimas eleições, com uma votação proporcionalmente considerada, maior que o palhaço Tiririca. Sim, o eleitorado de Brasília é muito menor que o do estado de São Paulo. De cada cinco votos dos brasilienses, um foi para Reguffe. Ele obteve duzentos e sessenta e seis mil e quatrocentos e sessenta e cinco votos, o equivalente a quase dezenove por cento do eleitorado do Distrito Federal.

Qual o segredo para essa façanha? A coerência entre o discurso e a prática, durante seu mandato de deputado distrital, conquistado em 2006. Deputado distrital é o equivalente, no Distrito Federal, aos deputados estaduais, nos estados.

Ou seja, o deputado Reguffe está concluindo seu primeiro mandato de deputado distrital e no próximo ano, assumirá uma cadeira na Câmara dos Deputados. O que Regufffe se propôs a fazer e o fez, nos quase quatro anos, na Câmara Legislativa de Brasília?

Primeiro, abriu mão dos décimo quarto e do décimo quinto salários, prerrogativa dos deputados, para igualar-se a todos os trabalhadores que ganham apenas treze salários; eliminou 14 vagas de assessores e diminuiu a ajuda de custo de seu gabinete. Com isso, economizou aos cofres públicos mais de R$ 53 mil por mês, num total de R$ 3 milhões, nos quatro anos de mandato. Dinheiro que poderia ser empregado em educação, saúde, segurança pública, e não, por exemplo, para os deputados distritais terem assessores em excesso.

Com desprendimento sincero, Reguffe não é nenhum milionário, o deputado ficou à vontade para aprovar projetos de lei sintonizados com os interesses da cidadania e de rejeitar aqueles que não consultam os interesses públicos, independentemente de terem sido apresentados pelo governo ou pela oposição.

E graças a essa rara independência, viu serem aprovados projetos de lei de sua autoria como o que concede bônus-desconto de 20%, ao consumidor que reduz seu consumo de água, tomando como base o consumo do mês do ano anterior. Projeto esse, que está sendo copiado por várias assembléias legislativas, em todo Brasil. Aprovou também, o que incentiva o uso de bicicleta, obrigando a instalação de bicicletários nos centros comerciais e bancos. O parlamentar formulou ainda, várias denúncias, exercendo efetivamente o papel de fiscal da aplicação dos recursos públicos, que todo parlamentar deveria exercer.

Nas últimas eleições, Reguffe votou no primeiro turno em Marina Silva. No segundo, não apoiou nem Serra nem Dilma, por não se sentir representado seja pelo PT ou pelo PSDB, sendo o partido a que é filiado, o Partido Democrático Trabalhista- PDT, da base de sustentação do governo federal, para onde foi levado por Cristóvam Buarque.
Nas eleições de Brasília, Reguffe apoiou Agnelo Queiroz para o governo. Fez isso porque considera que Roriz já governou a cidade por 14 anos e já demonstrou sobejamente a que ele veio. E Agnelo representa um novo caminho, outra alternativa para Brasília, apesar de, pelo gosto de Reguffe, Brasília merecer algo diferente do PT e de Roriz.
A fórmula é essa. Coerência entre a ação e discurso de campanha. No exercício de seu mandato de deputado distrital, Reguffe foi coerente com seu discurso, o que explica seu sucesso na disputa à Câmara dos Deputados.

Para o novo deputado federal, a discussão de uma reforma política, no Congresso Nacional, é urgente e necessária. “Este país precisa de uma reforma política profunda e urgente. As pessoas hoje não se consideram representadas pela classe política e há um poço que separa representantes de representados. Nós vivemos em um Estado Democrático de direito, mas não vivemos em um Estado Democrático de fato. Há uma crise na nossa democracia representativa que é culpa dos personagens, dos desvios éticos inaceitáveis, e também, culpa do sistema”, diz o deputado que resume sua proposta em cinco pontos.
O primeiro é o fim da reeleição para cargos executivos e a proibição de mais de uma única reeleição para cargos legislativos. É preciso oxigenar a política constantemente, quebrar vícios e renovar a política de uma forma constante, afirma ele.

Segundo, a instituição do voto facultativo no Brasil, vale dizer, e o fim do voto obrigatório. O resultado do voto obrigatório, para Reguffe, é o Tiririca. Com o voto facultativo, os Tiriricas não seriam eleitos. Além do que, como é sabido, o voto obrigatório dá margem a todo tipo de influência do poder econômico. É preciso trazer mais consciência ao gesto de votar.

Terceiro, o voto distrital. Para Reguffe, hoje há uma distância enorme entre representantes e representados, “e precisamos diminuir esta distância. A política tem de se tornar mais acessível”.

Voto distrital é aquele em que a circunscrição eleitoral é dividida em diversos distritos e o parlamentar representa os interesses de determinado distrito, tornando-se mais fácil o controle da ação parlamentar por seus eleitores. Trata-se de um sistema presente em diversos países europeus e no Chile.
Neste ponto, referindo-se às campanhas em Brasília, diz o parlamentar, “os candidatos têm de fazer campanha no Distrito Federal todo, tornando-se muito caro. Se diminuir a área geográfica, você acaba barateando a campanha”

Quarto ponto, instituição de um sistema de revogabilidade de mandatos parlamentares. Pela idéia de Reguffe, o candidato teria que registrar suas propostas de campanha junto ao respectivo TRE ou TSE, que registraria em seu site, os compromissos de cada candidato. Uma vez eleito, qualquer eleitor, tendo ou não votado no parlamentar, poderia pedir, na Justiça, de volta o mandato de quem descumprisse qualquer um dos compromissos de campanha.

O último ponto da proposta de Reguffe é a proibição de doações privadas, com o financiamento das campanhas feito exclusivamente pelo fundo de financiamento das campanhas eleitorais. Sendo esse fundo diferente do proposto no projeto de lei que hoje tramita no Congresso Nacional. Em linhas gerais, pela proposta Reguffe, o TSE e os TREs fariam uma licitação para a contratação de gráfica e produtora que imprimiriam e gravariam o material de divulgação de todos os candidatos, com os mesmos tamanho, quantidade e formato, permitindo assim, igualdade de condições entre os disputantes das eleições. “Hoje há uma promiscuidade enorme entre público e privado”, diz ele, “e esta nova regra daria uma chance maior de uma pessoa digna disputar uma eleição, em condições menos desiguais”.

Este é o resumo das idéias do deputado distrital e deputado federal eleito, Antonio Reguffe. O bom senso do leitor é suficiente para o juízo de valor dessas propostas.

Repercuto aqui, é o que poucos canais jornalísticos – televisivos, radiofônicos ou impressos - tiveram coragem de trazer a público: o “novo” que emergiu nessa última campanha eleitoral.

E o novo incomoda. A reação dos pares de Reguffe na Câmara Legislativa do Distrito Federal, até onde sei, não foi pequena nem episódica. Foi contundente e constante. No início, as vivandeiras do “não vai dar certo” ou do “o que é que esse rapaz está querendo?” tentaram confundir, perante a opinião pública, a postura ética, honesta e acima de tudo, inovadora de Reguffe, procurando igualá-lo a Collor de Mello, caçador de marajás.

Não colou. Pelo contrário. Quando veio à tona o suprassumo da podridão do sistema encastelado nos poderes constituídos do Distrito Federal - o escândalo do mensalão da Câmara Distrital de Brasília, que levou à prisão o governador Arruda e a quadrilha que o rodeava, formada inclusive por parlamentes - Reguffe não só passou ao largo de qualquer acusação, como influiu desde o início do processo e sua postura foi decisiva, para que tudo não terminasse em pizza, ainda que solução dada ao episódio, não tenha sido a desejada por Reguffe.

O embate estabelecido ainda na Câmara Legislativa do Distrito Federal é a velha disputa entre a criatividade e a mediocridade, em que a mediocridade não precisa articular-se deliberadamente, porque ela já é naturalmente articulada contra o novo, quase sempre solitário. É o medo dos medíocres se perder privilégios e favores, conquistados à socapa, nas sombras e desvãos dos sistemas podres, porque sabem que às claras não sobrevivem.

Exerço aqui, meu papel cidadão de compartilhar informações sonegadas solenemente pelos canais de comunicação de maior audiência, por motivos óbvios. Trago as teses reguffianas para discussão, convocando meus leitores à reflexão sobre elas. Quiçá as aprimoramos e as enriquecemos, concorrendo assim, para a tão sonhada mudança das regras atuais que forçam as pessoas dignas, ainda que vocacionadas para a vida pública, a fugir do “mundo da política”, certas da sordidez que prevalece nesse mundo, em que prevalecem os mentecaptas, com as honrosas e felizes exceções.

Por último, externo minha angústia diante desse quadro e manifesto minha aspiração por que outros Reguffes surjam na vida nacional, para vislumbrarmos um futuro mais justo, fraterno, humanístico e sustentável, para as futuras gerações.

Reguffe é, a meu ver, a andorinha do adágio popular, que precisa com urgência, de outras andorinhas para que o verão possa ser profícuo.

OCTAVIO PESSOA – advogado, jornalista e auditor federal de controle externo
E-mail: octavio.pessoa.ferreira@gmail.com

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Minha Casa, Minha Vida/a malversação da verdade

Um surto de dissimulação varre o programa Minha Casa, Minha Vida.
No lançamento, em março de 2009, prometia-se a entrega de 1 milhão de casas até o final de 2010.
Com o tempo, as casas foram sendo convertidas em promessas de papel.
Em vez de moradias prontas, passou-se a falar de número de contratos.
Em 30 de junho, a Caixa Econômica anunciou que o volume de contratos assinados era de 520,9 mil.
Em 26 de agosto, o Ministério das Cidades elevou a conta para 604 mil. Em 10 de setembro, a Caixa falou em 630,9 mil contratos.
No mês seguinte, 15 de outubro, a conta da pasta das Cidades já somava 732 mil.
Neste final de semana, o ministro Márcio Fortes tonificou o número de contratações de moradias para alguma coisa “na faixa de 800 mil unidades”.
Empenhado em continuar ministro, Fortes repisou a meta de 2010: “Perseguimos o objetivo de fechar 1 milhão de residências contratadas”.

Antes, trombeteavam-se os números da Caixa. Agora, o ministro inclui na conta “unidades” supostamente contratadas pelo Banco do Brasil.

Fala também de casas que serão erguidas sobre os alicerces de “ações do próprio Ministério das Cidades”.

Acomoda a coisa toda num mesmo balaio: “Tudo isso faz parte do Minha Casa, Minha Vida.”
Para medir a taxa de embromação que separa os anúncios oficiais daquilo que realmente acontece é preciso responder:
Afinal, quantas chaves foram às mãos de felizardos proprietários? O governo foge da resposta como os sem-teto da chuva.

Em 13 de agosto, as repórteres Andréa Michael e Daniela Lima informaram que a Caixa omitia de suas divulgações propagandísticas os dados desfavoráveis.

A instituição abstinha-se de informar a quantidades de casas efetivamente levantadas. Alegava não dispor do levantamento. Lorota.

Os números existiam, mas só chegavam às mãos dos “parceiros do programa”. No balanço de 30 de junho, manuseado pelas repórteres, anotou-se:

Para a clientela mais pobre, de até três salários mínimos, haviam sido contratadas 240,569 mil casas. Desse total, apenas 1,2% chegara ao telhado.
O número de chaves efetivamente entregues era ainda mais modesto: escasas 565 moradias. Ou 0,23% do contratado.

No dia seguinte, 14 de agosto, inquiriu-se Dilma Rousseff sobre a miudeza dos números. Na resposta, ela preferiu tratar dos contratos, não das casas:
"Estamos dando um show, porque tem mais de 500 mil [unidades] contratadas, quando se dizia que não conseguiríamos 200 mil".
Quanto ao esconde-esconde das informações que tratam das casas prontas, Dilma escorregou:
"Aí você pergunta para a Caixa. Não tenho a menor condição de responder. Se não mostrou, está errado...”
“...A Caixa tem um dos melhores desempenhos dos últimos anos em matéria de habitação".

Pelo cronograma oficial, depois de contratada, a casa demora entre um e dois anos para ficar pronta.

Significa dizer que, cumprida a meta de 1 milhão de contratos, as últimas casas prometidas por Lula seriam entregues em 2012, segundo ano da gestão Dilma.

Na propaganda eleitoral de 2010, Dilma adicionou ao já prometido um segundo andar de promessas. Disse que vai entregar mais 2 milhões de unidades. Falou de casas, não de contratos.

Considerando-se o déficit habitacional do Brasil (5,6 milhões de moradias, numa conta de 2008), o flagelo merece o tratamento de prioridade.

Natural que, em fase de campanha, a marquetagem açule os sonhos. Mas a malversação da verdade, quando é muita, costuma resultar em desculpa esfarrapada e frustração.

Escrito por Josias de Souza

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TEMPO PARA REFLEXÃO!!!!!!

Texto de George Carlim
Nós bebemos demais, gastamos sem critério, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos cansados demais, lemos muito pouco, assistimos tv demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens mas redusimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver mas não a bem viver; adicionamos anos as nossas vidas mas não vida aos nossos anos....

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Retomada a bandeira contra criação da CPMF

Uma semana depois da eleição, a oposição encontrou a bandeira que parece ter faltado na campanha. Na iminência do retorno da CPMF, o imposto sobre os cheques, o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), já reativou o "Xô, CPMF". O movimento fez barulho em 2007, época em que a contribuição foi extinta depois de derrota governista no Senado.

Tímido durante a campanha presidencial, o debate em torno da questão dos impostos promete ser acalorado no período de transição para o governo de Dilma Rousseff.

Ontem, o site do movimento (www.xocpmf.com.br) foi reativado e pelo menos duas entidades - a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas - já aderiram às manifestações contrárias ao retorno do tributo. Pelo menos 13 dos 27 governadores se mostram favoráveis à reedição da CPMF para financiar recursos para a área da saúde.

Um dos idealizadores da proposta, Bornhausen já montou estratégia para mobilizar a sociedade civil contra o retorno do imposto. Na próxima semana, um evento do "Xô, CPMF" deve ser realizado no Congresso.

"Essa volta da CPMF é um sanatório geral. Temos de reagir e mobilizar a sociedade civil de fora para dentro", anotou. Com ampla maioria no Congresso, o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), tem grande chance de reeditar o tributo. "Daí a necessidade de as entidades e a sociedade em geral encampar novamente a ideia do Xô CPMF", reforçou o líder do DEM.

Mão de gato. Para Bornhausen, a reedição do tributo é um "tapa na cara com mão de gato". "Se o governo quer mais recursos para a saúde, ele que tire dinheiro de estradas que não constrói e coloque na saúde que não atende", afirmou. "A prioridade deve ser a saúde. As estradas podem ser feitas por meio de concessões, mas falar em volta da CPMF só pode ser deboche."

sábado, 6 de novembro de 2010

Eu avisei!!

No dia 19 de outubro de 2010 eu postei aqui no blog "Três motivos para não votar na Dilma" sendo que um deles era justamente a recriação da "CPMF", que considero desnecessária, inoportuna e que se junta a absurda carga tributária para escamotear a enorme falta de capacidade de gerenciamento dos nossos governantes.
Em momento nenhum da campanha se debateu o assunto. Quando se falava em reforma tributária sempre se referia a diminuição da carga tributária nunca em aumento de imposto.
No entanto aí está posto o tema como se fosse uma unanimidade. Mas na verdade todo esse movimento não passa de um tremendo golpe nos eleitores mais desavisados.
A maioria dos governadores se posicionaram favoráveis. Os que são favoráveis o são por não ter capacidade de gerenciamento e buscam no aumento de receita uma válvula de escape para suas adminsitrações que já se iniciam desastrosas.
A OAB foi a primeira entidade de carater nacional a se posicionar contra.Quem discordar deve também se posicionar.
Povo unido e organizado jamais será vencido.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O PODER NÃO EXISTE !!!!

O poder como imaginamos, perene, definitivo, imutável, total,não existe. Ele é tão somente um delírio do presente que se esvanece e desaparece como fumaça por entre as claridades do amanhecer.
O poder é uma ilusão,deixe-o a quem dele ainda precisar ou quiser. Deixe-o aos sonâmbulos da vida, àqueles que ainda estão gravitando entre as ilusões e as fantasias.
O bom senso e o equilíbrio nos indica o afastamento da sedução do poder, contudo orienta-nos a seguir poderosos em busca de objetivos edificantes.

(Inspirado em Palminha, do Livro "Babili")

sábado, 30 de outubro de 2010

Retomar as rédeas

Deu na Folha de S. Paulo


Próximo presidente terá de recuperar padrão mais responsável de gestão das contas públicas, submetidas hoje a subterfúgios contábeis

Um olhar menos atento sobre contas do Tesouro Nacional referentes a setembro poderá se admirar com o saldo de R$ 26,1 bilhões economizado para pagamento dos juros da dívida -o chamado superavit primário.

Esse resultado no entanto só foi possível graças uma entrada de R$ 31,9 bilhões decorrente da operação de capitalização da Petrobras - sem a qual o deficit seria de R$ 5,8 bilhões. Trata-se de mais um artifício contábil para manter as aparências.

Não é difícil identificar as graduais mudanças do governo Lula na gestão das contas públicas. No primeiro mandato houve a preocupação de fixar uma imagem de austeridade em contraste com velhas bandeiras populistas. Logo após a posse anunciou-se aumento da meta de superavit primário de 3,75% para 4,25% do PIB.

Ao longo dos primeiros anos por vezes o superavit superou a meta. Promovia-se um ajuste e tentava-se convencer os investidores de que não havia um "Plano B" heterodoxo a caminho.

Foi a época das reformas microeconômicas, que levaram à criação do crédito consignado e a avanços institucionais no mercado de capitais, importantes para os anos seguintes.

A partir de 2006, com a aceleração do crescimento e o aumento das receitas tributárias, inaugurou-se um período de maior folga. Por algum tempo a margem foi usada de modo positivo - auxiliou na implantação das transferências sociais, por exemplo, num esforço para reduzir desigualdades e garantir que o crescimento fosse menos excludente.

As metas continuaram sendo atingidas - mas a facilidade proporcionada pelo crescimento foi gradualmente minando os controles e o apetite para reformas.

A crise global de 2008 foi o ponto de inflexão. A forte expansão de gastos e do crédito público revelou-se correta no primeiro combate à recessão, mas a cautela com que se cercou, no início, essa política foi abandonada.

Desde então, operações arriscadas envolvendo o Tesouro e o BNDES passaram a ser acompanhadas de subterfúgios contábeis que obscurecem a situação das contas e desmoralizam as metas de superavit.

Espera-se que o novo governo promova uma "parada de arrumação". O padrão de gastos sempre crescentes não é compatível com o crescimento sustentado. Os riscos de aumento da inflação e de alta de juros impõem um período de contenção.

Além disso, a necessidade de aumentar investimentos, racionalizar tributos e reduzir as pressões de valorização do real, entre outros desafios, exigem que se recupere um padrão responsável de gestão das contas públicas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PF VINCULA QUEBRA DE SIGILO AO COMITÊ DE DILMA

A Polícia Federal já farejou o elo que vincula a quebra de sigilo fiscal de tucanos e familiares de José Serra ao comitê eleitoral de Dilma Rousseff.

Deve-se a revelação ao repórter Leonardo Souza.
Em notícia veiculada pela Folha, ele informa o seguinte:

1. A investigação da PF descobriu que foi o jornalista Amaury Ribeiro Jr. quem encomendou os dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB e a Serra.

2. Amaury atuou num “grupo de inteligência” que operava no comitê de Dilma na fase de pré-campanha. Abrigava-se no imóvel que aparece na foto lá do alto

3. Os dados fiscais obtidos mediante pagamento. Chama-se Dirceu Rodrigues Garcia o intermediário da compra. É despachante. Atua em São Paulo.

4. A PF soube que o repórter Amaury contactou o despachante Dirceu graças ao cruzamento de informações telefônicas.

5. Numa primeira inquirição, Dirceu negou participação nos malfeitos. Confrontado com os dados extraídos das contas de telefone, mudou o depoimento.

6. O despachante disse que Amaury lhe pagou R$ 12 mil pela obtenção das informações protegidas por sigilo fiscal.

7. Constavam da encomenda as declarações de IR de Veronica Serra e Alexandre Borgeois, filha e genro do presidenciável tucano.

8. O pacote incluiu também dados fiscais de Eduardo Jorge, dirigente do PSDB; Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC,Gregório Preciado, marido de uma prima de Serra; e Ricardo Sérgio Oliveira, ex-diretor do BB na era tucana e ex-coletor de campanhas do PSDB.

9. Segundo o despachante Dirceu, uma vez obtidos os dados, o repórter Amaury deslocava-se até São Paulo para recolhê-los.

10. No caso da filha e do genro de Serra, o sigilo fiscal foi quebrado na agência da Receita em Santo André.

11. O despachante Dirceu acionou o Office-boy Ademir Cabral, que contactou outro despachante: Antonio Carlos Atella.

12. Coube a Atella, munido de procurações falsas, retirar as declarações de renda de Verônica e do marido dela nos balcões do fisco em Santo André.

13. Quanto às informações dos outros personagens, foram extraídas dos computadores do fisco na agência de Mauá.

14. Aqui, Atella acionou, segundo a PF, outro despachante. Chama-se Fernando Araújo Lopes.

15. Para obter os dados, Fernando Araújo pagou à servidora Adeilda dos Santos, lotada à época no fisco de Mauá.

16. A investigação da PF foi aberta depois que o repórter Leonardo Souza da veiculação de notícia levada por Leonardo Souza às páginas da Folha em junho.

17. Revelou-se que dados fiscais sigilosos do tucano Eduardo Jorge constavam das folhas de dossiê que circulava no grupo de “inteligência” do comitê de Dilma.

18. O repórter Amaury sempre negou participação na quebra dos sigilos. Não admite tampouco ter prestado serviços para a campanha de Dilma.

19. Amaury participou, porém, em abril, de reunião ocorrida num restaurante de Brasília. Nesse encontro, revelado por ‘Veja’, montar esquema para espionar Serra.

20. Nessa época, coordenava o grupo de “inteligência” do comitê de Dilma o jornalista Luiz Lanzetta. Ele também tomou parte da reunião de abril.

21. Depois que a movimentação do grupo foi às manchetes, Lanzetta afastou-se da campanha petista. E grupo que ele coordenava foi desfeito.

22. O flat em que o repórter Amaury se hospedou em Brasília foi custeado pelo PT. Em entrevista à Veja, ele disse que petistas teriam furtado dados de seu laptop.

23. A encomenda dos dados fiscais de tucanos, parentes e amigos de Serra foi feita , segundo a PF, em outubro de 2009.

24. Nessa época, Amaury era funcionário do jornal ‘O Estado de Minas’. Numa tentatvia de tomar distância da encrenca, o petismo insinua que o diário mineiro é próximo de Aecio Neves.

25. Há dois meses, o secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas (PR), declarou que Amaury investigava Serra graças a acerto de Aécio com o jornal.

26. Aécio disputava com Serra a vaga de candidato do PSDB ao Planalto. Daí, segundo Vargas, o interesse em desgastar o correligionário.

27. Ainda de acordo com Vargas, coube a Fernando Pimentel (PT-MG) levar para dentro do comitê de Dilma os dados coletados por Amaury.

28. Aécio classificou a versão do petista Vargas de rematada tolice. Fernando Pimentel não levou o “amigo” a sério.

29. A PF já inquiriu no inquérito do Fiscogate 37 pessoas. Indiciou sete. Entre elas os despachantes Dirceu Rodrigues, Antonio Atella e Fernando Araújo; o Office-boy Ademir Cabral e a servidora Adeildda. Amaury, por ora, não foi indiciado.

Sindicância aponta novos elos do caso Erenice

O esquema de tráfico de influência comandado pelo filho da ex-ministra Erenice Guerra usava não apenas a estrutura da Casa Civil mas também a de pelo menos outros dois órgãos da Presidência da República: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de São Paulo(íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Computadores e funcionários dessas outras duas repartições foram utilizados pelo grupo de amigos de Israel Guerra, filho de Erenice que era peça central do contato de empresários com negócios do governo --cobrando uma "taxa de sucesso" pelo tráfico de influência.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Três motivos para não votar 13/13

Mesmo sem ter a intenção de influenciar o voto de quem quer que seja, eu tenho três bons motivos para não votar na Dilma:

1. Rolo compressor no Congresso: a coligação formada pelo PT/PMDB/PR/PTB/PP/PDT e demais aliados elegeu 2/3 do Congresso Nacional; com a possibilidade da eleição da Dilma no segundo turno, todos os projetos de interesse do Poder Executivo terão prioridades na tramitação em detrimento de qualquer outro; é o enfraquecimento do Poder Legislativo com todas as suas conseqüências negativas; com ameaças concretas de mudanças na Constituição Federal do tipo - implantação de controle sobre a imprensa/alteração no conceito de propriedade/alteração na questão de invasão de terra/abafamento de escândalos/não abertura de CPI/ etc.

2. A recriação da CPMF: atribui-se à derrubada do conhecido “imposto do cheque” as dificuldades do sistema de saúde; durante toda a campanha do PT no primeiro turno, inclusive no Pará, muito se justificou o caos na saúde a ausência dos recursos da CPMF; com maioria no Congresso o imposto tem tudo para ser recriado e ampliada a carga tributária sobre os nossos ombros;

3. Ampliação do tamanho da máquina estatal: o orçamento da União destina algo em torno de um por cento para investimento, pois o restante dos recursos vai para pagamento da dívida e manutenção da máquina estatal; com a permanência do governo do PT na Presidência da República, a “cumpanheirada” vai aumentar e conseqüentemente vai precisar de mais recurso para custear a farra; advinha quem vai pagar a conta.

Por esses e outros motivos é que vou de 90; ou seja, 45 para Presidente e 45 para governador.

E confirma!!!!!

domingo, 17 de outubro de 2010

CORDEL TAMBÉM É CULTURA

Professor Janduhi Dantas Nóbrega, da Paraíba dá aulas de gramática usando versos de cordel

Vejam alguns exemplos:

Previlégio ou Privilégio?

É com e ou é com i?
Preste atenção no recado:
Quem pronuncia ou escreve
Previlégio está errado,
Quem grafa ou diz privilégio
É um privilegiado

Maisena, com s

Maizena escrita com z
É a da marca afamada,
A maisena da gramática
É a com s grafada:
S depois de ditongo,
Diz a regra, camarada!

Porque de todo jeito

O emprego dos porquês
Há quem ache complicado.
Há porque de todo jeito:
Porque junto, separado,
Com acento, sem acento,
Há porque pra todo agrado!

Porque junto e sem acento
Será uma conjunção
Explicativa ou causal,
De um pois tendo a função:
“Mateus está de castigo
Porque não fez a lição”.

“Por que não telefonou?”
(Veja como está grafado):
Na frase interrogativa,
Sem acento e separado
“Por que não disse a Maria?”,
“Por que não deu o recado?”

Por pelo qual e flexões
Por que também é usado
(Sendo a preposição por
Ao pronome que ligado):
“Sei que é grande o sofrimento
Por que você tem passado”.

Quando for substantivo,
Porquê junto, acentuado;
Vindo depois de artigo
E por motivo empregado:
“Ele não disse o porquê
De à aula ter faltado”.

Por quê — em final de frase
Interrogativa ou não.
E o que é acentuado
Se no fim da oração:
“Lumária te disse o quê?”
(Entenda, preste atenção!).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

VENDEDOR DE ILUSÃO - BLOG CENSURADO

ADRIANA VANDONI

Já tivemos presidentes para todos os gostos, ditatorial, democrático, neo-liberal e até presidente bossa nova.

Mas nunca tivemos um vendedor de ilusão como o atual.
Também nunca tivemos uma propaganda à moda de Goebbels no Brasil como agora.
O lema de Goebbels era uma mentira repetida várias vezes, se tornará uma verdade.
O povo, no sentido coletivo, vive em um jardim de infância permanente.
Vejamos alguns dados vendidos pelo ilusionista.
O governo atual diz que pagou a divida externa, mas hoje, ela está em 230 bilhões de dólares.
Você sabia ou não quer saber?
A pergunta é: pagou?
Quitou?
Saldou?
Não.
Mas uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.
Pagamos sim, ao FMI, 5 bilhões de dólares, o que portanto mostra apenas quão distante estamos do que é pregado para o povo.
Nossa dívida interna saltou de 650 bilhões de reais em 2003, para 1 trilhão e 600 bilhões de reais hoje, e a nossa arrecadação em 2003 ano da posse do ilusionista que foi de 340 bilhões, em 2008 foi de 1 trilhão e 24 bilhões de reais.
Este ano a arrecadação caiu 1% e, olhem bem, as despesas aumentaram 16,5%.
Mas esses dados são empurrados para debaixo do tapete.
Enquanto isso os petralhas estão todos de bem com a vida, pois somente com nomeação já foram 108 mil, isso sem contar as 60 mil nomeações para cargos de comissão.
É o aparelhamento do Estado.
Enquanto isso os gastos com infra-esturutra só subiram apenas 1%, já as despesas com os companheiros subiram para mais de 70%.
Como um país pode crescer sem em infra-estrutura, sendo essa inclusive a parte que caberia ao governo?
O PT vai muito bem, os companheiros estão todos muito bem situados, todos, portanto, estão fora da marolinha, mas nos outros estamos sentindo o peso do Estado petista ineficiente, predador e autoritário.
Nas áreas cruciais em que se esperaria a mão forte e intervencionista do governo, ou seja, na saúde, educação e segurança o que temos são desastres e mais desastres, mortandades.
O governo Lula que fala tanto em cotas raciais para a educação, basta dizer que entre as 100 melhores universidades do mundo, o Brasil passa longe.
Já os Estados Unidos (eta capitalismo) possuem 20 universidades que estão entre as 100 melhores.
O Brasil não aparece com nenhuma..
São números.
O governo Lula também desfralda a bandeira da reforma agrária.
O governo anterior fez mais pela reforma agrária que o PT, mas claro, esses números não interessam.
Na verdade não deveriam interessar mesmo.
Basta dizer que reforma agrária é mais falácia do que coisa concreta em beneficio da sociedade.
Se querem saber, em todos os países onde houve reforma agrária, logo em seguida eles se tornaram países importadores de alimento.
A ex-URSS, Cuba e China são exemplos claros do que estou afirmando.
Mas continuamos com o discurso de reforma agrária.
A URSS quando Stalin coletivizou a terra, passou a ser importadora de alimento e consequentemente a ser um dos responsáveis pelo aumento do preço do alimento no mundo.
Entendam.
Cuba antes da comunização com Fidel, produzia 12 milhões de toneladas de açúcar do mundo, hoje não produz nem 2 milhões.
A Venezuela tão admirada por Lula produzia 4 mil quilos de feijão por hectares, depois da reforma agrária praticada pelo coronel Hugo Chaves só produz 500 kg por hectares.
Mas os socialistas não sabem nem querem saber dessas questões, o trabalho que dá para produzir, para gerar alimentos, isso porque eles tem a sociedade para lhes pagar o salário, as contas e as mordomias, além de dinheiro do contribuinte para colocar comida na sua mesa.
Mas eles não sabem nem querem saber sobre o que é produzir, cultivar, plantar alimentos.
Pois bem, os companheiros acreditam nos milagres da reforma agrária.
Dizem que estão mudando o país.
É para gargalhar.
Agora incrível, e hoje está mais do que comprovado, que a diminuição dos impostos nos setores de eletrodoméstico fez o comércio e indústria neste setor produzir e vender mais.
O aquecimento na venda de carros também surtiu efeito com a redução de impostos.
O que fica definitivamente comprovado que imposto nesse país é um empecilho ao progresso e ao desenvolvimento.
Mas o discurso dos petistas é outro.
Ou seja, uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade.

É o ilusionismo de Lula.

sábado, 2 de outubro de 2010

O QUE VIRÁ DEPOIS?

Em vídeo gravado, em 03.09, na residência do ex-candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, o advogado Adriano Borges, genro do ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, discute uma forma de interferir no resultado do julgamento que o STF faria dias depois sobre recurso que o ex-governador moveu contra sua inclusão na “Lei da Ficha Limpa.”

A tática de Adriano Borges seria entrar no caso, o que tornaria seu sogro impedido de votar: isto resultaria em um placar de 5 votos a favor e quatro contra o caso Roriz.

O vídeo mostra Borges e Roriz tratando honorários na casa de R$ 4,5 milhões.

Eri Varela, delegado da coligação que era encabeçada por Joaquim Roriz, anunciou que usará o vídeo como prova de trafico de influencia, em queixa crime a ser protocolada no STF, contra o ministro Ayres Brito, seu genro Adriano Borges e contra o ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, cujo nome é citado num trecho do vídeo

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PREOCUPAÇÃO COM O MOMENTO

“Todos somos a favor da lisura e da probidade, mas não posso menosprezar aqueles princípios que são a mola mestra do estado democrático de direito”. “Vivemos tempos estranhos, e nessas quadras é que devemos ter um apego maior pelas franquias constitucionais, entre elas a irretroatividade da lei.” Ministro Celso de Mello.

A frase: “Notamos que você não fez doação na última eleição e ainda não fez nesta” pode ser entendida pelo que está embutido: estamos de olho em você. (Miriam Leitão)

sábado, 25 de setembro de 2010

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Dilma pouco conhecida

Leia editorial do Estadão:
Uma faceta da verdadeira Dilma Rousseff, que sua propaganda eleitoral tem escondido dos eleitores, se revelou numa entrevista dada em Porto Alegre há alguns dias, que, em artigo publicado sexta-feira no Estado, o economista Rogério Werneck considerou um desabafo “desoladoramente esclarecedor”, mas cuja repercussão não correspondeu à sua importância.

A candidata governista à Presidência tem uma visão sobre a gestão do dinheiro público que deveria preocupar os eleitores-contribuintes. “O papo de ajuste fiscal é a coisa mais atrasada que tem. Não se faz ajuste fiscal porque se acha bonito. Faz porque precisa. E eu quero saber: com a inflação sob controle, com a dívida pública caindo e com a economia crescendo, vou fazer ajuste para contentar a quem? Quem ganha com isso? O povo não ganha”, afirmou Dilma, de acordo com reportagem do jornal O Globo.

Na visão da candidata petista, ações de ajuste fiscal sempre vieram acompanhadas “dos maiores aumentos tributários” e de medidas de gestão de caixa, como cortes lineares de gastos e atraso na devolução de créditos tributários, que provocaram a redução dos investimentos em infraestrutura, saneamento, habitação, etc.

Não é de hoje que Dilma Rousseff se irrita quando ouve falar em necessidade de ajuste de longo prazo da estrutura de despesas do governo, para evitar o crescimento do déficit público, sem que, para isso, seja necessário aumentar a carga tributária, como ela tem aumentado ao longo da gestão do PT.

Há cinco anos, quando os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Paulo Bernardo (que continua no cargo), apresentaram um plano de longo prazo que garantiria a redução progressiva do déficit nominal, até sua eliminação, e da dívida pública, por meio do controle mais rigoroso das despesas - pois isso era necessário para assegurar a credibilidade da política fiscal do governo Lula -, Dilma, então ocupando a chefia da Casa Civil, tratou de desmontar com truculência a iniciativa de seus companheiros de governo. Em entrevista ao Estado, considerou o plano “rudimentar” e disse que “o debate é absolutamente desqualificado”.

Depois disso, mudou o vocabulário - ajuste fiscal virou “coisa atrasada” -, mas não sua visão. Pior para o contribuinte.

Como mostrou Rogério Werneck no artigo citado, Dilma não consegue entender que, no atual regime fiscal, os gastos crescem mais do que o PIB. As contas públicas só fecham graças ao aumento contínuo da carga tributária. Se esse regime não mudar, por meio de um ajuste fiscal profundo que tanto desagrada à candidata petista, os contribuintes estarão condenados a pagar cada vez mais impostos - até um momento em que esse método se tornará insuportável - ou a dívida pública crescerá de tal modo que trará de volta todos os problemas que o País enfrentou até a primeira metade da década passada.

Dilma tem apontado para a queda constante da dívida pública em relação ao PIB como prova da eficácia do atual regime fiscal. Mas, além de omitir o contínuo aumento da carga tributária que sustenta esse regime, ignora também o fato de que, por meio de artimanhas contábeis, o governo desviou para o BNDES dinheiro proveniente da emissão de dívida do Tesouro sem que esse dinheiro fosse contabilizado na dívida líquida da União.

O aumento contínuo dos gastos públicos, sobretudo com o custeio da máquina, alimenta a demanda e impõe uma sobrecarga extra à política monetária na contenção das pressões inflacionárias, ou seja, exige juros mais altos. Se reduzisse os gastos, o governo abriria espaço para um alívio na política monetária.

Por fim, a manutenção do crescimento acelerado da economia exige o aumento da poupança interna, e as contas nacionais revelam que quem mais pode aumentar a poupança é o governo. Ou seja, se gastar menos com custeio, o governo pode aumentar sua margem para investir, pois ajuste fiscal, ao contrário do que supõe a candidata do PT, não significa corte de investimentos.

Em resumo, como observou Werneck, em matéria de ajuste fiscal, de Dilma pode-se dizer o que se disse dos Bourbons: nada aprendeu e nada esqueceu.

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CONSEQUÊNCIAS DO "JÁ GANHOU III "

Em declaração o Ministro da Justiça afirma que a PF vai aos calcanhares de todos, menos os da ministra Erenice Guerra (Casa Civil). Por quê? "Ela não está diretamente envolvida nos fatos”.

Em nota, Erenice Guerra reivindicou para si as iniciativas. Disse que foi ela quem pediu a entrada da PF e da Controladoria no caso.
Desde que o episódio foi às manchetes, a ministra não se animou a convocar uma entrevista. Prefere manifestar-se por meio de notas.
Nessa última, a herdeira da cadeira de Dilma Rousseff investiu contra José Serra, o rival da amiga e ex-chefe.
Tratou as acusações feitas contra o filho, Israel Guerra, e contra ela própria como peças de campanha. Coisa que só serve a Serra. Definiu-o assim:
"[...] Um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um 'fato novo' que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado".

Segue o processo!

CONSEQUÊNCIAS DO "JÁ GANHOU II "

Para quem pensou que: desmoralizar a ética, os Correios, o contraditório, o Enem, a Receita Federal e, o valor do voto na urna fosse o fundo do posso, o clima do já ganhou continua fazendo mais vítima. Dessa feita foi a Casa Civil da Presidência da República que sob o manto do aparelhamento do estado, também proporciona que o principio da impessoalidade seja quebrado.
E pelo andar do processo político muita coisa ainda poderá acontecer.Pelo que se pode sentir o próximo passo pode ser a desmoralização da Lei do Ficha Limpa.
Vamos aguardar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SIGILO FISCAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL/1988
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;


Código Tributário Nacional:

Art. 198. "Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, para qualquer fim, por parte da Fazenda Pública ou de seus funcionários, de qualquer informação, obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sobre a natureza, e o estado dos seus negócios ou atividades".



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CONSEQUÊNCIAS DO "JÁ GANHOU"!

Depois de desmoralizar a ética, os Correios, o contraditório, o Enem, a verdade, a Receita Federal, o clima do "já ganhou" desmoraliza o valor do voto na urna.
O que virá após o "já ganhou"?

JÁ GANHOU!

Se existe algo pior do que o já ganhou esse é o já perdeu. Em todas as atividades humanas o equilibrio é necessário e o excesso de otimismo ou o excesso de pessimismo não é aconselhavel.
Em matéria de eleição cantar vitória com um mês antes da eleição nunca foi positivo. Cancelar debates por conta de numeros favoráveis em pesquisa, deixar de divulgar progama de governo prometido, anunciar nomes paara compor ministério, tudo isso soa como o nefasto "já ganhou".
Esse falso clima pode interferir no ânimo do programa de tv e ter consequências junto a militância e ao eleitorado que tende sempre a ser simpático com o mais fraco.
Muita calma nessa hora!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Parte da entrevista com Benjamin Steinbruch

Entrevista publicada em “O Estado de São Paulo”, em 22.08.10.

Além de inundar o mercado com seus produtos, a China está comprando muitos ativos no Brasil. Isso incomoda os empresários?
A China investiu muito em títulos do Tesouro americano e agora busca desesperadamente trocar parte desses papéis por ativos. Começou pela África, onde comprou tudo que podia e agora está comprando na América Latina, inclusive no Brasil. O capital chinês de médio e longo prazos para investimento é muito bem-vindo. Mas é preciso cuidar de setores estratégicos.

Quais seriam esses setores?
Por exemplo, a China comprar reservas de minério no Brasil, sendo ela o principal cliente do País, precisa ser considerado de forma diferente. A China é uma força no mundo. A partir do momento que ela tenha o domínio sobre a matéria-prima, sendo a maior consumidora de minério, ela pode tirar os outros do jogo. Dependendo do preço de transferência que adote, quebra com todo mundo. Setores estratégicos têm de ter algum controle do governo. É preciso dizer aquilo que pode e aquilo que não pode ser comprado por capital estrangeiro.

O sr. está falando em restringir a compra de terras ou minas?
Eu restringiria. Se for uma coisa da iniciativa privada, é um direito indiscutível. Mas, a partir do momento que atrás de quem compra está o Estado, é uma coisa de governo contra governo. Não vejo com bons olhos nenhum país vindo aqui comprar ativos no Brasil.

O sr. não está exagerando?
Vou contar um fato que me causou surpresa. No projeto da ferrovia Transnordestina tentamos comprar terras para induzir o desenvolvimento de plantio de grãos na região. Para nossa surpresa, encontramos grandes propriedades sendo tocadas por chineses. Eles já produzem grãos no interior do Piauí e de Pernambuco, coisa que nós, idealizadores do projeto, não sabíamos.

O sr. acha que os principais candidatos à Presidência aceitariam fazer esse tipo de intervenção?
Qualquer presidente tem de ter essa preocupação, porque é uma questão de soberania nacional. Independentemente de partido, estilo ou filosofia, é algo que tem de ser analisado e resolvido de maneira muito rápida, porque depois que comprarem não adianta fazer mais nada.

O sr. tem defendido o BNDES, mas a atuação do banco não está concentrada em poucas empresas?
Existe concentração porque não temos empresas globalizadas. É preciso fortalecer as empresas brasileiras para termos uma presença lá fora.
No caso dos frigoríficos, que é foco de críticas, o banco deu muito dinheiro para os grandes, enquanto os pequenos e médios se queixam de falta de acesso...
Não sei se é o que está acontecendo. Mas se a pequena e a média não estão sendo apoiadas, acho que está errado. Agora, essa posição do BNDES de fortalecer empresas brasileiras exportadoras de carne nos países importadores faz todo sentido estratégico. O nosso desafio é virar uma potência. Para isso, temos de fazer o que os outros países fizeram e deu certo. Não precisa melhorar, basta copiar.

O sr. quis internacionalizar a CSN. Tentou comprar a siderúrgica anglo-holandesa Corus e a cimenteira portuguesa Cimpor, mas não deu. Vai continuar tentando?
Temos de continuar, um dia vai dar certo. Mas é preciso ser racional. Se fosse pagar o que não vale, a gente teria levado. Sempre tive muita vontade de comprar a Corus. Fui até onde deu. Não deu para levar, o que posso fazer? Na Cimpor foi a mesma coisa. A gente vai continuar tentando.

Está olhando outros negócios?
Estou. Basicamente aquilo que completa o que a gente faz: aço, cimento e mineração. É claro que, se aparecer alguma coisa muito boa, vamos estudar.

Onde está procurando?

Num primeiro momento, nos Estados Unidos e na Europa.

O sr. vai mesmo desmembrar os ativos da CSN e abrir o capital das empresas resultantes?
A CSN, como as grandes empresas brasileiras, precisa se tornar um conglomerado mundial. A ideia é que a CSN tenha os seus cinco negócios abertos em bolsas: mineração, siderurgia, cimento, infraestrutura e logística, e energia. É claro que é um negócio trabalhoso desmembrar uma empresa grande e transformar em cinco.

Quando isso vai acontecer?

A gente vai fazer uma de cada vez. O que está mais maduro é a mineração, mesmo porque nós temos uma outra empresa de mineração em parceria com japoneses, coreanos e chineses, que é a Namisa. Temos 60% e eles, 40%. A ideia é juntar Namisa com Casa de Pedra e abrir o capital. É um projeto de 110 milhões de toneladas de minério de ferro, uma quantidade muito significativa.

domingo, 22 de agosto de 2010

ESTOU DE VOLTA

Após trinta e cinco dias, dez mil quilometros rodados, tres quilos a menos e algumas experiências a mais, eis que estou de volta.
A separação foi tão longa que cheguei a esquecer a senha de acesso ao Blog.
Valeu muito. Foram alguns dias de convívio com familiares mais distantes, convívio tb com pessoas amigas que há muito não reencontrava, novos conhecimentos, revisita a alguns lugares super interessantes, retomada de atividades esquecidas, alimentação variada, sabores e odores diferentes, climas diversos, oportunidades inúmeras, caminhos outros, etc, etc, etc...
Todos deveriam se dar a oportunidade de tirar férias.
Espero que todos possam assim agir.
Eis me aqui de volta.

sábado, 17 de julho de 2010

MES DE JULHO, TEMPO DE PERNAS PARA O AR

Mês de julho é tempo de férias(principalmente para quem mora no Norte do Brasil) e como ninguém é de ferro pernas para o ar.
No meu caso não se aplica muito bem o "pernas para o ar" pois vou pegar a estrada em direção sudeste e rodarei de carro, 4000 km para ir e outro tanto para voltar.
Porém é férias e férias é mudança.
O tempo é mais estável, sairemos de uma temperatura de 38º C. e vamos para algo em torno de 15ºC. de média. Sairemos de uma latitude de 2' e vamos para latitude 22'. Sairemos de uma altitude de 2m para outra de 370m.
Sairemos da Floresta Amazônica para a Mata Atântica.
A alimentação mudará radicalmente. Hoje almocei "camarão no bafo", na terça-feira jantarei "fondee". Isso que é mudança.
Volto em agosto.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PRÁTICA E COSTUME

Estamos vivendo um tempo de predisposição para se aceitar quebra de normas legais como se fosse a coisa mais normal do mundo. A tradição de existirem
leis “que pegam” e outras que nem tanto, que marca negativamente a nossa sociedade,
passou a ser um parâmetro considerado válido para o comportamento, do cidadão comum
ao presidente da República.
A quebra do sigilo da declaração de Imposto de Renda de um cidadão admitida
pelo próprio secretário da Receita Federal em depoimento no Senado, não
provoca mais nenhuma indignação por parte da grande maioria da sociedade;nenhum estremecimento na máquina pública,que deveria existir para servir aos cidadãos, e não
ao governo da ocasião.
Por outro lado, o fato inédito de o presidente da República ter sido multado seguidas vezes por transgredir a lei eleitoral passa a ser considerado normal. O episódio em que o presidente Lula finge pedir desculpas por ter citado
a sua ex-ministra, como a grande mentora do projeto do trem-bala
é o ápice de um processo de degradação moral da política, não apenas pelo
cinismo do mea-culpa, mas porque estava presente à solenidade o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral,Ricardo Lewandowski.
O fingimento do presidente levou-o a desrespeitar a legislação eleitoral
mais uma vez, e certamente a esperteza do chefe deve ter sido intimamente
comemorada pelos áulicos presentes, muitos dos quais aplaudiram a primeira
transgressão.
Há uma tendência a aceitar que o empenho pessoal do presidente Lula, com a força de sua popularidade, e o uso da máquina pública em favor da candidatura oficial a tornam
favorita das eleições de outubro. E não se leva em conta que essa combinação de forças é ilegal.
Os escândalos se sucedem e a sociedade parace estar amordaçada, não há reação, não se condena, não se pune apenas se conforma.
Dia 3 de outubro está por chegar. É a hora de se dizer o que se pensa.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A ESCOLHA DE SERRA

UM TEXTO DE DEMÉTRIO MAGNOLIPublicado por Luiz Berto em DEU NO JORNAL


A ESCOLHA DE SERRA

José Serra quase desistiu de disputar a eleição presidencial no fim de janeiro. Haveria motivos para a desistência. O País cresce à taxa de 6% e o consumo explode, sob o influxo do real valorizado e do ingresso de capitais de curto prazo, num cenário de déficit na conta corrente que será sustentado durante o ciclo eleitoral.

Dilma Rousseff é a candidata de Lula, do núcleo do setor financeiro, dos maiores grupos empresariais e da elite de neopelegos sindicais. A decisão de seguir em frente revela a coragem política do governador paulista.

Contudo, contraditoriamente, sua estratégia de campanha reflete a sagacidade convencional dos marqueteiros, não o compromisso ousado de um estadista que rema contra a maré em circunstâncias excepcionais.

Marqueteiros leem pesquisas como seminaristas leem a Bíblia. Do alto de seu literalismo fetichista, disseram a Serra que confrontar Lula equivale a derrota certa. Então, o governador resolveu comparar sua biografia à da candidata palaciana.

Mas Dilma não existe, exceto como metáfora, o que anula a estratégia serrista. “Vai ficar um vazio nessa cédula e, para que esse vazio seja preenchido, eu mudei de nome e vou colocar Dilma lá na cédula”, explicou Lula, cuja estratégia não é definida por marqueteiros.

O pseudônimo circunstancial de Lula representa uma política, que é o lulismo. A candidatura de Serra só tem sentido se ele diverge dessa política.

O lulismo não é a política macroeconômica do governo, tomada de empréstimo de FHC, mas uma concepção sobre o Estado. A sua vinheta de propaganda, divulgada com dinheiro público pelo marketing oficial, diz que o Brasil é “um país de todos”. Eis a mentira a ser exposta.

O Estado lulista é um conglomerado de interesses privados. Nele se acomodam a elite patrimonialista tradicional, a nova elite política petista, grandes empresas associadas aos fundos de pensão, centrais sindicais chapa-branca e movimentos sociais financiados pelo governo.

O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: as máfias que colonizam o aparelho de Estado por meio de indicações políticas para mais de 600 mil cargos de confiança em todos os níveis de governo. Num “país de todos”, a administração pública é conduzida por uma burocracia profissional.

O Brasil do lulismo, no qual José Sarney adquiriu o estatuto de “homem incomum”, não fará uma reforma do Estado. Estaria Serra disposto a erguer essa bandeira, afrontando o patrimonialismo entranhado em sua própria base política?



O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: Eike Batista, o sócio do BNDES, “o melhor banco de fomento do mundo”, nas suas palavras, do qual recebeu um presente de R$ 70 milhões numa operação escabrosa no mercado acionário.

Também é o país dos controladores da Oi, que erguem um semimonopólio a partir de privilégios concedidos pelo governo, inclusive uma providencial alteração anticompetitiva na Lei Geral de Telecomunicações, e se preparam para formar uma parceria com a Telebrás no sistema de banda larga.

O lulismo orienta-se na direção de um capitalismo de Estado no qual o BNDES, as estatais e os fundos de pensão transferem recursos públicos para empresários que orbitam ao redor do poder.

Teria Serra a coragem de criticar o modelo em gestação, inscrevendo na sua plataforma a separação entre o interesse público e os interesses privados?

O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: a nova burocracia sindical, cuja influência não depende do apoio dos trabalhadores, mas do imposto compulsório de origem varguista, repaginado pelo lulismo. Ousaria Serra defender a adoção da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), declarando guerra ao neopeleguismo e retomando a palavra de ordem da liberdade sindical que um dia pertenceu ao PT e à CUT?

Num “país de todos”, o sigilo bancário e o fiscal só podem ser quebrados por decisão judicial. No Brasil do lulismo, como atestam os casos de Francenildo Costa e Eduardo Jorge Caldas, eles valem menos que as conveniências de um poder inclinado a operar pela chantagem.

Num “país de todos”, a cidadania é um contrato apoiado no princípio da igualdade perante a lei. No Brasil do lulismo, os indivíduos ganham rótulos raciais oficiais, que regulam o exercício de direitos e traçam fronteiras sociais intransponíveis. Num “país de todos”, a política externa subordina-se a valores consagrados na Constituição, como a promoção dos direitos humanos.

No Brasil do lulismo, a palavra constitucional verga-se diante de ideologias propensas à celebração de ditaduras enroladas nos trapos de um visceral antiamericanismo. Estaria Serra disposto a falar de democracia, liberdade e igualdade, distinguindo-se do lulismo no campo estratégico dos valores fundamentais?

O lulismo é uma doutrina conservadora que veste uma fantasia de esquerda. Sob Lula, expandiram-se como nunca os programas de transferência direta de renda, que produzem evidentes dividendos eleitorais, mas pouco se fez nas esferas da educação, da saúde e da segurança pública.

No país de alguns, os pobres não têm direito a escolas públicas e hospitais de qualidade ou à proteção do Estado diante do crime organizado.

Teria Serra o desassombro de deixar ao relento os Eikes Batistas do mundo, comprometendo-se com um ambicioso plano de metas destinado a universalizar os direitos sociais?

Há um subtexto na decisão de Serra de comparar biografias. Ele está dizendo que existe um consenso político básico, cabendo aos eleitores a tarefa de definir o nome do gerente desse consenso nacional.

É uma falsa mensagem, que Lula se encarrega de desmascarar todos os dias. Os brasileiros votarão num plebiscito sobre o lulismo. Se Serra não entender isso, perderá as eleições e deixará a cena como um político comum, impróprio para circunstâncias excepcionais.

Mas ele ainda tem a oportunidade de escolher o caminho do estadista e perder as eleições falando de política. Nesse caso, e só nesse! pode até mesmo triunfar nas urnas.

“UM TEXTO DE DEMÉTRIO MAGNOLI”

segunda-feira, 5 de julho de 2010

POLITICA PARAENSE

Sob o titulo: O strip tease moral da eleição no Pará, o site do Estado do Tapajós veicula interessante artigo do jornalista Lucio Flavio Pinto, Editor do Jornal Pessoal, sobre a conjuntura da politica paraene no que toca ao próximo pleito eleitoral. Vale a pena uma passagem pelo texto que desnuda uma série de passos da politica estadual e leva a reflexão do papel do eleitor que deveria ser o ator principal dessa encenação. Como nada é perfeito o articulista comete um pequeno deslize ao afirmar que a música "O mundo é um muinho" seria da autoria de Nelson do Cavaquinho, o que deixa Cartola desprestigiado.
Vale a leitura.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

TRÊS DICAS

VOCÊ SABIA?

1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.

O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br

Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.

Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.

2. AUXÍLIO À LISTA

Telefone 102... não!

Agora é: 08002800102

NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.

3. Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:

Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitaçãoe Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..

domingo, 27 de junho de 2010

NÃO AGUENTO MAIS OUVIR E FALAR DE COPA

Durante quatro anos se espera pela copa, briga-se pela sede da copa, briga-se pela chave da copa, briga-se pela classificação da copa... chega de copa.
Até parece que não existe mais nada além da copa.
O nordeste do Brasil está se afogando e só se fala em copa.
O produtor de leite está tendo prejuizo e só se fala em copa.
A Dilma superou o Serra no IBOPE e só se fala em copa.
A minha esposa está zangada comigo e só se fala em copa.
Chega........
Por falar nisso a Argentina venceu ( com gol robado )o México!!!!!
Como vai ser a próxima copa??????
Não aguento mais falar em copa.
Como está a sua cozinha?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

COPA DO MUNDO FIFA - 2010

Após a conclusão da primeira e inicio da segunda rodada da Copa do Mundo Fifa-2010, o que se está vendo são jogos sem nenhuma demonstração do bom futebol. Foram realizados mais de uma duzia de jogos e até agora nenhum empolgou, tomando como base a técnica futebolistica, a arte de jogar um bom futebol, tendo o drible como emoção e o gol como meta.
O que surpreende é que os atores são os mesmos. Na sua grande maioria são jogadores que encantam em seus clubes, principalmente os que atuam no rico futebol europeu.
Estaria superada a fórmula que a FIFA adota para esse tipo de campeonato. O fato é que os torneios inter clubes são transnacionais e a copa do mundo o unico campeonato que reune os jogadores por suas nações.
Estou achando que essa Copa provocará algumas mudanças na FIFA e que a Copa do Mundo no Brasil em 2014 será diferente.
Vamos conferir.

DE TÉCNICO E LOUCO TODOS TEMOS UM POUCO

BRASIL 2 x 1 CORÉIA DO NORTE

Eu não gostei!!! Não é o comportamento que se espera de uma seleção brasileira num campeonato mundial. O que se viu ontem na África do Sul, principalmente no primeiro tempo foi decepcionante.Os erros de nossos jogadores frustaram em muito a empolgação que tomava conta de todos. O placar em si não diz muito, a vitória afinal veio, mas o modo como jogamos foi no minimo burocrático. A segunda partida precisa reverter essa situação, se não a Copa será curta para o nosso selecionado. Vamos ver.

domingo, 13 de junho de 2010

Alumínio: verticalizar onde mesmo, cara-pálida?

Lúcio Flávio Pinto

Ao contrário do que pensam os “estrategistas paraenses”, a venda das empresas de alumina e alumínio de Barcarena e da jazida de bauxita de Paragominas à Norsk Hydro (ver Jornal Pessoal nº 464) não vai impedir a verticalização do alumínio. Acontecerá exatamente o inverso, proclamou Roger Agnelli, presidente da antiga Companhia Vale do Rio Doce, em entrevista exclusiva a O Liberal, no dia 22. A matéria, como todo o noticiário do jornal já divulgado sobre a questão, limita-se a repassar a resposta de Agnelli, um dos maiores anunciantes da folha dos Maiorana, a esses “estrategistas” (quais seriam, ninguém sabe; o tema foi pouco noticiado na mídia e quase nenhuma repercussão teve na opinião pública, apesar da sua relevância, provocando apenas um discurso do deputado Zenaldo Coutinho, do PSDB, no plenário da Câmara Federal).

Ele tem toda razão – e nenhuma. A produção de alumínio da Albrás, que estancou em 460 mil toneladas há vários anos, deverá crescer. Mas é pouco provável que isso venha a ocorrer no Pará ou mesmo no território brasileiro. Talvez a Albrás até venha a ser fechada, conforme uma das especulações surgidas depois da transação com a empresa norueguesa. O motivo poderia ser o que Agnelli apontou: o alto custo da energia.

Ele disse que a Albrás, consumindo 800 megawatts de energia (é a maior consumidora individual do Brasil), paga à Eletronortre 45 dólares por MW. É 20% mais do que a tarifa máxima prevista para a hidrelétrica de Belo Monte. A conta de energia da Albrás, que compra um grande bloco (uma vez e meia mais energia do que toda Belém), seria de US$ 26 milhões ao mês (mais de US$ 310 milhões ao ano). O custo da energia teria o peso de US$ 675 em cada tonelada de lingote produzida pela fábrica. Significa que o preço de venda teria que ultrapassar US$ 2 mil por tonelada para ser rentável, o que não estaria acontecendo, embora, desde novembro do ano passado, o preço do alumínio experimente recuperação no mercado internacional, voltando a superar esse patamar.

Em outros lugares a energia está mais barata. A Norsk Hydro, por exemplo, teria 12 hidrelétricas ociosas espalhadas pelo mundo, em condições de serem ativadas para produzir alumínio – mas não, evidentemente, em Barcarena. A nova proprietária podia manter a fábrica paraense apenas por uma questão política e estratégica, ou para atender aos japoneses, que ficam com 49% da produção, em função de sua participação societária (mas podem fazê-lo através de outra unidade, bastando garantir quantidade e preço contratuais). A Norsk poderia também abrir mão da produção de metal no Pará, como já vem fazendo na própria Noruega, desativando produção que é onerada pelo peso da energia.

Ainda mais se vierem a ter procedência as versões de que Dilma Rousseff, se eleita sucessora de Lula, promoveria uma reestatização em alguns setores da economia brasileira, incluindo o metalúrgico. Esta teria sido uma das motivações da Vale para se desfazer de toda a área do alumínio. Esses boatos podem também não passar de balão de ensaio ou manobra diversionista diante da realidade de que, independentemente de suas motivações, a transação, no valor global de quase US$ 5 bilhões, significa uma involução no processo produtivo brasileiro, ou, mais especificamente, paraense.

A verticalização, que antes existia (ou era tentada) em território estadual, agora vai se realizar internacionalmente. O Pará atuará apenas – ou com maior ênfase, se a Albrás for preservada – nas etapas anteriores, de produção de bauxita e de alumina, em escalas crescentes. A Norsk Hydro disporá de uma das maiores jazidas do minério que há, em Paragominas, e com direitos de saque em outra, a do Trombetas, que poderão chegar a 45% do total (ela já tem 5% e poderá contar com os 40% da Vale, que não lhe pode transferir essas ações por norma contratual, mas pode lhe repassar o minério). Assim, terá algo como 15 milhões de toneladas de bauxita, o suficiente para suprir integralmente a Alunorte, a maior fábrica de alumina do mundo. Agora poderá desenvolver ao lado dela outra fábrica do mesmo porte, a Companhia de Alumina do Pará (CAP), que a Vale também vendeu à Dubala (Dubai Aluminium), empresa dos Emirados Árabes Unidos, que pretende se tornar a maior produtora de alumínio do mundo.

Nessa verticalização, o Pará funcionará como escada para projetar bem mais longe a multinacional norueguesa, agora com 22% de suas ações em poder da multinacional brasileira, que irá faturar financeiramente sem se envolver com as questões de produção. Melhor para ela, pior para nós.


Postado por O Estado do Tapajos On Line às 07:54

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O FIM DA PICADA !!!!!!!

Lá na Bicuda, minha santa terrinha, diz-se que o mais idiota contemporâneo já nasce doutor. Quando está para se concluir uma empreitada, ou está para se finalizar um negócio, afirma-se "é o fim da picada". Quando o negócio é muito esquisito ou confuso, afirma-se "é o fim da picada!!!"

Se não vejamos: A menos de seis meses do fim do governo, o Ministério da Saúde comprou dois lotes de medicamentos para transplante de órgãos pagando R$ 99,2 milhões e R$ 88,9 milhões às multinacionais Novartis Biociências e Janssen-Cilag Farmacêutica. O negócio de R$ 188,1 milhões foi fechado apesar de estar sob análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária a liberação de dois genéricos dos produtos adquiridos, o Micofenolato de Sódio e o Tracolimo 1mg.

Embora a gente viva num regime socialista, mais especificamente no Socialismo Muderno, o capitalismo perverso não dá tréguas.

As desalmadas multinacionais Novartis e Jassen-Cilag enganaram a boa fé dos revolucionários e patrióticos componentes petistas do primeiro escalão do Ministério da Saúde.

Deixe Lula saber disso que vão todos pro olho da rua. "É o fim da picada!!!!"

sábado, 5 de junho de 2010

TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES

A REVISTA VEJA APONTA OS NOVOS ALOPRADOS - sábado, 5 de junho de 2010
- DELEGADO CONTA QUE TRAMÓIA DO PT CONTRA SERRA INCLUÍA ESCUTA TELEFÔNICA. VALOR DO “TRABALHO”: R$ 1.6 MILHÃO

Quanto mais negam, mais se enrolam. O candidato tucano à Presidência, José Serra, acusou sua rival do PT, Dilma Rousseff, de ser uma das responsáveis por mais um dossiê que o partido preparava contra ele. A petista ficou indignada, claro! E nega tudo. O partido até ameaça processar a… vítima!!!

Uma das pessoas mobilizadas pelos “neo-aloprados”, no entanto, concedeu uma entrevista à VEJA em que conta tudo - ou quase tudo. Trata-se do delegado Onézimo Souza, que foi contratado pelo grupo pela módica quantia de R$ 1,6 milhão - ou R$ 160 mil por mês.

1 - Quem combinou a operação com ele?
Luiz Lanzetta.
2 - Em nome de quem Lanzetta conduziu a conversa?
De Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.
3 - Quem é Pimentel na campanha?
O braço direito de Dilma Rousseff.

Seguem, abaixo, trechos da entrevista de Onézimo a Policarpo Junior e Daniel Pereira, da VEJA. A íntegra da entrevista está aqui

O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para espionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou. Havia problemas de metodologia e direcionamento do trabalho que eles queriam.

Como assim?
Primeiro, queriam que a gente identificasse a origem de vazamentos que estavam acontecendo dentro do comitê. Havia a suspeita de que um dos coordenadores da campanha estaria sabotando o trabalho da equipe. Depois, queriam investigações sobre o governador José Serra e o deputado Marcelo Itagiba.

Que tipo de investigação?
Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos…

Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra?
Explicitamente, não. Mas, quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador.

Disseram exatamente que tipo de informação interessava?
Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. Esse é o problema do direcionamento que eu te disse. O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha. Na hora, adverti que aquilo ia acabar virando um novo escândalo dos aloprados.

Quem fez essa proposta?
Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito.
(…)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

BEZERRA DE MENEZES

Bezerra de Menezes tinha o encargo de medico como verdadeiro sacerdócio por isso, dizia: Um medico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de escolher hora, nem de perguntar se e´ longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate a porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro o que, sobretudo, pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem chora a porta que procure outro, esse não e´ medico, e´ negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura. Esse e´ um infeliz, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única esportula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espirito, a única que jamais se perdera nos vais-e-vens da vida.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Perguntar ofende?

Será que o Jornal Nacional teria coragem de fazer estas perguntas ao Lula?

1) O senhor prometeu criar 10 milhões de empregos e chegará ao fim do mandato criando quatro milhões. Neste tempo, a renda da classe média caiu, e os empregos gerados se concentram na faixa de até 2 salários mínimos. A chamada distribuição de renda do seu governo não se faz à custa do empobrecimento dos menos pobres?

2) O Senhor disse que banqueiro lucra no seu governo e, por isso, não precisa de Proer. O Senhor sabe quantos Proers o Brasil
paga por ano para sustentar os juros reais mais altos do mundo?

3) O seu filho, até bem pouco tempo antes de o Senhor assumir a Presidência, era monitor de Jardim Zoológico e, hoje, já é um
empresário que a gente poderia classificar de milionário. O Senhor não acha uma ascensão muito rápida?

4) Genoino sabia do mensalão. Silvio Pereira sabia do mensalão.Dirceu sabia do mensalão. Ministros foram avisados do mensalão.
Só o senhor, da cúpula, não saberia. O senhor não acha que, nesse caso, não saber é tão grave quanto saber? E se houver mais
irregularidades feitas por amigos seus que o senhor ignore?

5) Presidente, na sua gestão, as invasões de terra triplicaram, caiu o número de assentamentos e mais do que dobrou o número
de mortos no campo. Como o senhor defende a sua política de reforma agrária?

6) O senhor não tem vergonha de subir em palanque onde estão mensaleiros e sanguessugas?

7) Presidente, em 2002, o Brasil exportava a metade do que exporta hoje, e o risco país era sete ou oito vezes maior. O país
pagava 11% de juros reais. Hoje, continuamos a pagar mais de 10%. Como o senhor explica isso?

8) Em 2002, o governo FHC que o Senhor tanto critica repassou para São Paulo, na área de segurança, R$ 223,2 milhões.
Em 2005, o seu governo repassou apenas R$ 29,6 milhões. Só o seu avião custou R$ 125 milhões.
Não é muito pouco o que foi dado ao Estado que tem 40% da população carcerária do país?

9) Quando o Senhor assumiu, o agro negócio respondia por mais de 60% do superávit comercial. Quase quatro anos depois, o setor está quebrado, devendo R$ 50 bilhões. O Senhor não acha que o seu governo foi um desastre na área?

Vamos aguardar.