sábado, 17 de julho de 2010

MES DE JULHO, TEMPO DE PERNAS PARA O AR

Mês de julho é tempo de férias(principalmente para quem mora no Norte do Brasil) e como ninguém é de ferro pernas para o ar.
No meu caso não se aplica muito bem o "pernas para o ar" pois vou pegar a estrada em direção sudeste e rodarei de carro, 4000 km para ir e outro tanto para voltar.
Porém é férias e férias é mudança.
O tempo é mais estável, sairemos de uma temperatura de 38º C. e vamos para algo em torno de 15ºC. de média. Sairemos de uma latitude de 2' e vamos para latitude 22'. Sairemos de uma altitude de 2m para outra de 370m.
Sairemos da Floresta Amazônica para a Mata Atântica.
A alimentação mudará radicalmente. Hoje almocei "camarão no bafo", na terça-feira jantarei "fondee". Isso que é mudança.
Volto em agosto.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PRÁTICA E COSTUME

Estamos vivendo um tempo de predisposição para se aceitar quebra de normas legais como se fosse a coisa mais normal do mundo. A tradição de existirem
leis “que pegam” e outras que nem tanto, que marca negativamente a nossa sociedade,
passou a ser um parâmetro considerado válido para o comportamento, do cidadão comum
ao presidente da República.
A quebra do sigilo da declaração de Imposto de Renda de um cidadão admitida
pelo próprio secretário da Receita Federal em depoimento no Senado, não
provoca mais nenhuma indignação por parte da grande maioria da sociedade;nenhum estremecimento na máquina pública,que deveria existir para servir aos cidadãos, e não
ao governo da ocasião.
Por outro lado, o fato inédito de o presidente da República ter sido multado seguidas vezes por transgredir a lei eleitoral passa a ser considerado normal. O episódio em que o presidente Lula finge pedir desculpas por ter citado
a sua ex-ministra, como a grande mentora do projeto do trem-bala
é o ápice de um processo de degradação moral da política, não apenas pelo
cinismo do mea-culpa, mas porque estava presente à solenidade o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral,Ricardo Lewandowski.
O fingimento do presidente levou-o a desrespeitar a legislação eleitoral
mais uma vez, e certamente a esperteza do chefe deve ter sido intimamente
comemorada pelos áulicos presentes, muitos dos quais aplaudiram a primeira
transgressão.
Há uma tendência a aceitar que o empenho pessoal do presidente Lula, com a força de sua popularidade, e o uso da máquina pública em favor da candidatura oficial a tornam
favorita das eleições de outubro. E não se leva em conta que essa combinação de forças é ilegal.
Os escândalos se sucedem e a sociedade parace estar amordaçada, não há reação, não se condena, não se pune apenas se conforma.
Dia 3 de outubro está por chegar. É a hora de se dizer o que se pensa.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A ESCOLHA DE SERRA

UM TEXTO DE DEMÉTRIO MAGNOLIPublicado por Luiz Berto em DEU NO JORNAL


A ESCOLHA DE SERRA

José Serra quase desistiu de disputar a eleição presidencial no fim de janeiro. Haveria motivos para a desistência. O País cresce à taxa de 6% e o consumo explode, sob o influxo do real valorizado e do ingresso de capitais de curto prazo, num cenário de déficit na conta corrente que será sustentado durante o ciclo eleitoral.

Dilma Rousseff é a candidata de Lula, do núcleo do setor financeiro, dos maiores grupos empresariais e da elite de neopelegos sindicais. A decisão de seguir em frente revela a coragem política do governador paulista.

Contudo, contraditoriamente, sua estratégia de campanha reflete a sagacidade convencional dos marqueteiros, não o compromisso ousado de um estadista que rema contra a maré em circunstâncias excepcionais.

Marqueteiros leem pesquisas como seminaristas leem a Bíblia. Do alto de seu literalismo fetichista, disseram a Serra que confrontar Lula equivale a derrota certa. Então, o governador resolveu comparar sua biografia à da candidata palaciana.

Mas Dilma não existe, exceto como metáfora, o que anula a estratégia serrista. “Vai ficar um vazio nessa cédula e, para que esse vazio seja preenchido, eu mudei de nome e vou colocar Dilma lá na cédula”, explicou Lula, cuja estratégia não é definida por marqueteiros.

O pseudônimo circunstancial de Lula representa uma política, que é o lulismo. A candidatura de Serra só tem sentido se ele diverge dessa política.

O lulismo não é a política macroeconômica do governo, tomada de empréstimo de FHC, mas uma concepção sobre o Estado. A sua vinheta de propaganda, divulgada com dinheiro público pelo marketing oficial, diz que o Brasil é “um país de todos”. Eis a mentira a ser exposta.

O Estado lulista é um conglomerado de interesses privados. Nele se acomodam a elite patrimonialista tradicional, a nova elite política petista, grandes empresas associadas aos fundos de pensão, centrais sindicais chapa-branca e movimentos sociais financiados pelo governo.

O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: as máfias que colonizam o aparelho de Estado por meio de indicações políticas para mais de 600 mil cargos de confiança em todos os níveis de governo. Num “país de todos”, a administração pública é conduzida por uma burocracia profissional.

O Brasil do lulismo, no qual José Sarney adquiriu o estatuto de “homem incomum”, não fará uma reforma do Estado. Estaria Serra disposto a erguer essa bandeira, afrontando o patrimonialismo entranhado em sua própria base política?



O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: Eike Batista, o sócio do BNDES, “o melhor banco de fomento do mundo”, nas suas palavras, do qual recebeu um presente de R$ 70 milhões numa operação escabrosa no mercado acionário.

Também é o país dos controladores da Oi, que erguem um semimonopólio a partir de privilégios concedidos pelo governo, inclusive uma providencial alteração anticompetitiva na Lei Geral de Telecomunicações, e se preparam para formar uma parceria com a Telebrás no sistema de banda larga.

O lulismo orienta-se na direção de um capitalismo de Estado no qual o BNDES, as estatais e os fundos de pensão transferem recursos públicos para empresários que orbitam ao redor do poder.

Teria Serra a coragem de criticar o modelo em gestação, inscrevendo na sua plataforma a separação entre o interesse público e os interesses privados?

O Brasil não é “de todos”, mas de alguns: a nova burocracia sindical, cuja influência não depende do apoio dos trabalhadores, mas do imposto compulsório de origem varguista, repaginado pelo lulismo. Ousaria Serra defender a adoção da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), declarando guerra ao neopeleguismo e retomando a palavra de ordem da liberdade sindical que um dia pertenceu ao PT e à CUT?

Num “país de todos”, o sigilo bancário e o fiscal só podem ser quebrados por decisão judicial. No Brasil do lulismo, como atestam os casos de Francenildo Costa e Eduardo Jorge Caldas, eles valem menos que as conveniências de um poder inclinado a operar pela chantagem.

Num “país de todos”, a cidadania é um contrato apoiado no princípio da igualdade perante a lei. No Brasil do lulismo, os indivíduos ganham rótulos raciais oficiais, que regulam o exercício de direitos e traçam fronteiras sociais intransponíveis. Num “país de todos”, a política externa subordina-se a valores consagrados na Constituição, como a promoção dos direitos humanos.

No Brasil do lulismo, a palavra constitucional verga-se diante de ideologias propensas à celebração de ditaduras enroladas nos trapos de um visceral antiamericanismo. Estaria Serra disposto a falar de democracia, liberdade e igualdade, distinguindo-se do lulismo no campo estratégico dos valores fundamentais?

O lulismo é uma doutrina conservadora que veste uma fantasia de esquerda. Sob Lula, expandiram-se como nunca os programas de transferência direta de renda, que produzem evidentes dividendos eleitorais, mas pouco se fez nas esferas da educação, da saúde e da segurança pública.

No país de alguns, os pobres não têm direito a escolas públicas e hospitais de qualidade ou à proteção do Estado diante do crime organizado.

Teria Serra o desassombro de deixar ao relento os Eikes Batistas do mundo, comprometendo-se com um ambicioso plano de metas destinado a universalizar os direitos sociais?

Há um subtexto na decisão de Serra de comparar biografias. Ele está dizendo que existe um consenso político básico, cabendo aos eleitores a tarefa de definir o nome do gerente desse consenso nacional.

É uma falsa mensagem, que Lula se encarrega de desmascarar todos os dias. Os brasileiros votarão num plebiscito sobre o lulismo. Se Serra não entender isso, perderá as eleições e deixará a cena como um político comum, impróprio para circunstâncias excepcionais.

Mas ele ainda tem a oportunidade de escolher o caminho do estadista e perder as eleições falando de política. Nesse caso, e só nesse! pode até mesmo triunfar nas urnas.

“UM TEXTO DE DEMÉTRIO MAGNOLI”

segunda-feira, 5 de julho de 2010

POLITICA PARAENSE

Sob o titulo: O strip tease moral da eleição no Pará, o site do Estado do Tapajós veicula interessante artigo do jornalista Lucio Flavio Pinto, Editor do Jornal Pessoal, sobre a conjuntura da politica paraene no que toca ao próximo pleito eleitoral. Vale a pena uma passagem pelo texto que desnuda uma série de passos da politica estadual e leva a reflexão do papel do eleitor que deveria ser o ator principal dessa encenação. Como nada é perfeito o articulista comete um pequeno deslize ao afirmar que a música "O mundo é um muinho" seria da autoria de Nelson do Cavaquinho, o que deixa Cartola desprestigiado.
Vale a leitura.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

TRÊS DICAS

VOCÊ SABIA?

1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.

O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br

Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.

Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.

2. AUXÍLIO À LISTA

Telefone 102... não!

Agora é: 08002800102

NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.

3. Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???

Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:

Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).

Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitaçãoe Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..