quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Saudade do Ted Boy Marino

Do Verissimo no Blog do Noblat
Alguma coisa aconteceu no coração do Brasil quando acabaram com as lutas de “catch”. Elas eram um sucesso na TV e seus astros viajavam em caravanas pelo país, apresentando-se em ginásios e circos. As lutas não eram lutas, eram teatro. Não eram exatamente combinadas, mas seguiam um roteiro estabelecido e havia um acordo tácito de que ninguém sairia do ringue machucado, mesmo que saísse arremessado.

O roteiro básico não variava: era os bons contra os maus, e os bons sempre ganhavam. Ou só perdiam quando o adversário traiçoeiro recorria a um golpe especialmente baixo, sob uivos de raiva da plateia. E a reação da plateia fazia parte do teatro. Havia uma suspensão voluntária de descrença, e todos torciam pelo Bem contra o Mal — ou
pelo bonito contra o feio, o esbelto contra a barrigudo, o correto contra o falso — com um fervor que não excluía a consciência de que era tudo encenação.

Era fácil distinguir os bons e os maus. Os bons eram atletas como o Ted Boy Marino, caráter tão irretocável quanto os seus cabelos loiros, que lutava limpo. Os maus tinham nomes como Verdugo e Rasputin, e comportamento correspondente ao nome. Lembro de um Homem Montanha, que mais de uma vez derrubou o juiz junto com o adversário. E não havia um Tigre Paraguaio?

Os bons geralmente começavam apanhando e, quando parecia que estavam liquidados e que o Mal triunfaria, vinha a eletrizante reação, durante a qual o inimigo pagava por todas as suas maldades. Humilhação e vingança, nada na história do teatro é tão antigo e tão eficaz. Nove entre dez novelas de televisão têm o mesmo enredo.

Não sei se ainda fazem espetáculos de “catch” pelo interior do país. Hoje na TV o que se vê é o “ultimate fighting”, ou “mixed martial arts”, dois lutadores simbolizando nada trocando socos e pontapés sem simulação, quando não se engalfinham no chão como um bicho de duas costas e oito patas em convulsão.

Nessas lutas não vale, exatamente, tudo — parece que esgoelar o outro e xingar a mãe não pode. Mas é o “catch” despido da fantasia, com sangue de verdade. Não há mais mocinho e vilão, apenas duas máquinas de brigar, brigando.

Nem Ted Boy Marino nem Homem Montanha, apenas a violência em estado puro. Sei não, acho que empobrecemos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A cara do governo Dilma Rousseff.

Blog de Augusto Nunes

“É impossível administrar com tanta gente”, resumiu o empresário Jorge Gerdau, coordenador da Câmara de Gestão. Um primeiro escalão com 38 integrantes é coisa de doido, confirma a foto da reunião ministerial desta segunda-feira. Mas Gerdau, chefe do grupo escalado por Dilma para apresentar propostas que tornem o governo mais ágil e menos ineficaz, está perdendo tempo. As sugestões vão naufragar no mar das conveniências político-financeiras.

Para satisfazer a gula do PT e da base alugada, a presidente não pode desativar nenhum cabideiro de empregos, muito menos fechar alguma fábrica de maracutaias.

A fala da presidente durou 30 minutos. Se quisesse saber o que andou fazendo o pior ministério de todos os tempos, cada pai-da-pátria precisaria de pelo menos 15 para explicar por que não fez o que prometeu ou combinou. Total: 570 minutos.

Tamanha discurseira exigiria, no mínimo, dois intervalos de 15 minutos. Mais meia hora. Tudo somado, a reunião consumiria 630 minutos. Ou 10 horas e meia. Para quê? Para nada. Dilma tanto sabe disso que tratou de dispensar a turma de justificativas já na abertura do encontro. “Eu não quero balanço”, informou a voz na fronteira que separa a advertência do rosnado.

Melhor assim. O PAC é um balaio de fantasias esquecidas, projetos encalhados, canteiros de obras desertos, cronogramas atrasados e ruínas prematuras.

As águas do São Francisco só chegaram ao sertão do Brasil Maravilha registrado em cartório. Os flagelados da Região Serrana seguem à espera das 6 mil casas prometidas para julho de 2011. As 6 mil creches da campanha continuam nos palanques. O Enem do primeiro semestre foi cancelado.

Os figurões do governo tratam até resfriado em hospitais particulares. Há 12 meses no cargo, Dilma não presidiu nenhuma inauguração relevante. Nenhuma. Os casos de polícia protagonizados por ministros foram infinitamente mais numerosos que os fatos admistrativos produzidos pelo primeiro escalão.

Vale a pena ver de novo a multidão de nulidades contemplando a chefe invisível ou fingindo anotar os melhores momentos de outro discurso sobre o nada.

Cinturas Avantajadas.

Drauzio Varella

Gordura acumulada na cintura está mais associada a doenças crônicas do que aquela presente nos quadris.

Diversos estudos sugerem que a circunferência abdominal e a relação numérica entre ela e a do quadril permitem prever o risco de adoecer, de forma mais precisa do que o peso ou o índice de massa corpórea (IMC = peso/ altura x altura).

As recomendações atuais são as de que a circunferência abdominal não ultrapasse 102 cm nos homens ou 88 cm nas mulheres. Já a relação circunferência abdominal/circunferência do quadril não deve ser maior do que 1,0 nos homens e 0,85 nas mulheres.

A circunferência do abdômen deve ser medida na parte mais estreita da cintura ou a partir do ponto situado na metade da distância que separa as últimas costelas da parte superior do osso ilíaco. A medida da circunferência dos quadris deve ser efetuada na altura do maior diâmetro horizontal.

Embora a associação entre essas medidas e o aparecimento de doenças degenerativas tenha sido demonstrada em diversos estudos, a que existe entre elas e o risco de morte não estava clara.

Para esclarecer essa questão, acaba de ser publicado o European Prospective Investigation into Cancer e Nutrition (EPIC), que acompanhou uma coorte de 359.387 mulheres e homens de 25 a 70 anos (média = 51,5 anos), em dez países da Europa, durante um período médio de dez anos.

Todos os participantes foram medidos (altura, peso, circunferência abdominal e relação cintura/quadril) e responderam questionários para informar as características sociodemográficas e do estilo de vida, história médica, fumo, consumo de álcool e prática de atividade física.

No período médio de dez anos ocorreram 14.723 mortes: 5429 causadas por neoplasias malignas, 3443 por doenças cardiovasculares, 637 por enfermidades respiratórias e 2209 por causas diversas.

A relação entre o IMC e o risco de morte foi não linear, já que o risco foi mais elevado tanto no grupo com IMC mais alto quanto naquele mais baixo. Apresentaram os menores índices de morte os homens com IMC médio de 25,3 e as mulheres com IMC médio de 24,3.

Em cada valor do IMC, para cada aumento de 5 cm na circunferência abdominal o risco de morte cresceu 17% nos homens e 13% nas mulheres. Para cada aumento de 0,1 unidade na relação entre a circunferência abdominal e a dos quadris o risco de morte cresceu 34% nos homens e 24% nas mulheres.

Ao contrário da circunferência abdominal, a circunferência dos quadris como medida isolada não guardou relação com o risco de morte.

Houve uma associação positiva entre risco de morte e aumento da circunferência abdominal mesmo nos participantes com IMC normal.

Apresentaram risco relativo de morte por doenças cardiovasculares mais elevado as mulheres e homens com IMC mais alto. Já as mortes por doenças respiratórias estiveram associadas com mais frequência aos valores mais altos da circunferência abdominal ou aos da relação cintura/quadril.

A gordura não é simples depósito de energia para ser mobilizado em épocas de vacas magras; o tecido adiposo é metabolicamente ativo, particularmente aquele depositado entre as vísceras. Ele secreta mediadores inflamatórios potencialmente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas. Essa propriedade explica por que a gordura abdominal aumenta o risco de morte mesmo naqueles com valores mais baixos do IMC.

Já a relação cintura/quadril tem relação menos clara com o IMC e talvez seja apenas um marcador da distribuição de gordura.

O grande número de participantes do estudo europeu permitiu demonstrar que a circunferência abdominal é fator de risco independente do peso corpóreo e do IMC. Pessoas que estão na faixa da normalidade do IMC, mas que apresentam acúmulo excessivo de gordura abdominal, devem se preocupar tanto quanto aquelas que estão com excesso de peso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O PESO LEVE DO PMDB.

RICARDO NOBLAT

Que houve? Agenda cheia? Esquecimento? Descortesia calculada? Ou indo além: simplesmente desprezo?

Michel Temer, 71 anos, vice-presidente da República, foi operado no último dia três no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, para a retirada de pedras da vesícula.

Sabe o grau de atenção que lhe dedicou a presidente Dilma?

Grau zero.

Temer ficou de três a quatro dias no hospital. Depois foi para sua casa na capital paulista. Enquanto se recuperava para voltar ao Palácio do Jaburu, às margens do Lago Paranoá, em Brasília, Dilma esteve duas vezes em São Paulo. Não o visitou.

O mais formidável: não lhe deu um único telefonema.

Na terça-feira passada, o nome de Temer apareceu na agenda oficial de audiências concedidas por Dilma. Não foi a primeira vez que ela o recebeu. Foi a primeira vez que o nome dele ganhou espaço na agenda.

Para quê? Para sugerir que Temer seria ouvido sobre a reforma ministerial.

Era só o que faltava!

Temer usufrui o que o ex-general Ernesto Geisel, o penúltimo presidente da República do regime militar de 64, chamou de “as miçangas do poder” – mas é só. Dê-se por satisfeito.

Seu papel é decorativo e protocolar. Não participa de decisões relevantes – fica sabendo delas depois.

Dilma comunicou a Temer que a reforma se limitaria à substituição de Fernando Haddad por Aluizio Mercante no ministério da Educação – e de Mercadante por um técnico no ministério da Ciência e Tecnologia.

Lula fez Haddad ministro do governo Dilma. Tirou-o de lá para disputar a prefeitura de São Paulo.

Não foi a reforma dos sonhos de Dilma. Nem a dos partidos.

Dilma sonhou com uma reforma que implicasse na troca de ministros, na extinção pura e simples de alguns dos atuais 38 ministérios e na fusão de outros.

Acabou forçada pela imprensa a demitir por antecipação seis ministros envolvidos com supostos malfeitos.

Por fim, Lula (sempre ele) deteve a mão de Dilma antes que ela baixasse com o cutelo sobre o pescoço de outros auxiliares.

Que diabo você imaginava fazer, Dilminha? Um assassinato em massa?

Queria acabar abandonada pelos partidos reunidos com tanto trabalho para apoiá-la?

O PT quis emplacar o sucessor de Mercadante no ministério da Ciência e Tecnologia. Aí foi Dilma que não deixou e emplacou seu próprio candidato.

Dilma quis trocar Mário Negromonte, ministro das Cidades da cota do PP, por Márcio Fortes, seu queridinho. Aí foi o PP que não deixou.

Partido algum desejou tanto a reforma quanto o esvaziado PMDB, dono da segunda maior bancada de deputados federais e da primeira de senadores.

O PT exibe um vigoroso plantel de 13 ministros. O PMDB, de cinco – Agricultura, Minas e Energia, Previdência, Turismo e Assuntos Estratégicos.

Os cinco valem pouquíssimo. Nenhum faz política pública capaz de mudar a vida das pessoas. Ou melhor: o de Minas e Energia faz.

O ministro, ali, é Edison Lobão, senador do PMDB do Maranhão. Mas o ministério é feudo de Dilma.

Porque sabe disso, Lobão se dá bem com ela e vai sobrevivendo.

A maioria dos ministros não se dá bem com Dilma.

Correção: Dilma não se dá bem com a maioria dos ministros. Prefere governar com os secretários-gerais dos ministérios – parcela expressiva deles escolhida por ela.

Dilma escalou no mínimo quatro dos cinco secretários de ministérios do PMDB.

Cresce de forma velada a chiadeira de políticos e de partidos com a presidente. E até o PT não deixa de chiar pelos cantos.

Afinal, quem gosta de ouvir desaforos? Quem tolera ser humilhado? Quem se conforma em ser mantido à distância? Nem mesmo Luíza, que estava no Canadá.

Conseqüências? Por enquanto nenhuma.

Que Dilma continue tocando tudo ao seu modo – desde que Lula concorde, naturalmente.

Com a economia nos trinques, o brasileiro está bestificado. E a popularidade de Dilma sobe como um foguete. Mais adiante...

Bem, mais adiante o PMDB se dividirá. Outros partidos abandonarão o governo. E a eleição de 2014 talvez não seja tão fácil para o PT como foi a mais recente.

sábado, 21 de janeiro de 2012

BBB - O fundo do poço.

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

( Luís Fernando Veríssimo )

Amai-Vos!

"Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade." - João. (I JOÃO, 3:18.)
Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: "Amai-vos uns aos outros."
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consangüínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: "Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração."
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 14 edição. Capítulo 130. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1996.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O rio que se vê agora não é o mesmo rio que amanhã estarei a contemplar.

Mais ou menos no mesmo sentido Heráclito afirma que:"Um homen não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio".

Alguns imaginam que a história começa e termina em si mesmo: é um equívoco dos néscios. A história é uma grandeza sem começo ou fim. Ela fica: nós é que passamos por ela.
É necessário escrevê-la para que a posteridade faça o julgamento.
Alguns lavram a sua passagem na areia, como consequência o vento apaga as mal traçadas linhas. Outros a escrevem na rocha e a posteridade lhes testemunha a contribuição recebida.
Ao completar 61 anos nessa existência gostaria de dizer que venho tentando escrever na rocha os sinais de minha passagem por esta existência. Contudo não posso assim afirmar.
Repito o que já afirmei outrora: gosto de contar histórias, principalmente as minhas histórias e não vejo como contá-las se não as estiver vivido e posteriormente escrito em lugar seguro.
E também não há como contar história sem considerar as linhas do tempo.
Ao contar as minhas histórias, escritas de forma segura e considerando o tempo que as mesmas foram vividas busco revivê-las. Ao revivê-las, procedo de forma a analisa-las em outro contesto e saio em busca de respostas para as consequências que dela advieram.
Nunca revivi as mesmas histórias de forma a não querer alterara-las. Em toda história revivida há uma alteração, um contra ponto, um novo encerramento.
Como já disse o grande Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
É o mesmo que se dizer que “o rio que se vê agora não é o mesmo rio que amanhã estarei a contemplar”.
Agradeço por ter vivido, por ter escrito, contado e revivido. Agradeço aos que me proporcionaram a existência, aos que viveram comigo, aos que concordaram comigo e principalmente aos que me ensinaram a reviver.
Tim, tim!!!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Povo bobo.

Enviado por Ricardo Noblat -
16.1.2012
| 8h02m
Comentário



A presidente Dilma vai muito bem, obrigado. Manda lembranças.

Pouco fez no seu primeiro ano de governo, é verdade. Mas deu a forte impressão de ter feito muito.

De fato, é isso o que importa na Idade das Aparências. Estão aí as pesquisas de opinião para atestar sua popularidade.

Em resumo: dotado de fraca memória, no geral o povo é bobo.

Ai dos governantes e dos políticos em sua maioria se o povo não fosse bobinho. E se não carecesse de boa memória.

Por bobo, deixa-se enganar com uma facilidade espantosa. Por desmemoriado, esquece rapidamente em quem votou – e também as promessas que o atrairam.

E o mais notável: se perguntado responderá conformado que político é assim mesmo e que a política se faz assim em toda parte.

Na próxima eleição procederá da mesma forma. E até lá se dará ao desfrute de falar mal dos seus representantes como se nada tivesse a ver com eles.

Lances de marketing político à parte, o que Dilma entregou de concreto no ano passado?

A primeira e a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento avançaram devagar quase parando. Os demais programas, ídem.

Perguntem ao Movimento dos Sem Terra se a reforma agrária avançou alguma coisa. Pouco ou quase nada.

No primeiro mês de governo, os mais apressados enxergaram indícios de uma possível mudança para melhor na política externa. Dilma parecia disposta a expurgar maus hábitos adquiridos nos oito anos de Lula. Hoje, ninguém está certo de que isso aconteceu.

Concebida para esclarecer crimes da ditadura militar de 1964, a Comissão da Verdade derrapou sem sair do lugar.

Ampliaram de tal modo o período sujeito às suas investigações que ela não terá tempo razoável para investigar coisa alguma. Para completar, esvaziaram-lhe os poderes.

O governo foi bem na área da saúde?

Dos brasileiros ouvidos pelo Ibope na última pesquisa de 2011, 67% responderam que não.

Foi mal também nas áreas de impostos (66%), segurança (60%), juros (56%) e combate à inflação (52%). A aprovação de Dilma, contudo, aumentou para 72%.

A presidente pode ir bem e seu governo não? Pode.

Dilma foi eleita porque era “a mulher de Lula”. Ainda é.

A crise econômica que flagela parte do mundo não bateu em nossas praias. Tomara que não bata.

Enquanto a vida não apertar, Dilma poderá se divertir montando e desmontando ministé
rio.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O VALOR DA GRAXA PARA SAPATOS NA CÂMARA FEDERAL

Veja para onde vão os impostos que são extorquidos dos bolsos da população brasileira.

GRAXA NA CÂMARA:

Os sapatos dos nossos parlamentares devem brilhar mais que as barrigas inchadas e verminadas' das nossas crianças famintas...

Acredite se quiser...

'O presidente da Câmara Federal'quer todos os parlamentares, assessores e funcionários da casa de sapatos reluzentes.

Acaba de abrir uma licitação para contratar serviços de engraxataria no prédio, num total de R$ 3.135 milhões por 12 meses, o que dá R$ 261 mil por mês ou ainda, R$ 8,700 mil por dia.

O valor diário equivale à alimentação de 174 famílias num mês, pelas normas do falido FOME ZERO!

A CUSTOS DA INICIATIVA PRIVADA, SÃO MAIS DE 3.500 PARES DE SAPATOS ENGRAXADOS DIARIAMENTE.PODE???

É pessoal, os palhaços somos nós...

Temos que pagar o projeto FOME ZERO e com os sapatos desengraxados, ou pior, sujos com toda essa lama, na qual se mistura os dirigentes desta pobre nação.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A IMPORTANCIA DA VIRGULA.

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere...

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.



Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...




'Um homem rico estava muito mal, agonizando.
Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) A irmã fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Somos nós que fazemos sua pontuação.
E isso faz toda a diferença.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Os seis patetas.

Por Augusto Nunes

Os 6 patetas, o exército fantasma e a farsa-tarefa informam que Dilma convocou a seleção do Xingu para enfrentar o Barcelona
Nos livros didáticos do Ministério da Educação, 10 menos 7 pode ser igual a 4. Na cabeça baldia da presidente da República, 6 é igual a zero. Ninguém sabe que fim levaram as 6 mil creches prometidas por Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. Não há qualquer vestígio das 6 mil casas que os flagelados da Região Serrana do Rio ganharam há exatamente um ano. Além da chefe, só o ministro Fernando Bezerra, escalado nesta segunda-feira para anunciar a façanha mais recente da superexecutiva, pode dizer onde estão aquartelados os 6 mil “agentes da Defesa Civil treinados para agir nas áreas de risco”. E só a dupla de ilusionistas de picadeiro pode explicar por que o exército fantasma ainda não deu as caras neste verão.
Desde ontem, tanto essa tropa clandestina quanto os “geólogos e hidrólogos” alistados no que Celso Arnaldo batizou de farsa-tarefa estarão sob as ordens de um “grupo de trabalho” que junta, claro, 6 nulidades, todas recrutadas no primeiro escalão mais medíocre da história: Gleisi Hoffmann (chefe da Casa Civil e do bando), Fernando Bezerra (Integração Nacional), Aloizio Mercadante (Ciência, Tecnologia e Inovação), Alexandre Padilha (Saúde), Paulo Passos (Transportes) e Enzo Peri (comandante do Exército e ministro interino da Defesa). Releiam os nomes. Para Dilma, decididamente, 6 é um zero enrolado.
Em 27 de setembro, O Globo informou que, a três meses do início da temporada das chuvas, o Programa de Prevenção e Preparação para Desastres Naturais, parido às pressas no trágico janeiro de 2011, não passava de uma peça de ficção costurada pelo lastimavelmente real Ministério da Integração Nacional. A presidente e os ministros cumpriram o combinado. Os governadores preferiram concentrar-se em atividades mais lucrativas. Nenhuma obra relevante saiu do papel. As verbas não desceram do palanque. Só alguns prefeitos gatunos viram a cor de dinheiro ─ que imediatamente embolsaram. Nada foi feito para reduzir o medo dos moradores das áreas em perigo.
Abandonado, o cenário da catástrofe estava pronto para a reprise. Mas o rebanho dos deserdados aguardava sem balidos a perda da casa, de parentes, da paz ou da própria vida, registrou o post aqui publicado naquele dia. Os brasileiros conformados com a vida não vivida agora se rendem à morte anunciada, constatou o título. E nem o recomeço da matança parece suficiente para animá-los a indignar-se com os algozes, informa o comportamento das vítimas de mais uma tragédia que o governo nada fez para ao menos abrandar. É compreensível que os profissionais do cinismo se sintam à vontade para recitar as mesmas promessas que não cumpriram. Tranquilizados pela abulia da plateia, apenas acrescentaram duas ou três fantasias baratas ao roteiro desmoralizado pelo próprio elenco.
Como fez nesta segunda-feira, também em janeiro de 2011 Dilma Rousseff confiou a 6 ministros a missão de “reestruturar a Defesa Civil do país”. Antes como agora, o objetivo principal era “evitar novas catástrofes”. Há um ano, a presidente comunicou que já encomendara a “rede de radares meteorológicos e pluviômetros para a captação do volume de chuva” que, na apresentação de estreia, os 6 patetas prometeram comprar. Prudentemente distante do palco, Dilma mandou dizer que vêm aí os “modernos mecanismos para a remoção da população das áreas de risco” que jurou inaugurar há pelo menos seis meses.
As únicas novidades no velho show de cinismo foram a farsa-tarefa e a nova escalação da equipe formada para enfrentar a chuva: Gleisi, Mercadante, Peri, Padilha, Passos e Bezerra. Se fosse presidente do País do Futebol, Dilma não escaparia da cólera dos incontáveis inconformados com a péssima qualidade do time. No País do Carnaval, as arquibancadas são bem mais mansas. Multidões ultrajadas pela inépcia homicida não pareceram indignadas mesmo ao saber que, para enfrentar o Barcelona, a supertécnica convocou a seleção do Xingu. Compreensivelmente, Dilma e seus parceiros acham que podem tudo. Engano. Não podem, por exemplo, banir do território nacional todas as manifestações de vida inteligente.
Como avisou Celso Arnaldo, milhões de brasileiros decentes sabem o que eles fizeram no verão passado, o que andam fazendo agora e o que pretendem fazer enquanto puderem. Também sabem que capitulação não rima com resistência democrática. E sabem que não existe a noite eterna.

O ano está só começando.

O calendário indica que o ano de 2012 chegou.
A chuva caindo forte e com ela caindo gente, muita gente.
A Dilma de férias com seu ministério que não completou nem um ano de serviço.
Judiciário em pé de guerra com o CNJ espera definição do congresso.
Legislativo em recesso pede para não ser incomodado.
A corrupção não tirou férias nem entrou de recesso.
As obras das enchentes do ano passado vão finalmente começar.
O Pezão promete.
O Bezerra endossa.
O Aécio silencia.
A reforma do ministério será adiada.
O Big Brother já está enchendo o saco.
A corrupção faz a hora, não espera para acontecer.
Eleições se aproximando sem reforma eleitoral.
Os partidos se movimentam em busca de coligações que prometeram proibir.
O PMDB promete dobrar o numero de prefeito eleito pela legenda.
Jader jogando búzios pra ver no que vai dar.
Cadê a Marinor???
O Maluf elogiando o picolé de Chuchu.
O Kassab quer enrolar o Lula que se safa de um câncer.
A Cristina kirsches escapou e se enrolou no papel do Clarim.
O Fantástico desmoralizando a ANP que afirma não ter gente para fiscalizar.
O carnaval está chegando.
A corrupção avançando.
Vamos aguardar.
O julgamento do mensalão só depois de maio.
O PT se desenrolando.
Alguém viu a oposição por aí?

E o ano só começando.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR CONVIVER COM A CORRUPÇÃO?

Essa pergunta foi feita pelo Raí, ex-jogador de futebol, atual mantenedor de uma ONG que apoia uma grande luta contra a miséria. Ele atribui à corrupção a principal causa da miséria entre os brasileiros alijados de oportunidades de crescimento na sociedade brasileira. O ex-jogador não entende porque ainda não houve um grande levante da população contra esse mal que corrompe todo o tecido social brasileiro. Ao mesmo tempo em que pergunta, ele oferece uma resposta: “a corrupção campeia em todos os segmentos da vida brasileira, daí não se conseguir um levante”.
Não se pode mais destacar esse ou aquele segmento da sociedade onde não há a presença da praga da corrupção. Ela aparece tanto nos mais altos escalões do governo, do judiciário e do legislativo, quanto nos mais baixos segmentos, seja nas atividades privadas, no setor primário, secundário ou no terciário, seja longe ou seja perto, a presença constante da corrupção se instalou e covardemente se alastra.
A pergunta inevitável é: até quando a corrupção conseguirá conter a explosão social da população?
Os exemplos práticos do mundo recentemente foram mais do que didáticos para demonstrar a inviabilidade da sustentação de economias baseadas na corrupção. Como se observou no ano passado em vários países, a situação chegou a um ponto de estrangulamento irreversível. Neste século, no qual as mais rígidas e intransponíveis ditaduras têm sucumbido à consciência popular, será cada vez menos provável a sustentabilidade de regimes totalitários e corruptos.
Não será possível manter indefinidamente, mesmo que pela força, populações inteiras sem direitos políticos plenos, sem liberdade de expressão, reprimidas pelo medo e alijadas de um acesso mínimo a bens de consumo reservados a uma elite. Por isso a luta pelo estado de direito, a socialização das oportunidades, a busca por melhorias na saúde, na educação e a inclusão socioeconômica de cada vez maior parcelas da população.
Pense nisso!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O QUE MAIS INCOMODA NO LIXO?

Por definição lixo é algo que incomoda, atrai insetos, ratos, produz mau cheiro e denuncia a sua presença. No entanto as pessoas se incomodam mesmo é com o volume do lixo, quando sua quantidade passa a atrapalhar pois não se tem como guardar. Enquanto se puder esconder o lixo em baixo do tapete está tudo bem!
Por ironia, o lixo é um dos frutos do progresso econômico e dos avanços da tecnologia. No mundo ocidental estima-se que uma pessoa produza meia tonelada de resíduos urbanos por ano. Quanto mais rico o país, mais detritos ele gera. Atualmente o Brasil está gerando 378 quilos de lixo por pessoa/ano. O recente crescimento brasileiro indica que mais sujeira virá, não só de detritos orgânicos, mas também de lixo proveniente dos produtos obsoletos que adquirimos pensando estar comprando o que há de mais moderno no mundo tecnológico.
Pense nisso, também!!!!

2012 - SEJA BENVINDO!

O calendário já foi atualizado, o primeiro mês do ano já vai acontecendo, mesmo que lentamente, sonolento. As enchentes já estão produzindo suas primeiras "vítimas", já estão fritando ministro, apesar de não ser pela mesma corrupção do ano anterior.
Os grandes eventos estão chegando. Este ano já vai haver um grande acontecimento e será numa área muita complexa - o meio ambiente. Tema para muita instigação.
Uma pergunta não quer calar: Por que o governo federal não está dando a importância para a RIO + 20.
Alguém tem uma pista?