domingo, 30 de março de 2014

Escassez de chuvas e de bom senso.

A escassez de chuvas parece não dar trégua. Nove entre dez técnicos do setor elétrico garantem que o mês de abril trará poucas mudanças aos níveis dos reservatórios e o ministro de Minas e Energia Edison Lobão admitiu preocupação com o período da Copa do Mundo.
O impacto da conjuntura ruim e das falhas de planejamento do setor poderia ser menor para a população se fontes alternativas de energia estivessem ao alcance de todos. As chamadas redes inteligentes, ou smart grids, são amplamente difundidas na Europa e permitem que as famílias controlem de maneira mais eficiente seus gastos com eletricidade — e, em alguns casos, possam até mesmo gerar a própria energia e vender o excedente ao sistema. No Brasil, disponibilizar tal solução está a cargo das distribuidoras. Contudo, para que invistam na tecnologia, seria necessário um plano de integração entre as redes que só o governo poderia elaborar — mas não o faz.
Em momentos de crise, soluções alternativas, como biomassa, energia solar e eólica podem evitar uma pane, embora a matriz energética do país seja hidrelétrica e não exista qualquer perspectiva de mudança nesse cenário - ainda mais quando se leva em conta que o Brasil possui 13% de toda a água doce do mundo. Mesmo assim, o ideal seria uma combinação entre todas as diferentes gerações de energia. As redes inteligentes poderiam funcionar como um sistema de contingência doméstico de energia limpa, sepultando o uso das termelétricas, que custam muito para o estado e são altamente poluentes.
Tais redes são compostas por um medidor, um gerador residencial, que pode ser solar ou eólico, e um sistema que o conecta a todos os aparelhos da casa e também à rede distribuidora. A vantagem é que o consumidor pode identificar em tempo real quais equipamentos gastam mais energia e quais hábitos precisam ser mudados. A distribuidora, dispondo de dados a todo instante sobre o consumo das residências, consegue identificar falhas rapidamente e distribuir a energia de maneira mais eficaz, reduzindo perdas. “Quando uma rede inteligente é montada com base na distribuição, é possível ter informações em tal nível de detalhamento que nem mesmo o Operador Nacional do Sistema Elétrico teria acesso”, diz Hussein Keshavjee, diretor executivo de Energia da Indra no Brasil, empresa que desenvolve softwares voltados para a eficiência energética. A matriz energética.

terça-feira, 11 de março de 2014

BRIGAS QUE MELHORAM O BRASIL.

Ruim para o Brasil é quando o PMDB faz as pazes com o PT, não quando eles brigam


Sempre que o PMDB briga com o governo, há a chance de o Brasil melhorar. Aí eles fazem as pazes, e o país piora.  Até agora ao menos, os esforços da presidente Dilma para deixar Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, falando sozinho não deram em nada. Ao contrário. Ele passou a receber manifestações de solidariedade. Em rompimento pra valer, não resulta porque não existe maioria para isso. Mas a tensão, até agora, só aumenta.
Uma das ameaças do PMDB é se juntar à oposição para convocar ministros a prestar esclarecimentos à Câmara. A lista é robusta. Neste terça, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara votará requerimentos da oposição para ouvir Edison Lobão sobre a crise no setor energético; Aldo Rabelo, sobre as trapalhadas da Copa do Mundo, e Arthur Chioro, o ministro apaixonado, que leva a mulher para o serviço e foi a quatro capitais, no Carnaval, com avião da FAB, para distribuir camisinhas…
Então eu digo assim: se a rebelião de parte do PMDB colaborar para levar ministros a prestar esclarecimentos ao Congresso sobre ações nebulosas de suas respectivas pastas, estamos diante de um ganho, não é mesmo? Viva a rebelião! Sempre que o PMDB decide se sublevar, há uma possibilidade de o Brasil melhorar. A única coisa que lamento é que essas coisas não costumam dar em nada. E há sempre o risco de acontecer o contrário: tudo pode piorar. Pergunto: e se Dilma desse o sexto ministério para o PMDB? Bem, nesse caso, seria grande a chance de o partido voltar a ser um governista mais entusiasmado do que o PT.
E daí deriva boa parte da força do petismo. Naquela reunião ilegal feita no Palácio da Alvorada, na Quarta-Feira de Cinzas, João Santana, o marqueteiro de Dilma, levou dados de uma pesquisa — ou algo assim — demonstrando que a presidente ganha pontos junto a opinião pública quando aparece dando um pé no traseiro dos políticos. Até parece que ela é de outra natureza; até parece que ela não é política também.
A cada vez que o PMDB se rebela e ameaça fazer o que é o convencional que parlamentares façam democracias afora — cobrar explicações do Executivo —, há a possibilidade de o Brasil melhorar. A cada vez que esse levante não dá em nada ou, pior, resultada numa prebenda ou outra, é o PMDB que se degrada um pouco mais; é a política que piora.
E aí existe um fenômeno que está para ser estudado e devidamente caracterizado: a cada vez que a política se degrada, sabem quem ganha? É o petismo. A razão é simples: o PT  não é apenas um partido político, como todo mundo sabe. Essa força também se traduz em sindicatos, movimentos sociais, ONGs, que são grupos de pressão que se organizam de modo paralelo às instituições e, cada vez mais, pretendem tomar o seu lugar. São crescentes as vozes — inclusive de intelectuais do miolo mole — que acham um avanço que a política se dê fora dos partidos e do Parlamento. Não é, não! Isso é um recuo civilizatório.
Esse PMDB que encosta a faca no pescoço do governo seria um bem para o Brasil caso se levasse a sério. O ruim, para nós, é quando eles fazem as pazes, não quando brigam.
 
Por Reinaldo Azevedo
By VEJA.com

sábado, 8 de março de 2014

OUTRA VEZ A MESMA ILEGALIDADE.

Na foto abaixo: A cabeceira desocupada mostra que a presidente nem ousa fingir que governa quando quem manda está por perto.
Vista superficialmente, a foto parece apenas registrar um momento de alguma exposição de sorrisos improvisada na sala de reuniões do Palácio da Alvorada. Há o sorriso hipócrita de Lula, o sorriso insosso de Dilma Rousseff, o serviço de aeromoça de João Santana, o sorriso servil de Rui Falcão ou o sorriso raro de Franklin Martins,  que identifica os incapazes de afetos reais. Examinada com a merecida atenção, contudo, a imagem embute pelo menos três informações relevantes sobre o estado das coisas no coração do poder.
Primeira: Lula está mesmo cismado com Aloizio Mercadante, revela o recado visual em código. O Herói da Rendição tem caprichado na na pose de primeiro-ministro desde que assumiu o comando da Casa Civil de Dilma Rousseff. Apesar disso, ou por isso mesmo, o Mercadante visto pelo chefe está tão mal no retrato que nem aparece na foto divulgada pelo Instituto Lula. Sobraram as mãos e nacos dos antebraços. O resto foi escondido pela camisa tamanho GG usada como tarja preta.
Segunda: Lula está tentando ser mais gentil com a sucessora. Como sempre acontece quando o padrinho está por perto, a afilhada tratou de deixar a cabeceira da mesa para quem manda de fato. Lula entrou e saiu com o jeitão de quem sempre morou ali, mas a foto comprova que, no Carnaval deste ano, resolveu fantasiar-se de cavalheiro. Tanto assim que evitou ocupar o lugar reservado ao mais importante entre os presentes. Desta vez, o presidente de fato preferiu continuar governando o PT, o Palácio da Alvorada e o país sentado no meio da mesa. Como se fosse uma Dilma Rousseff.
Terceira: os companheiros acampados na sala se acham mesmo acima de qualquer código legal, fora do alcance da Justiça. Todos sabem que uma reunião como aquela, convocada para tratar da candidatura à reeleição de Lula com o codinome Dilma Rousseff, reduz a residência oficial do chefe de governo a um comitê eleitoral do PT. Todos sabem que estão debochando, simultaneamente, do Judiciário em geral e do TSE em particular, dos partidos de oposição e de milhões de brasileiros decentes que bancam, com o dinheiro dos impostos, até o que beberam e comeram os risonhos participantes do encontro dos aparentemente inimputáveis.
Os Altos Companheiros se  julgam condenados à perpétua impunidade e à eternização no poder. Podem descobrir em outubro que erraram duplamente. Basta que mais eleitores tenham vergonha de votar em gente que não se envergonha de tratar o Brasil como se fosse um vilarejo de faroeste sob o domínio de um bando fora-da-lei.
Augusto Nunes - By Veja.com

quinta-feira, 6 de março de 2014

PALÁCIO DA ALVORADA - SIMPÁTICOS MAS ILEGAIS.

COMITÊ REELEITORAL EM PRÉDIO PÚBLICO

Josias de Souza
LulaDilmaCampanha
Diz o artigo 73 da Lei Eleitoral: é proibido aos agentes públicos “ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.”
Certas leis implicam com muita gente. Mas pouca gente implica com certas ilegalidades. Preocupados em assegurar ao povo brasileiro a felicidade de mais quatro anos de presidência petista, Dilma, Lula e Cia. converteram o Palácio da Alvorada em comitê reeleitoral.
O Alvorada já sediou pelo menos quatro encontros de campanha. Num deles, em outubro do ano passado, Dilma reuniu-se por cinco horas, em pleno horário de expediente, com Lula, o marqueteiro João Santana, o presidente do PT Rui Falcão, o ex-ministro Franklin Martins e o ministro Aloizio Mercadante.
Além de financiar o palácio, o conforto, a água mineral, o cafezinho, o serviço de copa e o garçom, os contribuintes brasileiros – inclusive os que votam em Eduardo Campos e Aécio Neves – pagaram os salários de Dilma e Mercadante para que eles trocassem os negócios da nação pelas articulações partidárias.
Nesta Quarta-Feitas de Cinzas, o grupo voltou a carnavalizar o Alvorada. Além dos personagens de sempre, participaram da conversa Edinho Silva, futuro tesoureiro do comitê, e Giles Azevedo, que deixará a chefia de gabinete de Dilma para integrar-se formalmente à campanha.
Dilma e Lula já nem se preocupam em maneirar. A pretexto de silenciar o zunzunzum do ‘volta Lula’, divulgou-se nas redes sociais e no site do Instituto Lula um retrato da ilegalidade. Nele, Dilma e Lula estreitam suas diferenças num aperto de mãos na biblioteca do Alvorada.
Lindo. Porém, ilegal.

CONHEÇA - TE A TI MESMO.

Sócrates: a filosofia como conhecimento de si mesmo.

           
          


Por Michel Aires de Souza


Sócrates viveu em Atenas no século V a.C. É considerado o pai do racionalismo ocidental. Nada escreveu em vida. Tudo que sabemos dele foi graças a seu discípulo Platão. Ao contrário dos primeiros filósofos gregos, que se preocupavam com os problemas da natureza, Sócrates rendeu homenagem aos problemas morais. Apesar disso, suas idéias foram assimiladas pelas ciências do mundo ocidental. Foi com ele que a civilização ocidental aprendeu que a ciência (epistême) só tem sentido se é fundamentada em verdades universais. A verdade deve ter validade em qualquer lugar, em qualquer tempo e para qualquer indivíduo. Graças a ele que a civilização ocidental começou a valorizar a razão, a verdade e o conceito.
        Sócrates era filho de uma parteira e ensinava filosofia em praça pública. Ele usava uma túnica, costumava caminhar descalço e não tinha o hábito de tomar banho. Ficava as vezes horas parado, imóvel, filosofando sobre algum problema. Dizia que filosofava a serviço de Deus e do cuidado da alma. A filosofia era para ele uma forma de espiritualismo. Ao questionar valores, modos de ser e pensar Sócrates encontrou muitos inimigos. Por isso foi condenado à morte. Foi acusado de corromper os jovens de Atenas e de questionar os deuses da cidade. A história de sua condenação foi contada por seu discípulo Platão no famoso livro “A apologia de Sócrates”. Este livro descreve a defesa de Sócrates diante do tribunal de Atenas.
       Por meio de perguntas Sócrates interpelava os trausentes em praça pública e ali discutia os mais diversos assuntos: O que é o bem? O que é a justiça? O que é a virtude? Toda sua filosofia estava a serviço do conhecimento do homem e de sua vida moral. Seu espiritualismo afirmava-se no “conheça-te a ti mesmo”. Essa mensagem estava escrita no templo de Apolo. O conhecimento de si mesmo implicava o conhecimento de nossas ações, de nossos desejos e de nossa vida moral. Para ele, a sabedoria consistia em vencer a si mesmo e a ignorância em ser vencido por si mesmo. Sua indagação principal era sobre “a justa vida” e o “viver bem”. Uma vez lhe perguntaram qual lhe parecia a melhor tarefa para o homem. Ele sem rodeios respondeu: viver bem. Mas viver bem para Sócrates não era viver dos prazeres e da ociosidade, mas viver da contemplação do conhecimento e do cuidado de si. Por toda parte Sócrates ia persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo, a beleza e a riqueza. Dizia que devemos nos preocupar mais com a alma para que ela seja quanto possível melhor. Ele identificava a virtude com o conhecimento. Afirma que ninguém faz o mal porque quer, mas por ignorância. Ninguém erra voluntariamente. Somente o ignorante não é virtuoso. Todo homem que conhece o bem é virtuoso. Ser virtuoso para Sócrates é conhecer as causas e o fim das ações permitindo uma vida moral e virtuosa em direção a idéia de bem. Por isso, ele defendia a idéia de que a melhor forma de se viver era cultivando o próprio desenvolvimento ao invés de buscar os prazeres e os bens materiais. É necessário se conhecer melhor para ser feliz. “Conheça-te a ti mesmo”, essa frase emblemática é o fundamento de toda felicidade aqui na terra. Sócrates aconselhava seus discípulos a se autoconhecerem, pois somente assim as pessoas sairiam da caverna, das trevas de seus espíritos para alcançarem a luz, a verdade e a felicidade. Quando nos conhecemos dificilmente agimos por impulso, dificilmente somos dominados por nossas paixões, mais resolvidos e determinados somos em nossos objetivos. Conhecer a si mesmo significava que devemos nos ocupar menos com as coisas desse mundo, como riquezas, fama e poder, e nos preocuparmos mais com o cultivo de si, cultivando o conhecimento para contemplar o bem, o belo e a verdade. Somente assim seremos felizes.

quarta-feira, 5 de março de 2014

INVADIR E APLAUDIR.

Pode invadir que o governo financia, garante e aplaude

José Rainha Jr. é uma espécie de dissidência do MST, o Movimento dos Sem-Terra. Seus métodos de luta são tão heterodoxos que mesmo um grupo que não hesita em recorrer à violência e à destruição da propriedade privada o rejeita. Por isso, ele criou seu próprio MST, por ele batizado de Frente Nacional de Lutas (FNL). Neste fim de semana, durante o que chamou de “Carnaval Vermelho”, a tal frente invadiu nada menos de 24 fazendas em São Paulo — a Justiça já determinou a reintegração de posse de nove delas.
Ora, por que não faria isso? É o Palácio do Planalto que incita a invasão; é o governo; é Gilberto Carvalho. No dia 12 do mês passado, os sem-terra promoveram uma arruaça na Praça dos Três Poderes. Ameaçaram, entre outras coisas, tomar o Supremo Tribunal Federal. Trinta policiais ficaram feridos, oito deles com gravidade. No dia seguinte, por mais escandaloso que pareça e realmente seja, a presidente Dilma Rousseff recebeu os líderes do MST no Palácio do Planalto, e Carvalho compareceu à abertura do seminário da turma, em Brasília.
Descobriu-se depois que o BNDES, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras haviam dado dinheiro para o evento do MST em Brasília, aquele mesmo que degenerou em pancadaria. Ora, se espancadores e arruaceiros são financiados pelo poder público e recebidos pela presidente no Palácio, por que os ditos sem-terra iriam se intimidar? É claro que não!
Em entrevista ao Estadão Online, afirmou Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista: “Os sem-terra invadem porque o governo apoia, jogam todos no mesmo time. Estamos caminhando no mesmo rumo que a Venezuela”.
Exagero? Não! Ele está certo. Milícias armadas do oficialismo espancam hoje nas ruas os que protestam em favor da democracia na Venezuela. São grupos financiados pelo governo para se impor na base da pancadaria, da violência e da intimidação.
Questionado sobre o financiamento oficial aos eventos do MST, o que disse Carvalho? Reafirmou que o governo continuará a repassar dinheiro ao movimento e deu a entender que uma das funções do estado é financiar grupos ideológicos. É justamente essa a concepção de poder que vigora na Venezuela, que é, hoje, sem sombra de dúvidas, uma ditadura. Mais: há dias, num seminário no Ministério da Justiça, Carvalho, por palavras oblíquas, censurou a Justiça por conceder reintegrações de posse. Ele defendeu que os casos de invasão sejam sempre “resolvidos” por uma espécie de junta de conciliação. Ou por outra: para o ministro, invasor e invadido são partes igualmente legítimas do conflito.
Não custa lembrar: Rainha, o líder das invasões de São Paulo, já foi preso 13 vezes — nem sempre por questões ligadas à terra. É uma das ditas lideranças do petismo que estão empenhadas no movimento “volta Lula”. Há dias, esse patriota foi visitar na cadeia o ex-deputado presidiário João Paulo Cunha, um dos mensaleiros.
No país em que o crime compensa e é financiado por estatais, os criminosos se sentem livres par agir.
Texto publicado originalmente às 2h115
Por Reinaldo Azevedo
Publicado em Revista Veja

segunda-feira, 3 de março de 2014

ENERGIA - ESTAMOS NOS ENGANANDO.

O que poderia ser uma grande sacada de um governo populista pode vir a se tornar uma grande dor de cabeça para todos nós em pouco tempo.
O fato do governo ter baixado o preço da energia elétrica disponibilizada ao consumidor residencial é na verdade um tiro no pé do brasileiro. Com a ameaça de falta de água nos reservatórios do sul e sudeste do país está sendo necessário ligar as geradoras de energia termoelétrica que custa 25 vezes mais do que a energia elétrica produzida pelas hidroelétricas.
Não se iludam estamos nos enganando pois a energia que vamos pagar no próximo reajuste retratará o preço real da energia que hoje consumimos de forma predatória.
Pensem nisso e desliguem o aparelhos em stand by.