segunda-feira, 31 de agosto de 2015

NUNCA ANTES NESSE BRASIL.


BY  JBF

     
UM BRASIL QUE NUNCA EXISTIU ATÉ AGORA
J. R. Guzzo
O Brasil pode estar ganhando muito mais do que perdeu com a descida da Petrobras aos nove círculos do inferno para onde foi arrastada durante os três últimos governos da República. Nunca se roubou tanto da brava gente brasileira, embora se tenha roubado sempre – e provavelmente se continuará roubando enquanto o país, na prática, for propriedade do “Estado” e obedecer à sua regra número 1, pela qual é obrigatório, para quem quer produzir alguma coisa, pedir licença a quem não produz nada.
Mas há sinais concretos de que o espetacular surto de corrupção dos últimos anos, quando nossos atuais governantes decidiram transformar o uso privado do patrimônio público em programa, método e sistema de administração, está oferecendo uma oportunidade inédita ao Brasil do futuro – a de deixá-lo mais resistente do que jamais foi às epidemias de criminalidade oficial causadas pelos que mandam no governo, dentro e em volta dele, e que agora chegaram ao seu grau de intensidade máxima.
Essa recompensa será a passagem do país a uma situação até agora praticamente desconhecida na história brasileira: a de funcionamento pleno de um estado de direito no território nacional. O trabalho para isso está sendo feito numa modesta jurisdição local, a de Curitiba, pelo juiz Sérgio Moro, titular da 13ª Vara da Justiça Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Ninguém está dizendo aqui que o Brasil perdeu pouco, porque a verdade é que perdeu muito. Provavelmente nunca se saberá ao certo – a conta começa num número mínimo de 6 bilhões de reais, estimativa oficial da própria Petrobras para o prejuízo sofrido com esse redemoinho de corrupção que a empurrou para o precipício, e vai até cifras não mapeadas pela aritmética comum.
Mas, por maior que seja a perda, sempre será apenas dinheiro – e a sabedoria popular diz que tudo o que pode ser pago com dinheiro é barato. Caras, mesmo, são aquelas coisas que o dinheiro não consegue comprar. Uma das mais preciosas é a segurança trazida pelos regimes em que o cidadão vive, no dia a dia da vida real, sob o comando da lei. Não é possível haver civilização se não há estabilidade, e não é possível haver estabilidade sem um sistema judicial que funcione com clareza, para todos e durante o tempo inteiro. Onde a aplicação da lei é incerta, não há lei. Onde não há lei, não pode haver liberdades públicas ou indivi­duais, nem igualdade entre as pessoas, nem proteção verdadeira aos direitos de ninguém; não pode haver democracia.
O esforço do juiz Moro no processo do petrolão, junto com os procuradores federais e os agentes da PF, está colocando a sociedade brasileira sob o império da lei ─ the rule of law, como se diz no direito público dos Estados Unidos e da Inglaterra. Isso não tem preço. A força que realmente sustenta os procedimentos da Justiça Federal na Operação Lava-Jato é a obediência permanente à letra da lei por parte dos responsáveis pelo processo. Não adianta nada buscar a justiça se não há nessa busca o respeito às leis em vigor no país. Elas são as únicas que existem, e é com elas que o Poder Judiciário tem de trabalhar; combater a impunidade não autoriza ninguém a passar por cima do direito de defesa, da obrigação de provar claramente cada acusação feita e de qualquer regra escrita nos códigos da Justiça penal.
Agir dentro da lei – é o que o Judiciário federal está fazendo, e é por isso, justamente, que sua conduta está sendo tão decisiva para o avanço do estado de direito no Brasil de hoje. Os fatos, aí, são perfeitamente claros. Todas as decisões do juiz Moro, sem nenhuma exceção, estão sujeitas ao julgamento de tribunais que ficam acima dele; os advogados dos acusados têm o direito de recorrer a essas autoridades superiores contra qualquer dos seus despachos, e vêm fazendo isso desde que o processo começou. Em praticamente todos esses recursos as decisões de Moro foram confirmadas.
Seu trabalho está sendo vigiado o tempo todo pelos 27 desembargadores das oito turmas do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, mais os 33 ministros do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, e, no fim da linha, os onze ministros do Supremo Tribunal Federal. Além disso, ele despacha sob o olhar direto dos onze procuradores federais e dez delegados da PF, pelo menos, que dão expediente na Operação Lava-Jato ─ ao todo, contando com ele próprio, um exército de 93 pessoas. O que mais estaria faltando?
O processo do petrolão, na verdade, é o exato contrário do que têm afirmado desde o começo muitos dos advogados que lideram a defesa – mais, naturalmente, o governo e todo o seu sistema de apoio. Sua ideia-mãe, com variações aqui e ali, é que Moro, o Ministério Público e a Polícia Federal estão criando um “regime de exceção” no Brasil, um “estado policial” que nega o direito de defesa, persegue cidadãos sem culpa formada, age com crueldade e prepara um golpe para a “volta da ditadura”. Estariam mancomunados para tirar a liberdade de empreiteiros de obras, diretores da Petrobras, doleiros, o tesoureiro nacional do PT e quem mais estiver sendo investigado por corrupção na Justiça Federal do Paraná. Como assim? Ninguém explica, pois não dá para explicar como seria possível montar uma conspiração secreta com a participação de quase 100 pessoas sem que ninguém falasse nada.
É incompreensível, também, alegar arbitrariedade, violência contra os acusados ou descaso com a produção de provas quando nada menos que 28 cidadãos, todos altamente postados na vida, concordaram até agora, com a plena assistência de seus advogados, em confessar suas culpas, devolver dinheiro ganho ilegalmente e denunciar cumplicidades nos delitos que praticaram. Réus já receberam sentenças das quais não vão apelar. Mais: a “delação premiada”, que levou os envolvidos a colaborar com a Justiça para aliviar suas penas, só existe porque foi criada por lei. Não é uma lei da “ditadura” ou do ex-presidente Fernando Henrique – é a Lei 12850, sancionada em 2013 por ninguém menos que a própria presidente Dilma Rousseff, que ainda na campanha eleitoral do ano passado a apresentava como uma das suas grandes realizações e hoje se diz indignada com ela.
Uma discreta informação surgida no noticiário recente talvez seja a comprovação mais luminosa, pois também é a mais simples, da mudança real que o avanço do estado de direito está produzindo no Brasil. O empresário Emílio Odebrecht, segundo a notícia, queixou-se aos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique, em conversas particulares, por não estar conseguindo fazer nada pela libertação de seu filho Marcelo, acusado de corrupção na Petrobras e preso há dois meses em Curitiba. Lula e FHC disseram-lhe palavras de consolo – e isso foi tudo que puderam fazer. Não é preciso pensar mais do que dois minutos para ver que a ação da Justiça está fazendo aparecer um país que jamais existiu antes por aqui.
A Odebrecht é o quarto maior grupo empresarial do Brasil; faturou perto de 34 bilhões de dólares em 2014, emprega cerca de 170.000 pessoas diretamente e influi nos negócios de centenas de outras empresas. Desde quando um dos empresários mais potentes do Brasil, íntimo do primeiríssimo escalão do poder, fala com dois ex-presidentes da República e não consegue tirar o próprio filho da cadeia? Não é assim que este país vem funcionando há 500 anos. Temos leis que não acabam mais – mas para que servem se não são aplicadas sempre, por igual e para todo mundo? A Rússia comunista também tinha belíssimas leis – previam até a liberdade de imprensa, o voto livre e a independência de poderes. E daí? Lei não é justiça.
Só poderá haver esperança de uma sociedade justa se estiver em funcionamento genuíno um sistema judiciário independente, previsível e capaz de aplicar a lei sempre da mesma maneira – e em que os donos do poder não possam demitir os juízes que os incomodam. É o que está acontecendo no petrolão. Marcelo Odebrecht não está preso porque é rico e preside uma empresa gigante. Está preso porque a Justiça, com apoio em fatos, investiga quanto ele está devendo ao Código Penal.
O tiroteio disparado contra Sérgio Moro é uma das mais agressivas campanhas em favor da negação da Justiça que o Brasil já conheceu. É também a comprovação de quanto a ideia de viver sob o império da lei é inaceitável para as forças que mandam na vida pública brasileira. Trata-se do condomínio formado por coronéis da política, que operam nas grandes capitais e andam de jatinho, mas continuam dentro do seu carro de boi mental de sempre, por empresas que vivem de fazer negócios com o governo e por toda a extensa população de parasitas cujo bem-estar material depende, de um jeito ou de outro, da máquina pública. São representados hoje, melhor do que nunca, pelo governo do PT, seu aliado, sócio, protetor e protegido – e para manterem o fazendão que chamam de “Estado” estão convencidos de que tudo serve.
Vale, por exemplo, dizer que o combate à corrupção na Petrobras está fazendo o Brasil perder “1% do PIB”, como descobriu a presidente Dilma. A Lava-Jato não pode “paralisar” a economia brasileira, dizem lideranças do PT e do governo – por essa maneira de ver as coisas, a economia só crescerá se a ladroagem estiver liberada. A delação de um dos acusados, algum tempo atrás, foi vista como uma manobra internacional para “prejudicar a viagem da presidente aos Estados Unidos”. O ex-presidente Lula compara o combate judicial à corrupção com a perseguição aos judeus na Alemanha nazista.
Vale tudo, também, na tentativa permanente de denunciar o juiz, procuradores e policiais que investigam o petrolão como delinquentes dispostos a violar a lei para satisfazer a “opinião pública”. Personalidades tidas como juristas de elevado saber mostram-se tão convencidas de suas próprias certezas que não pensam mais direito no que estão falando. Uma delas, recentemente, sustentou que o juiz Moro é “um cidadão do sul com volúpia para prender pessoas” – e que as confissões dos acusados estão sendo feitas “sob tortura”.
No seu entender, o sujeito que “está acostumado com um bom padrão de vida e é posto numa sala que não tem nem privada”, como ocorre com os empreiteiros e barões da Petrobras presos em Curitiba, “está sendo torturado”. Para aperfeiçoar seu argumento, disse que um preso é um preso, e outro preso é outro preso. “Se você viveu numa favela”, comparou, dá para aguentar uma cela miserável; com um doutor já não é a mesma coisa. Que mais seria preciso para comprovar a angústia do Brasil velho com a mudança ora em execução pela Justiça Federal?
O autor desses pensamentos, enfim, parece ter falado por todos os que combatem os processos do petrolão ao afirmar que “nem no tempo da ditadura” houve tanto desrespeito à lei numa investigação criminal. É mesmo? Se os que dizem isso tivessem um dia levado um bom inquérito policial-militar no lombo, notariam bem depressa as diferenças entre uma época e outra; saberiam, também, que uma cela no DOI­-Codi não tem absolutamente nada a ver com o xadrez da PF de Curitiba.
É um bom sinal para o Brasil que, após um ano inteiro de esforço, tenha dado resultado zero a tentativa de demonstrar que não há corrupção no governo, ou só um pouquinho, e que tudo não passa de uma armação contra os interesses populares. A campanha fracassou porque sempre foi uma missão impossível – pretendeu convencer a maioria da população a acreditar que os reis não estão nus, e essa não é uma opção disponível. O trabalho do juiz Sérgio Moro está mais vivo hoje do que estava quando começou. O estado de direito agradece.

Poucos no mundo têm a coragem desse senhor !

CORAGEM

“A República não é uma monarquia. Não há que confundir um presidente com um monarca. Temos de lutar por partidos republicanos, onde ninguém é mais que ninguém e os dirigentes aprendem a viver como a maioria do país, e não como a minoria. Há gente que gosta muito de dinheiro, então que vá para o comércio, para a indústria, que multiplique a riqueza e que pague impostos.”
José Mujica, ex-presidente do Uruguai
* * *
E ele disse isto olhando pra Lula e num auditório cheio de petistas, sábado passado em São Bernardo do Campo.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

By JBF


Marcos Mairton           #MICROCONTOS      

MICROCONTOS
CARDÍACO
De tanto que ele se recusou a ouvir o próprio coração, este um dia cansou e calou-se para sempre.
* * *
FOME
Reuniu os filhos e disse:
– Comeremos o pão que o diabo amassou.
E a meninada ficou feliz porque teria o que comer naquele dia.
* * *
O PERDEDOR
De manhã perdeu o trem.
À tarde perdeu o emprego.
À noite perdeu a namorada.
Sem mais nada a perder, perdeu o medo.

sábado, 15 de agosto de 2015

SIMÃO, PEDRO ou CEFAS




A busca da verdade sempre foi objetivo de pessoas bem intencionadas. Mas o que é a verdade? Podemos dizer que verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a ausência da mentira?

A verdade é muitas vezes desacreditada quando pessoas ou grupos tentam provar que se interessam por assuntos, mas na verdade não gostam, ou não entendem, são chamados de pseudo, ou seja que não são verdadeiros. São os pseudo verdadeiros, pseudo intelectual, pseudo estudioso, etc.

A verdade dos fatos exerce grande importância no julgamento das ações humanas. Quando uma verdade deixa dúvidas, é imprescindível verificar sua veracidade, que podem ou não cumprir com exatidão aquilo a que se propõe o indivíduo.

Penso ser o caso de SIMÃO, PEDRO OU CEFAS que expõe uma busca da verdade dos fatos. Se é assim, então vejamos, o que nos diz o Evangelho de Mateus sobre o assunto:

"Vindo Jesus à região da Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos, dizendo: 'Quem os homens dizem que é o Filho do Homem? ' Eles disseram: 'Uns dizem que é João Batista; outros Elias; e outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas'" (Mateus vv.13-14).

"E disse-lhes: 'E vós? Quem dizeis que eu sou?'" (v.15).

"Respondendo Simão Pedro, disse: 'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo'" (v.17).

"Então Jesus lhe respondeu: 'Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado pela carne ou pelo sangue, mas por meu Pai que está nos céus'" (v.18).

"'E eu também te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela'" (v.19).

No livro “Boa Nova” (Humberto de Campos/Chico Xavier) Capitulo 21, está grafado:

“Aproximando-se o termo de sua passagem pelos caminhos da Terra, reuniu Jesus os dozes discípulos, com o fim de lhes consolidar nos corações os santificados princípios de sua doutrina de redenção.”

“Naquele crepúsculo de ouro, por feliz coincidência, todos se achavam em Cesaréia de Filipe, onde a paisagem maravilhosa descansava sob as bênçãos do céu”.

“Jesus fitou serenamente os companheiros e, ao cabo de longa conversação, em que lhes falara confidencialmente dos serviços grandiosos do futuro, perguntou com afetuoso interesse:”

“- E que dizem os homens a meu respeito? De alguma sorte terão compreendido a substancia de minhas pregações?!”...

...

“Jesus escutou-lhes as observações com o habitual carinho e inquiriu:”

“- Os homens se dividem nas suas opiniões; mas, vós os que tendes comungado comigo a todos os instantes, quem dizeis que eu sou?”

“Certa perplexidade abalou a pequena assembleia: Simão Pedro, porém, deixando perceber que estava impulsionado por uma energia superior, exclamou, comovidamente:”

-“Tu és o Cristo, o Salvador, o Filho de Deus Vivo.”

- “Bem aventurado sejas tu, Simão – disse-lhe Jesus, envolvendo-o num amoroso sorriso -, porque não foi a carne que te revelou estas verdades, mas meu Pai que está nos céus. Neste momento, entregaste a Deus o coração e falaste a sua voz. Bendito sejas, pois começas a edificar no espírito a fonte da fé viva. Sobre essa fé, edificarei a minha doutrina de paz e esperança, porque contra ela jamais prevalecerão  os enganos desastrosos do mundo.” 

 Diferentemente do posicionamento da Igreja Católica que traduz: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” para justificar o nome – “CEFAS” que se traduz do grego – pedra/pedreira/pedregoso. Contudo Jesus está usando no diálogo, a língua “Aramaico” onde Simão é “Shimon” relacionado a “cura”.

E Humberto de Campos anota que Jesus em seguida afirma: “Neste momento, entregaste a Deus o coração e falaste a sua voz. “Bendito sejas pois, começas a edificar no espírito a fonte da fé viva. Sobre essa fé, edificarei a minha doutrina de paz e esperança, porque contra ela jamais prevalecerão  os enganos desastrosos do mundo.”

Luis Fernando Perez, traduzindo o pensamento católico, afirma: “Reflitamos agora por um instante sobre o contexto em que o Senhor diz estas palavras. Simão acaba de declarar quem é Jesus. Cabe agora a Jesus nos dizer quem é o Apóstolo. Já não o chama de Simão, mas de Pedro. Simão havia dito a Jesus: "Tu és Cristo"; e Cristo responde a Simão: "E tu és Pedro". Da mesma forma como não podemos separar o nome de Cristo e seu significado da pessoa de Jesus, também não podemos separar o nome de Pedro e seu significado da pessoa de Simão. Jesus é o Messias e Simão é a Pedra. E é justamente nesse contexto que Cristo diz: "e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Quem é o Cristo? Jesus, Jesus Cristo. Quem é a pedra sobre a qual Jesus edifica a sua Igreja? A quem foi dado o nome de pedra? A Simão, Pedro”.

Continua Luis Fernando Perez: “Muito se tem especulado sobre isto: a pedra é o próprio Pedro ou a sua declaração de fé acerca de Cristo? Pelo contexto verificamos que os versículos estão falando de PESSOAS, não de ideias. Trata-se de saber quem é Jesus e de saber quem Jesus diz que Simão é. Uma vez determinado quem é Jesus e quem é Pedro, Jesus edifica a sua Igreja. E nem a Igreja se edifica sem a verdade acerca de Cristo (declarada por Pedro), nem a Igreja se edifica sem a verdade acerca de Pedro (declarada por Cristo)”.

“E é essa Igreja, a verdadeira, a que conhece e confessa quem é Cristo e quem é Pedro, aquela sobre a qual não prevalecerão as portas do Hades [=morte]!” - Escrito por Luis Fernando Pérez.

Essa é a posição da Igreja Católica expressa em:  http://www.civitasdei.org/cefas.html. Tradução do Veritatis Splendor por Carlos Martins Nabeto.

Ao assinalar sua posição o autor atribui ao momento a discussão sobre “personalidades”, não de ideias para afastar a intensão de se filosofar a respeito. Esquece o autor que apesar do diálogo estar descrito praticamente no início do Evangelho do Cristo, Mateus 13/16 e o termo da passagem de Jesus na Terra está em Mateus 27, o Mestre já estava sondando os seus discípulos “com o fim de lhes consolidar nos corações os santificados princípios de sua doutrina de redenção”.

Isso é filosofia, isso é discussão de ideias sim.

Jesus promete o Consolador que iria repor a verdade: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
João 14:26-27.

Ora, Jesus conhecia o intimo de seus seguidores, a tal ponto que preveniu que pediria ao Pai que mandasse outro conselheiro para repor todos os seus ensinamentos além de adequar sua orientação. Se sobre a “pedra” Ele instituísse sua doutrina não haveria de prever a deturpação de tantos ensinos. Na verdade Jesus estava prevendo que muito haveria de se aprender pois: “Bendito sejas, pois começas a edificar no espírito a fonte da fé viva. Sobre essa fé, edificarei a minha doutrina de paz e esperança, porque contra ela jamais prevalecerão  os enganos desastrosos do mundo.”   

Seja filosofia, seja discussão de personalidade não se pode pretender ter a verdade absoluta, mas querendo, de onde estivermos sempre teremos como visualizar a indicação da saída certa.

Com quem está a verdade?

Pensemos!