terça-feira, 26 de março de 2013

Destinação da Terra.

 Causas das misérias humanas

6. Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista cm que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

7. Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.
(Allan Kardec)

Fora da Caridade não há salvação.Alan Kardec


Para servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui”.
CHICO XAVIER.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lula, o lobista.

 Ricardo Noblat


A princípio, ilegal não é. Não é mesmo. Tampouco é antiético.

Na condição de ex-presidente da República, Lula pode fazer conferências onde quiser e cobrar por elas o quanto quiser. Se quem paga é pessoa, empresa ou entidade idônea...

Respeitada tal condição, Lula também pode viajar à custa de quem quiser. E prestar serviço remunerado a quem quiser. Pode fazer lobby no exterior? Sim. E aqui? Não.

Lula visitou 30 países desde 2011, segundo a Folha de S. Paulo. Vinte deles ficam na África e na América Latina. Na última terça-feira, sob o patrocínio da empreiteira Odebrecht, começou pela Nigéria um novo giro africano. Enquanto presidente estimulou investimentos na África e na América Latina. O Instituto Lula foi criado para ajudar “o desenvolvimento” dos dois continentes.

 Quase metade das viagens feitas por Lula foi financiada por empreiteiras que tinham interesses econômicos nos países visitados por ele.

Elas negam que usem Lula para facilitar negócios. A assessoria de Lula afirma que ele trabalha para promover “os interesses” do Brasil e não os das empresas que o carregam para lá e para cá.

Quando os interesses do Brasil coincidem com os das empresas... Fazer o quê?

Se empresas brasileiras se dão bem em outros países, se Lula pode ajudá-las, se assim forra os bolsos com dólares, estupendo! Ganham o Brasil, as empresas e Lula.

Em novembro de 2012, ele foi a quatro países – dois deles a serviço da empreiteira Camargo Corrêa. Contribuiu “para reduzir resistências enfrentadas por empresas brasileiras em Moçambique”, segundo a embaixadora Lígia Scherer.

Um ano e pouco antes, a bordo de um avião da OAS, outra empreiteira, Lula fora à Bolívia reunir-se com o presidente Evo Morales.

Pressões locais impediam a OAS de tocar uma rodovia de US$ 415 milhões. Morales concordou em indenizar a OAS em US$ 9,8 milhões.

De lá, Lula voou para a Costa Rica, onde a OAS disputava uma obra de US$ 57 milhões. Ela perdeu a disputa. Mas ganhou outra de US$ 500 milhões.

Os implicantes dizem que um ex-presidente não deveria exercer a função de lobista, valendo-se do prestígio do cargo que exerceu para costurar negócios.De resto, como presidente, lidou com assuntos pertinentes aos interesses dos seus atuais patrões.

E se acaba ganhando vulto a suspeita de que está sendo remunerado igualmente por decisões passadas que beneficiaram empresas que hoje o beneficiam?

Não seria justo...

Presidentes norte-americanos, no exercício do mandato, facilitam a penetração de empresas do seu país em outros países. Alguns procedem da mesma forma na condição de ex-presidentes.

Lula copiou o modelo deles, ao que tudo indica.

Só não pode esquecer que há limites para tudo. Como cidadão, uma vez que aja dentro da lei, não deve satisfações a ninguém. Como ex-presidente, deve.

Há um código de conduta não escrito para casos como o de Lula.

Por óbvio, ele não deve negociar interesses de empresas junto a governos com os quais se relacionou como presidente. Nem fazer lobby com a ajuda de diplomatas do seu país e gastando dinheiro público.

O Itamaraty assessora Lula em viagens de negócios. E já pagou despesas dele. Dilma ouviu Lula pedir por empresas. Muito feio!

No fim do seu segundo governo, Lula prometeu que ensinaria a Fernando Henrique Cardoso como um ex-presidente deveria se comportar.

Fernando Henrique está esperando até hoje. A não ser que a aula esteja em curso e ele não tenha se dado conta.

domingo, 24 de março de 2013

E DAÍ VAI FICAR POR ISSO MESMO!

(Blog do MB)

Quantas coisas gostaríamos de mudar, mas depois de algum tempo nos conformamos com a velha constatação: “E dai vai ficar por isso mesmo!”

Pode parecer normal mas não é:

O lixão abrigar crianças. Quantos existem que desafiam a lei. Fica por isso mesmo.

Execução de jovens na periferia por brigas entre facção. Fica por isso mesmo.

Perda da cobertura florestal de nossas cidades. Fica por isso mesmo.

Construir casas populares em lugar protegido e proibido. Fica por isso mesmo.

Aplicar mal o dinheiro público: tribunais, passarelas, ruas, pontes, escolas, transposição de rios. Fica por isso mesmo.
Não denunciar os abusos que nos deparamos no dia-a-dia. Fica por isso mesmo.
Não acompanhar as ações dos politicos que elegemos. Fica por isso mesmo.
Aplaudir corruptos. Fica por isso mesmo.
Será que chegamos a ter vergonha de ser honesto?

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.


 

quinta-feira, 21 de março de 2013

DIA 21 DE MARÇO - DIA DO PORTADOR DA SINDROME DE DOWN

Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.[1] A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune.[2], que descobriu uma cópia extra do cromossoma 21.[3] É o distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 1000 nascimentos.[4]
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal[5]. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Pessoas com síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo.
Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protrusa. Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.
A síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais.

terça-feira, 19 de março de 2013

O poder da energia liberada pelas mãos.

 · Pesquisa revela poder da energia liberada pelas mãos!

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Univ...ersidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar.

O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Reiki e do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células onde ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram
a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”.
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.

O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril deste ano!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Que boa gestora, hein, seu Lula?

 Por Ricardo Noblat

Era uma vez a presidente da República que contava com seis anos de parceria para oferecer a seus aliados. Foi quando com medo de perder a vez para seu antecessor decidiu antecipar a próxima campanha eleitoral.


Um aliado mais esperto aproveitou a ocasião e trocou o status de aliado dela pelo de concorrente.

Sabe o que aconteceu?

O poder de barganha da presidente diminuiu. E aumentou o dos aliados.

Decodificando: a presidente da República, Dilma Rousseff.

Outro dia, por sinal, ela confidenciou a um ministro: o empregado que cuida das emas do Palácio do Planalto deixou que uma bicasse Nego, o cão labrador que o ex-ministro José Dirceu lhe deu de presente.

Dilma não pensou duas vezes: convocou o empregado à sua presença e deu-lhe a maior bronca. Pensou em transferir as emas para a Granja do Torto. Desistiu.

O antecessor que poderia atropelar a presidente: Lula.

Dilma não é santa da devoção do PT. Lula é o padroeiro.

 A maior fatia do PT e os demais partidos que sustentam o governo de Dilma gostariam de ter Lula de volta à presidência. O próprio Lula gostaria de voltar.

Preparava-se para sair em caravana pelo país em defesa do PT, atingido pelo resultado do julgamento do mensalão, e dele mesmo - aquele que de nada sabia.

Sequer sabia que a sua fiel secretária Rosemary de Noronha estimulava tenebrosas transações dentro do governo. E que o levara a empregar quem seria preso depois pela Polícia Federal por suspeita de corrupção.

Pobre Lula!

Pois bem: para evitar o risco de ele se animar com a perspectiva da volta, Dilma procurou-o para uma conversa definitiva. Quer ser candidato? - perguntou-lhe. Lula negou. Ela insistiu. Ele negou.

Dilma disse que o apoiaria com entusiasmo caso ele sonhasse com um novo mandato. Lula negou pela terceira vez.

Dilma então pediu-lhe para que aproveitasse a festa de aniversário do PT e lançasse seu nome à reeleição. Lula lançou - sem entusiasmo convincente, admita-se.

Compreensível. Nem mesmo ele ainda é capaz de prever o futuro. E se por um motivo qualquer fosse obrigado a sair candidato no lugar de Dilma?

O aliado mais esperto que virou concorrente de Dilma: Eduardo Campos, governador de Pernambuco.

Sob o lema "2013 é para governar, deixemos para fazer campanha em 2014", ele viaja o país fazendo campanha, e governa quando lhe sobra tempo.

É candidato para ganhar ou perder. Contra Lula ou Dilma.

"Não gosto de perder. Mas serei candidato até mesmo para marcar posição se esse for o desejo do meu partido", ouvi dele há poucos dias.

Ao resolver patrocinar a candidatura de Dilma à sua sucessão, Lula sacou uma frase que passou a repetir como se fosse um mantra: "Ela é melhor gestora do que eu."

Presidente bom gestor é uma mistura de presidente bom executivo e de presidente bom político.

Lula cercou-se de executivos razoáveis. Na política deu um show. Dilma é uma executiva à moda antiga, que ouve mal. E uma política sem gosto pela política.

Em 2011, travestiu-se de faxineira ética e demitiu ministros autores de malfeitos. Ninguém perguntou por que os nomeara.

No início do ano seguinte, jogou fora a fantasia de faxineira quando um dos poucos ministros a merecer seu afeto foi acusado de ter recebido por consultorias que não deu.

Desmontou a Comissão de Ética da presidência que a obrigou a despachar o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

No último sábado, Lupi desfilou feliz pelos amplos salões do Palácio do Planalto. Fora trocado por um neto de Brizola, um deputado fraquinho, seu desafeto.

Com medo de perder o PDT para Eduardo Campos, Dilma substituiu Brizola por um serviçal aliado de Lupi. Outro partido que perdeu ministro no rastro da faxina ética deverá ganhar em breve um ministério.

Onde já se viu partido recusar cargo em governo?

O PSD de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo, recusou na semana passada.

O PT ocupa as cadeiras numeradas do governo. O PMDB, a arquibancada. Os demais partidos se apertam na geral e espicham a cabeça para enxergar os lances do jogo.

O PSD não tem pressa. Preferiu valorizar seu passe junto a Dilma e a Eduardo.

Lula loteou seu governo no segundo mandato. Dilma, no primeiro para assegurar o segundo. Boa aluna.

O primeiro ano do governo Dilma foi pior do que o último ano do governo Lula. O segundo ano do governo dela foi pior do que o primeiro. O terceiro em curso, a se ver.

A inflação alta disseminou-se. A Petrobrás nunca perdeu tanto valor (quem foi mesmo a presidente do Conselho de Administração da empresa durante o governo Lula? Advinha.) O Brasil estagnou no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano.

São 39 ministros e nenhum se destaca por ter emplacado algum projeto notável. Mas como emplacar um projeto ou mesmo uma vaga ideia em um governo cuja presidente trata os assessores aos gritos, centraliza o que pode e o que não deveria, e pede para ler com antecedência discursos que só mais tarde ouvirá?

Que bela gestora, hein, seu Lula?

quinta-feira, 14 de março de 2013

MAIS DESATINOS.

O ESPÍRITO SANTO VENEZUELANO FOI QUEM ESCOLHEU CHIQUINHO I

Ao discursar numa feira de livros em Caracas, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, dividiu com a plateia uma informação que lhe chegara havia pouco: o arcebispo argentino Jorge Mario Bergoglio tornara-se papa.
Maduro recordou à audiência que Hugo Chávez “subiu” às alturas. Ele “está frente a frente com Cristo”, disse, antes de insinuar que a escolha do primeiro papa latino-americano da história é coisa do “comandante”.
Maduro disse que “alguém novo” achegou-se a Cristo e disse: “Bem, nos parece que a hora da América do Sul chegou.” Mais: a qualquer momento, declarou Maduro, Chávez pode convocar uma assembleia constituinte no céu para “mudar a Igreja” e permitir que o “povo de Cristo” governe o mundo.
Nesse ritmo, o Todo Poderoso logo, logo renuncia. Vai declarar-se ‘Deus emérito’ e entregar o trono a Chávez.
* * *
Só faltou Maduro dizer que Chávez, ao chegar no paraiso e dar ordens pro Espírito Santo escolher um Papa argentino, tenha gritado “Nunca antes nesta América Latina…” e declarado que elegeria Chiquinho I apesar “do PIG e da grande mídia reacionária”
Vocês entenderam, agora, porque só gente obtusa, tabacuda e desprovida de raciocínio é que admira, aplaude, adora e canoniza este tipo de gunvernante????
Eles, os gunvernantes, chegam a estes extremos porque sabem, com certeza absoluta e saber sabido, que não faltam idiotas pra acreditar neles. Acreditar e votar. Prestem atenção no delírio da platéia com a cagada oral de Maduro.
Pois é. A América Latina (e mais outras partes do mundo…) também têm os seus lulas. E, consequentemente, os seus adoradores luleiros.

OS DESATINOS DA RAPAZIADA.

Carlos Brickmann

Se ainda não leu, leia: O desatino da rapaziada tem o texto brilhante, fluente, gostoso de Humberto Werneck. Mas são histórias de pequenos desatinos, desatinos de gente de bem. Os desatinos que aqui trazemos envolvem gente diferente.
1 – Rui Falcão, presidente nacional do PT, uma espécie de José Dirceu que não deu certo, quer tirar Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos. Quem o pôs lá? Quase todos; mas a bancada governista, liderada pelo PT de Falcão, tinha votos para barrá-lo. Quando viu que pegou mal, aí não sabia de nada.
2 – Há outros parlamentares, digamos, polêmicos, nas comissões da Câmara dos Deputados. João Paulo Cunha e José Genoíno, condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal e aguardando a execução da pena, estão na Comissão de Constituição e Justiça. Gabriel Chalita, acusado por um ex-amigo muito próximo, daqueles de viajar junto, de ter recebido propina, comanda a Comissão de Educação. Rui Falcão quer tirá-los? Não se manifestou: João Paulo Cunha e José Genoíno são do PT, partido que Falcão comanda. Gabriel Chalita é do PMDB, aliado preferencial do Governo, partido do atual vice e do futuro candidato a vice na chapa da presidente Dilma, candidata declarada à reeleição. Atirar em alvos pequenos enquanto os grandes escapam é tática antiga. Às vezes funciona.
3- O professor Claudemir Nogueira assassinou a mulher em 2010, e confessou à Polícia e à Justiça. Mas recebe pensão do INSS pela morte da mulher que assassinou. Se alguém puder explicar, este colunista gostaria de entender.
4 – E, o maior dos desatinos, o caro leitor é que paga a conta.
* * *
A lama homofóbica
Lembra da campanha para a Prefeitura de São Paulo, quando Marta Suplicy foi derrotada por Gilberto Kassab? Houve uma tentativa, comandada pelo marqueteiro de Marta, João Santana, de baixar o nível: anúncios, que não disfarçavam o preconceito, em que se perguntava se Kassab era casado e tinha filhos.
João Santana reincide, agora na Venezuela: seu candidato, Nicolas Maduro, favoritíssimo nas eleições presidenciais, afirma que o adversário Henrique Capriles é homossexual (Capriles, 40 anos, comete o crime de ser solteiro). Diz Maduro: “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”. Já chamou Capriles de “maricón”; e agora o trata por “senhorito”, por não ser casado.
Que é que Maduro diria dos homossexuais que se casam só para disfarçar?
 
(BY JBF)
 

O valor do amigo.


"Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências.
 Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. ...
Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém."
(Martha Medeiros)

*HABEMUS AMIGOS!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 13 de março de 2013

A CRÔNICA ANUNCIADA DA GANÂNCIA DESMEDIDA

JOSÉ NÊUMANNE PINTO
(By JBF)
O óbvio desinteresse da presidente Dilma Rousseff em impedir a derrubada de seus vetos à lei que regula os royalties do petróleo tem muitas razões mais do que podem pressupor seus aliados amuados que governam Estados produtores prejudicados – em especial Sérgio Cabral (PMDB), do Rio. Ora, direis, se ela tem (e se orgulha disso) maioria folgada no Congresso, como se permite aceitar passivamente a aparente desmoralização de sua autoridade com uma rebelião maciça de Estados que antes não participavam da divisão do bolo que promete ser generoso, embora isso não tenha nenhuma sustentação técnica, ética ou jurídica?
A questão parece complexa, mas não é. Ao contrário, tem duas respostas muito evidentes e muito simples. A primeira é que vale tudo pela reeleição e brigar por compromissos passados quando o futuro está em jogo não parece inteligente. Então, a primeira explicação é eleitoral: nas democracias, especialmente naquelas que dependem exclusivamente de eleições, já que as instituições funcionam mal, como é o caso da nossa, nenhum governante é louco de desperdiçar votos preciosos que o manterão no poder. E há outra explicação – esta ancorada em passado recente. A reivindicação de Estados que não produzem petróleo, e nunca produziram, de partilhar com produtores em igualdade de condições os royalties (que não são impostos nem esmolas, mas compensações financeiras pela exploração de produtos extraídos em seu território) nunca foi feita antes. Por que, então, agora tomou a avassaladora forma de um autêntico tsunami? É simples: porque o problema nunca foi antes trazido à baila!
Tudo começou em 2008, quando, no governo Lula, do qual Dilma era dignitária de altíssimo coturno, a Petrobrás anunciou a descoberta de grandes jazidas de óleo cru nas profundas camadas de pré-sal sob nossas águas territoriais. “Deus não nos deu isso para que a gente continue fazendo burrice. Deus nos deu um sinal. Mais uma chance para o Brasil”, disse Lula a uma plateia eufórica.
Ali começou um processo deletério, chamado pelo coleguinha Merval Pereira, colunista de O Globo e membro da Academia Brasileira de Letras, de “a politização do pré-sal”. Em sua coluna de sábado passado, Pereira citou o especialista Adriano Pires, da consultoria Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBE). Para Pires, “o ex-presidente, ao anunciar a descoberta do pré-sal, politizou todas as decisões que foram tomadas no setor de petróleo dali para a frente, e, com isso, surgiram várias vítimas dessa atitude populista. As principais foram a Petrobrás, os produtores de etanol e o Estado”. Sob o entusiasmo com a descoberta foi soterrado o projeto de biocombustíveis e congelado o preço da gasolina.
Na sexta-feira 8 de março, outra colunista do Globo, Miriam Leitão, que tem descrito com lucidez a lambança que os governos Lula e Dilma fizeram no setor energético em geral e no petrolífero em particular, não apelou para metáforas, mas pôs o dedo diretamente na ferida oculta: “União criou o conflito”, disparou logo no título. E justificou essa dura constatação: “Quando o governo Lula decidiu mudar a lei do petróleo, ele estava convencido de que a receita iria aumentar muito com o pré-sal. Mas isso está cada vez mais distante e incerto”.
A relação entre o anúncio da descoberta da panaceia para fazer o Brasil saltar da condição de emergente para o Primeiro Mundo e a catástrofe da Petrobrás foi tema de um texto arrasador assinado por Consuelo Dieguez na revista Piauí de setembro do ano passado. No artigo, o comunista baiano Haroldo Lima, que presidiu a Agência Nacional do Petróleo (ANP) no governo Lula e foi retirado do cargo por Dilma, fez uma autocrítica demolidora, ao velho estilo stalinista, afirmando que os resultados catastróficos da Petrobrás não foram produzidos pela vontade do ex-presidente Sérgio Gabrielli, mas pelos votos fiéis à proposta populista de Lula, inclusive os dele e de Dilma.
De acordo com Lima, Lula e Dilma impuseram à ANP a decisão de jogar no lixo o marco regulatório de 1997, que flexibilizara o monopólio da estatal nacional do petróleo. O novo marco regulatório passou a exploração de concessão para partilha. Justiça seja feita, ao sancionar essa lei no fim do mandato, Lula vetou todos os artigos que desrespeitavam contratos já firmados com concessão. Ou seja, antecipou o que Dilma faria no ano passado, mas terminou sendo desautorizado na semana anterior pela maioria dos parlamentares, representando Estados de olho fixo na fortuna anunciada.
A ganância desmedida dos Estados não produtores atropela tudo, inclusive a História. Desde o embargo da Arábia Saudita, o aumento do preço do petróleo no mercado mundial vem enchendo as burras da Venezuela. Ainda na extinta democracia, enterrada por Hugo Chávez, sob a presidência de Carlos Andrés Pérez, outdoors espalhados pelas ruas de Caracas prometiam que o produto seria “semeado”. A impropriedade geológica (petróleo não se planta, extrai-se) não salvou o país vizinho das imensas dificuldades econômicas em que continua vivendo. A elite corrupta que comandou o liberalismo idílico foi substituída pelo milico progressista e a situação só piorou. Apesar do preço ascendente de seu produto único, a Venezuela, “o país potencialmente mais rico do mundo”, na definição de Mario Vargas Llosa em artigo publicado no Estado domingo, convive “com a inflação, a criminalidade e a corrupção mais altas do continente, um déficit fiscal, que beira a 18% do PIB”…
O Brasil não chegou aí. Mas a Petrobrás foi submetida a uma degradação absurda: seu lucro no ano passado foi 36% menor que o de 2011, seu valor de mercado caiu para 65,5% do patrimônio e o fruto da campanha “o petróleo é nosso” despencou do segundo para o oitavo lugar no ranking mundial das petroleiras. Na América do Sul, perdeu o topo para uma empresa colombiana. E alguém tem ideia do destino dos R$ 107 bilhões da “maior capitalização da história do capitalismo”, em 2010?

terça-feira, 12 de março de 2013

TÁ NO SANGUE.

(BY JBF)

Quando publica matérias sobre o mensalão, a revista Veja é, para a turma do PT, o principal veículo da imprensa golpista, coisa do capeta.
É tratada muito melhor quando a matéria é positiva, aí ganha até outdoor.
É o que fez Zeca Dirceu para divulgar o ranking da revista. “A Veja divulgou, mas o povo de Umuarama já sabia. Zeca Dirceu 1º lugar no ranking da revista Veja como deputado federal mais atuante do Paraná”, diz o outdoor, assinado pelos “Amigos do Zeca” – espalhado em Umuarama, sua base eleitoral.
Seria um caso de bipolaridade? Ou de transtorno dissociativo de personalidade?
zeca
* * *
Num é caso nem de bipolaridade, nem de transtorno.
É caso de mau caratismo mesmo. Isto em se tratando dos tabacudos que estão lá em cima, exercendo mandatos ou em postos de mando. Em se tratando dos tabacudos da militância, é apenas um simples caso de cegueira, de não querer enxergar a realidade.
Zeca Dirceu é deputado federal pelo PT e filho de Zé Dirceu, aquele chefe da sofisticada quadrilha que está aguardando a chegada do camburão na porta. Ou seja, tem no sangue a cara-de-pau que herdou do pai.
Um deputado federal petista, vermêio e filho de vermêio, se orgulhar por ter sido destacado e elogiado na revista Veja! Num é phoda mesmo???!!!
É por essas e outras que eu não levo a sério palavra de extremista algum. Sobretudo extremista da base de apoio ao gunverno petralha.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Homenagem ás mulheres!!!

"Deus extrai o ideal dos prantos doces borrifados na tez das flores meigas; lança no molde a languidez da tarde, a calma santa das etéreas veigas; no seio das manhãs colhe perfumes, das entranhas dos céus tira o amor!... Insigne obra, que a Deus mesmo custa, nasceu, e n’alma da mulher augusta abrigou-se a bondade do Senhor..." (Tobias Barreto)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Os holofotes.

Merval Pereira, O Globo
Parece que estávamos adivinhando. No lançamento do meu livro, em São Paulo, na segunda-feira, conversava com o Carlos Alberto Sardenberg sobre o sucesso que o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, havia feito em Trancoso, no fim de semana anterior, aplaudido de pé durante vários minutos pela plateia do festival internacional de música.
Sua presença, aliada ao fato de que estava acompanhado de uma jovem namorada, foi o assunto dominante no fim de semana. Ontem, conversamos na CBN sobre a popularidade dos ministros do Supremo depois do julgamento do mensalão, e Sardenberg se preocupava com as consequências desses holofotes sobre o comportamento dos ministros, que por onde passam são objeto de homenagens pelos populares.
Analisei a questão por dois ângulos, um positivo, outro negativo: a confiança dos cidadãos no Supremo, e a possibilidade de um ministro se deslumbrar com a súbita fama e passar a dar mais atenção à opinião pública do que à letra fria da lei, como acusam os ministros de terem feito no julgamento do mensalão.
Não acredito que se os ministros do Supremo tivessem se reunido a portas fechadas, sem a televisão ao vivo e a cores, o resultado fosse diferente, isto é, não concordo com os que consideram que as condenações foram fruto de pressões da opinião pública sobre os ministros.
O fato de os ministros do Supremo estarem sendo vistos pela população como personagens importantes significa que a atuação deles no mensalão foi aprovada pela opinião pública, e é bom para a democracia que um dos Poderes da República seja reconhecido como instrumento de fazer Justiça.
O que seria ruim é se um dos ministros hoje em evidência passasse a se exibir como se fosse celebridade, buscasse os holofotes. E mesmo se surgisse como candidato a algum cargo político, como se fala de Joaquim Barbosa para a Presidência da República e ou da ministra Eliana Calmon para governadora da Bahia.
Todas as atitudes que tomaram até hoje, e que contaram com o apoio da opinião pública na maioria das vezes, passariam a ser vistas como se tivessem sido geradas justamente com o objetivo de torná-los famosos e populares para que entrassem na política.
Com relação a Joaquim Barbosa, havia além das questões de saúde, seu temperamento irascível e a falta de tarimba política, que o tornam avesso aos acertos por baixo dos panos e incapaz de ouvir desaforo sem responder imediatamente, como vimos várias vezes no julgamento do mensalão.
Esses “defeitos” do ponto de vista da política tradicional podem torná-lo um candidato atraente para eleitores que já estão cansados dessa maneira de se fazer política, mas tornariam extremamente difíceis os acordos partidários que teria forçosamente de fazer. O destempero de ontem com um jornalista, a quem mandou “chafurdar no lixo”, é uma prova de que os holofotes estão sendo prejudiciais a Joaquim Barbosa. Se desculpar em seguida não apaga a ação.

Carta a Hugo Chavez.

 


Carta profética?
Carta de despedida atribuída a Nancy Iriarte Díaz (ex-esposa) a Hugo Chávez.

Impressionante a despedida precoce de Nancy Iriarte Díaz (sua ex-...esposa) a Hugo Chávez; que foi publicada em 9 de agosto de 2011 num dos jornais venezuelanos de maior circulação: o “El Universal”.

"Hugo, algumas considerações sobre a tua morte que se aproxima:

Não quero que partas desta vida sem antes nos despedirmos, porque tens feito um mal imenso a muita gente, tens arruinado famílias inteiras, tens obrigado legiões de compatriotas a emigrar para outras terras, tens enlutado um número incontável de lares, aos que achavas que eram teus inimigos os perseguiste sem quartel, os aprisionaste em cubículos indignos até para animais, os insultaste, os humilhaste, os enganaste, não só porque te achavas poderoso, mas também imortal... Porque o fim dos tempos não te alcançaria.

Mas a tua hora chegou, os prazos se esgotaram, o teu contrato chega ao seu fim, teu "ciclo vital" se apaga pouco a pouco e não da melhor maneira; provavelmente morrerás numa cama, rodeado de tua família, assustada, porque vais ter que prestar contas uma vez que dás teu último alento, partes desta vida cheio de angústia e de medo, lá vão estar os padres a quem perseguiste e insultaste, os representantes dessa Igreja que ultrajaste por prazer, claro que vão te dar a extrema unção e os santos óleos, não uma, mas muitas vezes, mas tu e eles sabeis que não servirão para nada, mas só para acalmar o pânico a que está presa a tua alma ante o momento que tudo define.

Morres enfermo, padecendo do despejo, das complicações imunológicas, dos terríveis efeitos secundários das curas que prometeram alongar a tua vida, teus órgãos vão se deteriorando, um a um, tuas faculdades mentais vão perdendo o brilho que as caracterizava, teus líquidos e fluidos são coletados em bolsas plásticas com esse fedor de morte que tanto te repugna.

Dize-me, neste momento, antes que te apliquem uma nova injeção para acalmar as dores insuportáveis de que padeces, vale a pena que me digas que não te possam tirar a dança – ah! – as viagens pelo mundo, os maravilhosos palácios que te receberam, as paradas militares em tua honra, as limusines, os títulos honoríficos, os pisos dos hotéis cinco estrelas, as faustosas cenas de estado... Dize-me agora que vomitas o mingau de abóbora que as enfermeiras te dão na boca, se era sobre isso que se tratava a vida, pois os brilhos e as lantejoulas já não aparecem nos monitores e máquinas de ressuscitação que te rodeiam, as marchas e os aplausos agora são meros bipes e alarmes dos sensores que regulam teus sinais vitais que se tornam mais débeis.

Podes escutar o povo do teu país lá fora do teu quarto?... Deve ser tua imaginação ou os efeitos da morfina, não estás na tua pátria, estás em outro lado, muito distante, entre gente que não conheces... Sim, estás morrendo em teu próprio exílio, entre um bando de moleques a quem confiou entregar teu próprio país, teus últimos momentos serão passados entre cafetões e vigaristas, entre a tua corte de aduladores que só te mostram afeto porque lhes davas dinheiro e poder; todos te olham preocupados e com raiva, nunca deixaste que nenhum deles pudesse ter a oportunidade de te suceder; agora os deixas ao desabrigo e teu país à beira de uma guerra civil... Era isso o que querias? Foi essa a tua missão nesta vida? Esquece-te da quantidade de pobres, agora há mais pobres do que quando chegaste ao poder; esquece-te da justiça e da igualdade quando praticamente lhe entregaste o país a uma força estrangeira que agora teremos de desalojar à força e ao custo de mais vidas.

Tenho a leve impressão que agora sabes que te equivocaste; acreditaste num conto de passagem e te julgaste revolucionário, e por ser revolucionário... imortal; convocaste para o teu lado os mortos, teus heróis, esses fantasmas que também julgavas ter vida, Bolívar, Che Guevara, Fidel, e Marx que nunca conheceste e que recomendavas a sua leitura... Andar com mortos te levou à magia e aos babalaôs, te meteste a violar sepulturas, e a fazer oferendas a uma corte de demônios e espíritos maus que agora te acompanham... Sentes a presença deles no quarto? Estão vindo te cobrar, recolher a única coisa que deverias valorizar em tua vida e que tão sinistramente atiraste na obscuridade e no mal, a tua alma.

Bem, me despeço; só queria que soubesses que passarás para a história do teu país como um traidor e um covarde, por não teres retificado tua conduta quando pudeste e te deixaste levar por tua soberba, por teus ideais equivocados, por tua ideologia sinistra, renunciando aos valores mais apreciados, a tua liberdade e à liberdade dos outros, e a liberdade nos torna mais humanos. QUE DEUS TENHA PIEDADE DE TI!
"O socialismo só funciona em dois lugares: no céu, onde não precisam dele, e no inferno onde é a regra dos que sofrem".

Nancy Iriarte Díaz

Livro do Tempo.



"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."Chico Xavier

terça-feira, 5 de março de 2013

A Progressão dos mundos.


 

 O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.


Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!
 

Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus.  Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Página publicada em "O Evangelho Segundo o Espiristismo".

domingo, 3 de março de 2013

Em Boa Lógica.

 
 
Quem alimenta o ódio atira fogo ao próprio coração.
Quem sustenta o vício encarcera-se nele.
Quem cultiva a ociosidade faz neve em torno de si.
Quem se encoleriza é inquisidor da própria alma.
Quem estima a censura lança pedras sobre si mesmo.
Quem provoca situações difíceis aumenta os obstáculos em que se encontra.
Quem se precipita no julgar é sempre analisado à pressa.
Quem se especializa na identificação do mal dificilmente verá o bem.
Quem não deseja suportar é incapaz de servir.
Quem vive colecionando lamentações caminhará sob a chuva de lágrimas.

(Cap. 36 do livro "Agenda Cristã", psicografia de Chico Xavier, ditado pelo Espírito André Luiz.)

sábado, 2 de março de 2013

Os bilionários do PT.

 

Cartas da Amazônia
Em 1975 a hidrelétrica de Tucuruí, a quarta maior do mundo, começou a ser construída no Pará. Dez anos depois ela foi inaugurada. Foi uma das maiores obras públicas da história do Brasil, a mais cara da Amazônia. Projetada inicialmente para custar 2,1 bilhões de dólares, no final seu valor se multiplicara por cinco, passando de US$ 10 bilhões.
Já a fortuna do dono da empreiteira principal da obra, a Camargo Corrêa, “apenas” dobrou. Em 1975, Sebastião Camargo tinha uma fortuna pessoal calculada em US$ 500 milhões. Dez anos depois ele se tornou o primeiro bilionário brasileiro.
A usina hidrelétrica, que garante 8% de todo consumo de energia do país, com seus quase 200 milhões de habitantes, lhe permitira embolsar meio bilhão de dólares, em valor não atualizado.
Quando se abriu a última década do século XX, as listas das revistas americanas Fortune e Forbes incluíam apenas três bilionários brasileiros: Antonio Ermírio de Moraes, cabeça da principal família de industriais brasileiros, e Roberto Marinho, imperador das comunicações com sua Rede Globo de Televisão, além de Camargo.
Ao final do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, eram oito. Quando Lula passou o bastão presidencial à correligionária, Dilma Roussef, a lista passara a 30. No ano passado chegou a 35. A soma das fortunas individuais desses bilionários equivalia à metade do que amealhou o homem mais rico do planeta.
Por coincidência, o mexicano Carlos Slim, que tem na carteira US$ 69 bilhões, é dono das operadoras de telefonia Claro e Embratel nesse Brasil que se tornou terreno fértil para imensos ganhos pessoais.
Eike Batista, com apenas 55 anos, um jovem na companhia de anciãos podres de rico da seleta confraria, era o cabeça do ranking, em março do ano passado, com seus US$ 34,5 bilhões. Mas ontem seu patrimônio já era de pouco menos da metade, US$ 10,7 bilhões.
Nesse dia 7 ele perdeu US$ 300 milhões com a queda das ações da principal das suas seis empresas de capital aberto, sempre com um X no nome, a OGX. Segundo a agência de notícias americana Bloomberg, ele caiu fora da roda dos 100 homens mais ricos da Terra.
No curso de um ano a OGX, perdeu mais de três quartos do seu valor porque sua produção, depois de tantos anúncios mirabolantes, frustrou todas as expectativas, principalmente a de Eike. Os analistas mais bondosos justificaram a queda contínua e grande do patrimônio do empresário atribuindo-a ao seu excesso de otimismo.
Essa exagerada autoconfiança o teria levado a prever resultados sem base real. Como a de que passaria o mexicano Slim em 2015. A meta já era difícil de alcançar quando seu patrimônio era metade da foruna do concorrente. Agora é quase sete vezes menor.
Com mais realismo nas suas ações, acreditam esses analistas compreensivos, Eike Batista retomará a roda da fortuna e voltará ao topo. Ele seria a personificação do genuíno ricaço dos tempos do novo trabalhismo no poder, personificado pelo PT.
Ganhou muito dinheiro por ser um autêntico empreendedor, apostar nas riquezas do país, arriscar investimentos na produção e ter uma visão mais ampla e sensível da atividade empresarial. Um bilionário do bem, conforme o jargão maniqueísta dos nossos tempos de retórica de camuflagem. Embora uma das duas empresas que atuam no porto de Açu, a LLX, tenha sido acusada pelo governo do Rio de Janeiro de causar danos ao meio ambiente. E multada.
Por trás da pantomima do marketing, verifica-se que o sucesso começa com boas – ou mesmo privilegiadas, no sentido estritamente técnico da expressão – informações, a maior parte delas proveniente do aparato estatal.
É também na administração pública que esses empreendedores (na Rússia mais diretamente conhecidos por “barões ladrões”, com ênfase nos produtores de petróleo do Mar Cáspio, o equivalente do Pré-Sal dos Eikes Batistas et caterva neste país varonil) vão buscar seus quadros de gestão.
Duplo uso de informações privilegiadas, pois.
No caso de Eike, com a decisiva participação do pai, Eliezer Batista, ex-ministro de vários governos e presidente da ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce, artífice de grandes investimentos públicos em logística, infraestrutura e produção, sobretudo de commodities.
A ascensão súbita e exponencial desses ricaços, quando se confronta seus ganhos através da manipulação de papéis com o balanço real de seu ingresso no processo produtivo, expressa uma nova modalidade de associação entre o governo e a iniciativa privada.
Quando se puxa o novelo da trajetória dessas pessoas, quase sempre se chega ao ente estatal. Mas agora com novo discurso, reforçado pelos números de programas assistenciais e de “inclusão social”, que permitiram a milhões de famílias sair da faixa da miséria ou formar um novo tipo de “classe média”, montada não sobre poupança real, mas graças a um endividamento perigoso, precário, uma faca só lâmina, como diria o poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.
Tudo muda para tudo ficar igual. Ao mesmo tempo em que Eike Batista era despejado do arrolamento nobre dos homens mais ricos do planeta, a viúva de Sebastião Camargo, Dirce, pulava à frente do banqueiro Joseph Safra, tornando-se a terceira maior bilionária brasileira.
Dirce? Mas quem é Dirce, devem ter perguntado os atentos leitores do noticiário financeiro. De fato, a viúva do grande empreiteiro, discreta como o marido, deixara os holofotes da imprensa.
Mas a Camargo Corrêa, que ainda hoje, passados quase 40 anos da sua instalação na área, continua a trabalhar (e faturar) no canteiro de obras de Tucuruí, no rio Tocantins, certamente um recorde – ao menos nacional.
E funciona a todo vapor nas novas hidrelétricas de Juruá, no rio Madeira, e de Belo Monte, no Xingu, esta destinada a ocupar o lugar de Tucuruí no ranking das maiores usinas do mundo.
No ano passado essas duas frentes de serviços responderam por 30% dos 17,3 bilhões de faturamento da empresa. Continuará assim pelos próximos anos, um maná tão parecido, na administração petista do Brasil, àquele que os governos militares providenciaram para sua empreiteira favorita. A ditadura virou democracia, mas o dinheiro é o mesmo, embora avolumado na drenagem para mais bolsos privilegiados.
A multiplicação dos bilionários bem que podia ser considerada uma das maiores obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento (de quem mesmo?).