quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O rio que se vê agora não é o mesmo rio que amanhã estarei a contemplar.

Mais ou menos no mesmo sentido Heráclito afirma que:"Um homen não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio".

Alguns imaginam que a história começa e termina em si mesmo: é um equívoco dos néscios. A história é uma grandeza sem começo ou fim. Ela fica: nós é que passamos por ela.
É necessário escrevê-la para que a posteridade faça o julgamento.
Alguns lavram a sua passagem na areia, como consequência o vento apaga as mal traçadas linhas. Outros a escrevem na rocha e a posteridade lhes testemunha a contribuição recebida.
Ao completar 61 anos nessa existência gostaria de dizer que venho tentando escrever na rocha os sinais de minha passagem por esta existência. Contudo não posso assim afirmar.
Repito o que já afirmei outrora: gosto de contar histórias, principalmente as minhas histórias e não vejo como contá-las se não as estiver vivido e posteriormente escrito em lugar seguro.
E também não há como contar história sem considerar as linhas do tempo.
Ao contar as minhas histórias, escritas de forma segura e considerando o tempo que as mesmas foram vividas busco revivê-las. Ao revivê-las, procedo de forma a analisa-las em outro contesto e saio em busca de respostas para as consequências que dela advieram.
Nunca revivi as mesmas histórias de forma a não querer alterara-las. Em toda história revivida há uma alteração, um contra ponto, um novo encerramento.
Como já disse o grande Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
É o mesmo que se dizer que “o rio que se vê agora não é o mesmo rio que amanhã estarei a contemplar”.
Agradeço por ter vivido, por ter escrito, contado e revivido. Agradeço aos que me proporcionaram a existência, aos que viveram comigo, aos que concordaram comigo e principalmente aos que me ensinaram a reviver.
Tim, tim!!!

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