sábado, 28 de fevereiro de 2015

“Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”. (Lenim)


Ruy Fabiano
By JBF

Até aqui, quando se aborda o escândalo da Petrobras, pergunta-se quem a roubou, quanto e como o fez. A resposta é parcialmente conhecida: o achaque teve o PT no comando, coadjuvado por seus aliados PMDB e PP, e a quantia chegou à estratosférica casa das dezenas de bilhões.
Conhecem-se alguns operadores, empresários cúmplices e os nomes de agentes públicos (parlamentares, governadores, ministros etc.) citados nas delações premiadas. A lista oficial, a ser divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo aguardada para os próximos dias.
Não se sabe se virá como denúncia ou pedido de abertura de inquérito, o que fará toda a diferença. Se denúncia ao STF e STJ (para o caso de governadores), os citados viram réus; se inquérito, o rito pode ser longo e diluir-se no tempo.
O prejuízo, no balanço não auditado da empresa, tem cifras oficiais: R$ 88,6 bilhões. A ex-presidente Graça Foster disse que foi o que se pôde apurar, mas, aprofundando-se as investigações, “certamente é mais”. Alguns argumentam: mas nem tudo aí é roubo; há também o fator incompetência, incluso na mesma rubrica. Tudo bem. Digamos, então, num raciocínio pra lá de moderado, que o fator roubo seja um quarto daquele valor: R$ 22,1 bilhões. Ainda assim, é dinheiro demais, que excede enormemente ambições pessoais e necessidades partidárias.
E aí entra em cena a pergunta que ainda não se fez, mas que inevitavelmente se fará: para onde foi essa grana? Escondê-la é impossível; fragmentá-la de modo a diluir sua rota parece além do talento mesmo de doleiros experimentados.
Outra coisa: como recuperá-la? O ex-gerente Pedro Barusco se dispôs a devolver a parte que lhe coube: US$ 100 milhões (R$ 280,8 milhões ao câmbio de hoje). Considerando-se o seu grau hierárquico, é possível especular quanto coube aos de cima.
E quem são os de cima? Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento – que detalhou os percentuais que cada partido da base recebia -, disse que se situava no nível médio. E que respondia a gente bem mais graúda. Alberto Youssef garantiu que Lula e Dilma eram os graúdos maiores: sabiam de tudo.
Lula e Dilma negaram a acusação, mas, por ato falho, já a confirmaram. Dilma, ao comentar o rebaixamento da empresa pela consultoria Moody’s, considerou-a “desinformada”, o que sugere que ela, presidente – e ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho Administrativo e ex-chefe da Casa Civil -, tem informações que aqueles consultores não têm. Lula, no espantoso ato de “defesa da Petrobras”, na sede da ABI, no Rio, na terça passada, se disse informadíssimo, o que ninguém duvida.
Palavras suas: “Fui o presidente que mais visitou a Petrobras; tenho mais camisas da Petrobras que o mais velho funcionário da empresa. Fui o presidente que mais inaugurou plataformas”. Ora, com tamanha intimidade com a estatal, e tendo nomeado toda a sua diretoria, seria surpreendente que não estivesse a par de tudo o que lá se passava. Tudo.
Não há como sumirem bilhões e bilhões sem que sejam percebidos, sem que uma rede ampla e sofisticada estivesse em ação. E como uma rede dessa, montada pelo presidente da República – e que incluía aquela que viria a sucedê-lo -, passaria despercebida a ambos? A resposta é desnecessária.
A metáfora do queijo, que ele evocou diante de uma militância entusiasmada (“se o rato está acostumado a roubar um pedaço de queijo, que fará diante de um queijo inteiro?”), equivale a uma confissão. E ainda: roubava-se menos porque havia menos dinheiro; como entrou mais dinheiro na Era PT, roubou-se mais.
Resta saber para onde foi esse dinheiro. Há especulações, que, de tão inusitadas, evocam a clássica teoria da conspiração. Mas a própria cifra envolvida, não constasse ela do próprio balanço da empresa, provocaria o mesmo ceticismo. Ocorre que tudo nesse escândalo é inusitado, embora real. Fala-se, por exemplo – e isso acabará tendo que ser apurado -, que parte dessa fortuna teria abastecido os aliados do Foro de São Paulo, coadjuvantes do projeto da Grande Pátria Socialista.
A Venezuela, por exemplo, sem dinheiro até para comprar papel higiênico, renovou a frota de sua Força Aérea; a mesma Venezuela que, no final do ano passado, por meio de seu ministro para Comunas e Movimentos sociais, Elias Jaua, firmou convênio para treinar a militância do MST – “o exército do Stédile”, que Lula quer ver nas ruas contra os “golpistas”.
Não se sabe se Lula conhece a palavra de ordem com que Lênin impulsionava sua militância: “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”. Como não é exatamente um estudioso de História – e acha que, por aqui, o PT a inaugurou – é possível que compense a ignorância com seu poderoso instinto político. O certo é que, no ato da ABI, seguiu fielmente a lição de Lênin.
Acusou seus opositores de ter feito com a Petrobras tudo o que de fato ele e o PT fizeram. E os xingou de golpistas. Nada menos. FHC comparou o truque à ação de um punguista que, após bater a carteira da vítima, sai gritando “pega ladrão!”. É por aí.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

MARIA VALENTINA - MV2


MARIA VALENTINA – 8/02/2015

Eis que um folheto blastodérmico formado após 37 semanas veio à luz, hoje ás 11h20min, agora sob a denominação de Maria Valentina Benjamin Pacheco Ferraz Marques. Os pais Samuel e Joana, cientes da grande responsabilidade que assumiram no plano espiritual como encaminhadores dos seus primeiros passos estão radiantes de alegria e prometem tudo fazer por sua educação.

A aquariana carrega grande responsabilidade a partir do nome escolhido para esta reencarnação, pois sendo a segunda Maria da família Pacheco Marques está ciente de que seu primeiro nome representa a maior expressão de desprendimento que é Maria a Mãe do Grande Governante do Orbe Terrestre. Seu segundo epiteto indica: valentia, audácia, bravura, o que vai precisar muito, pois é precedida na família pela Maria Vitória, a queridinha da Bisavó, dos Avós e Titios. Os demais nomes mais parecem um comboio de significados e conceitos e vai ser preciso muita garra para conduzi-lo.

Observa-se no seio da grande família que recepciona Maria Valentina, um sentimento novo de união que extrapola aos limites da Família Hospitaleira. Essa percepção tem se fortalecido nos últimos anos com a chegada dos novos rebentos e com isso renovada a amizade, a compreensão mútua e reavivada na mente de todos os seus membros os verdadeiros objetivos dessa enorme falange.

Seja benvinda centelha reencarnante.
Que sua estada na crosta terrestre seja plena de crescimento, posto que é espírito imortal.
Receba nossos votos de que possas cumprir  seus objetivos nessa nova oportunidade, também  nos ajudando a cumprir os nossos.

Louvada seja MV2 e Louvado seja Deus!

Benção upa e cheiro.


 

 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

COMO CATAR FEIJÃO.


            Desafiado por Alvair de Carolino, um primo muito próximo e que sempre está por perto com muita disposição, concordei em reservar uma área do sítio no Serro Frio para plantar feijão. Com a minha vida de correrias, de idas e vindas intermináveis, o desafiador tomou conta de todo o processo de plantio até a sua etapa final.

Após a colheita e feita a apuração do produto verificou-se um resultado além do esperado. Inicialmente a proposta era ter um feijão para uma feijoada no início das férias e repetir o refrão do Vô Amim: esse feijão é do Serro!!!

Ocorre que a safra foi tão boa que tenho o produto armazenado ainda hoje.

            Inicialmente distribui para os parentes mais próximos. Em seguida para os residentes mais distantes. Transportei feijão de avião para Macapá e Belém, abasteci a dispensa de cunhados e aderentes. Ocorre que é tanto feijão que não consegui dar vencimento em sua totalidade ... e pior, o que era uma grande brincadeira com objetivo de reunirmos em torno de uma mesa farta de leguminosas, hoje está se tornando um grande dilema. Explico: - feijão orgânico quando não tratado com defensivo produz uma broca que se não controlada pode acabar destruindo todo o produto.

            E agora? O jeito é distribuir mais feijão. Dei início ao processo de redistribuição do que ainda resta, mas com um problema adicional: antes de entrega-lo tenho que limpa-lo pois a infestação da broca se intensificou e prejudicou demais o produto.

            Como diziam os antigos do tempo da zagaia: se não tem jeito, ajeitado está. Mãos á obra. Dei início ao processo: estendi um pano limpo no terraço e despejei o feijão para pegar sol; após algumas horas os insetos não suportaram a temperatura alta e bateram em retirada. Constatada a diminuição das impurezas do produto comecei a proceder a sua catação.

            Depois de algumas desajeitadas medidas, não sabia se me sentava ao lado do pano rés ao chão ou se levava o feijão à mesa; não sabia se me acocorocava para proceder a catação ou se o fazia de pé. Essa dúvida levou-me a parar e a pensar: nessa fase do processo cata-se o feijão saudável e elimina-se a impureza ou catam-se as impurezas e recolhe-se o feijão apropriado ao consumo? Eis a questão.

            Passei então a comparar o processo de limpeza do feijão ao processo de evolução a que estamos submetidos em vida. Como devemos proceder: valoriza-se a parte saudável de nossas experiências eliminando o que há de ruim em nosso intimo ou identifica-se o que temos de negativo interiormente eliminando-os um a um para só então promover o que há de bom em nós e valorizarmos o que encontramos. É uma busca e essa busca passa pela equação Felicidade = Realidade menos Expectativa. Ou no caso presente Feijão Limpo é igual a Feijão Impuro menos as Impurezas.

            Seja de uma forma ou de outra o processo de catação é lento. Há momentos de desânimo, há momentos de desestímulo, há os inconvenientes da jornada e há também momentos de alegria. Estes aparecem principalmente quando você estabelece metas e vê-las sendo cumpridas. É semelhante ao momento que você vê uma panela de feijão ser preenchida, cosida e colocada à mesa para ser deglutida. Estando bem temperado e sendo o feijão de qualidade é de dar água na boca.

            Se o que temos é feijão ele é o nosso mundo, com sua realidade e, o que precisamos é dar continuidade no processo de eliminação das impurezas, mas com a certeza de que iremos dar conta do recado. Aos poucos vamos enchendo panelas e panelas de feijão pronto para o uso e repetindo o refrão: esse feijão é do Serro Frio, bom apetite!

Pensemos!