Observando uma semente
de ipê verifico a sua fragilidade e a das suas flores que caem na primavera em
contraste com a robustez de seu tronco que a cada dia se fortalece.
Observando a imensidão
dos polos verifico a fragilidade das calotas polares que perdem no verão quilômetros
de gelo todos os anos.
Observando a imensidão
da Amazônia verifico a fragilidade do ecossistema do sudeste brasileiro que
vive uma seca sem dimensão.
Observando as altitudes
dos Andes verifico a sua importância para a floresta amazônica, única no planeta
em torno do Equador.
Tudo é muito robusto ao
mesmo tempo em que tudo é muito frágil.
Tudo é muito grandioso ao
mesmo tempo em que tudo advém de minúsculas partículas de suas sementes.
A fragilidade, no
entanto contém todos os ingredientes que conduzem a robustez.
Todo o macro esteve
contido incialmente no micro.
Todos os elementos do universo
estiveram contidos na poeira galáctica formadora do sistema solar.
Em cada uma de minhas
células está contido o resumo de todo o meu código genético.
Diante de minha fragilidade eu me declaro
forte, diante de minha robustez eu encontro a minha fragilidade.
Pensemos!
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