BRASIL DESMANTELADO.

By JBF.


A COLUNA DE RAPHAEL CURVO    

 

Analisem os senhores leitores: dia 29 de Abril irá ocorrer a sabatina no Senado Federal do indicado da presidente Dillma, Sr. Luiz Falchin, ao Supremo Tribunal Federal-STF, na vaga deixada pelo ministro Joaquim Barbosa. Mil tratativas foram encenadas para dar ao pretendente todas as garantias de aprovação ao seu nome, ou seja, jogo de cartas marcadas. Em princípio, uma das cartas é o Senador Renan Calheiros que parece ter se ajustado ao comando do Planalto após promessas, segundo a mídia. Uma das motivações é que o presidente do Senado Federal está sob investigação do Ministério Público, via a Lava Jato, e que como presidente do Senado, só poderá ser julgado pelo pleno do STF, no caso de oferecimento de denúncia pelo procurador Rodrigo Janot. Essa situação nos leva a refletir sobre a lisura da sabatina do Senado, se estará pautada pelos princípios da honestidade, da moralidade e estar isenta e livre de ser tendenciosa.

A presidente Dillma levou quase nove meses para metabolizar tamanha “obrada”, o fisiológico nº 2, na nomeação do novo ministro. O que está em jogo é o aparelhamento da maior corte de justiça do Brasil porque o que está a caminho do STF, via Lava Jato, vai necessitar de muita parcimônia jurídica para livrar figurões de ficarem de cócoras ao sentirem a necessidade da nº 2 nas celas. O novo ministro obrado não é próximo, ele é integrante social dos movimentos sindicais como a CUT e outros movimentos marginais como o MST, além de árduo defensor da política do Partido dos Trabalhadores. São posicionamentos tomados em público via discursos como na campanha da Dillma quando pediu voto em comício, colheu assinaturas de apoio no meio jurídico e proclamou que todos precisam “ter seu lado”, o “nós contra eles”. A aprovação desse senhor, entranhado nos movimentos partidários petistas, será uma anomalia, um absurdo e fará do STF, um fórum de compadresco.

Por outro lado, o “beicinho” de Renan Calheiros às propostas da presidente aos afilhados dele é, talvez, motivado pelo fato de que o Tribunal de Contas da União – TCU, considera as pedaladas fiscais do governo na economia como crime de responsabilidade da presidente Dillma. Isso é um grande passo na questão do impeachment. Fica mais sólida essa possibilidade com a declaração do Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que afirmou na CAE – Senado, segundo post vídeo de Rachel Sheherazade, que o contrato de empréstimo para o Porto Mariel foi feito diretamente com o governo de Cuba. É crime de responsabilidade concreto, indiscutível. A Constituição Federal proíbe isso. Não passou pelo crivo do Senado Federal. Será que a oposição sabe disso? Até agora, 16/04-16:50h, não se manifestou. E nem mesmo os movimentos “Fora Dilma”.

Diz o Senador Ronaldo Caiado, “o PT não tem credenciais de partido político, e sim de lavanderia”. Dirigentes foram e estão presos e muitos deles a caminho das celas prisionais, uma questão de tempo. Para todo levantamento da Lava Jato no quesito corrupção, há digitais do PT. Fraudes eleitorais, desvios de dinheiro, compra de votos no Congresso, negociatas de cargos e por aí vai, é a democracia petista, ao seu jeito e sabor. Não existe respeito à ética, a moral, as leis e até mesmo a decência. Pelo andar da carruagem, dentro de pouco tempo terá seu registro contestado e cassado. Como disse, e está provando, o seu mentor maior e ex presidente “vocês não sabem do que somos capazes de fazer” em uma eleição, aliás, em um governo. Aliás, há algo que me intriga sobre o ex presidente: alguém já viu algum texto ou alguma linha escrita pelo Lulla? Até hoje só se tem conhecimento do desenho de sua assinatura nos documentos oficiais.

O grande discurso do governo é que a vida melhorou para os brasileiros. Sob certo aspecto, não vitais ao desenvolvimento do ser humano, houve alguns pontos, muitos ilusórios. A população teve acesso a dinheiro que a deixou altamente endividada, conseguiu a casa que mais parece um pombal, comprou o carro que já não mais consegue pagar, eletrodomésticos com juros altos e de qualidade duvidosa, vide reclamações no PROCON. Já no necessário e fundamental para a população, não houve avanços na saúde, escolas com melhor ensino, transportes, atendimento hospitalar decente, melhoria de emprego que tem índices falseados, estradas seguras, melhoria dos portos para escoamento e ganhos com a produção, segurança e redução da criminalidade, desenvolvimento industrial para gerar mais empregos qualificados, redução da corrupção que desvirtua o respeito às Instituições e por aí vai. Na verdade tudo que “construiu” desde 2003, foi o Brasil desmantelado.