quarta-feira, 4 de junho de 2014
AS TRES PENEIRAS.
“Um homem procurou um sábio e disse-lhe: – Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de… Nem chegou a terminar a frase quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: – Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? – Peneiras? Que peneiras? – Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? – Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! – Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? – Não! Absolutamente, não! – Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? – Não… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu: – Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre ideias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário