Apesar de sermos beneficiados pela natureza que nos presenteou com rios navegáveis, o transporte fluvial na bacia amazônica é o pior exemplo de transporte público no país.
Não há termo de comparação com nenhum outro transporte público no país e nem comparação com o transporte fluvial realizado em qualquer parte do mundo.
Existe uma Agência de Regulação para controlar o serviço, existe uma Capitania para fiscalizar as embarcações mas nem por isso existe a menor razoabilidade no transporte fluvial.
O serviço prestado é precário, as tarifas são altas, as embarcações são refugos de outras regiões, os funcionários são despreparados e os concessionários são tubarões!!!
Em 05.01.2013, as empresas que fazem a rota Belém-Camará-Belém,
de onde os usuários tomam rumo para Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari
aumentaram a tarifa, que já era cara, em cerca de trinta por cento.
Os surpresos passageiros reclamaram, mas ouviram das empresas
que o aumento foi autorizado pela Agência de Regulação e Controle de Serviços
Públicos do Pará (Arcon).
Na terça-feira (25/06), na onda do “Levante de Junho”, moradores
do município de Salvaterra interditaram a PA-154, que liga Cachoeira do Arari a
Soure reivindicando a revogação dos aumentos, que não pararam em janeiro: desde
dezembro de 2012 até junho de 2013 a passagem aumentou de R$ 15,50 para R$
21,75, o que significa uma majoração de 40%.
E o serviço continua precário.
Será que esse
aumento vai ser o único no Brasil a ficar como está? Com a palavra a ARCON.
As empresas que fazem a travessia fluvial
de veículos no trecho Belém-Arapari-Belém também reajustaram suas tarifas nos
mesmos patamares da travessia Belém-Camará-Belém.
E o serviço continua precário.
O usuário não tem a menor segurança na travessia; não se tem respeito
pelo cumprimento de horário; os funcionários tratam os usuários sem nenhuma
cordialidade; as balsas são antigas e, barulhentas; você faz a travessia ao lado
de veículos de carga perigosa e muitos usuários não respeitam a ordem de
desligar e descer do carro.
Pensem nisso.