quinta-feira, 27 de junho de 2013

Qual a reforma politica que se quer????



Existe tempo suficiente para uma reforma politica que altera alguma coisa antes da próxima eleição?
Qualquer alteração no quadro eleitoral precisa estar promulgada um ano antes das eleições.
Por uma série de razões o governo só se interessa pela reforma política se for para enfrentar as eleições em situação mais confortável nas do próximo ano.
A proposta de fazer a reforma por meio de uma Assembleia Constituinte exclusiva que a Dona Dilma queria durou menos de 24 horas. Mas não se apagará tão cedo da memória dos críticos de uma "presidenta" amadora. Ou “despresidenta”.
Fala-se em plebiscito e em referendo. Fala-se em consulta posterior. Fala-se em tanta coisa...mas haverá tempo hábil?
O Congresso, que tem horror à reforma, esboçaria reforma - completa ou uma mini. Uma reforma com medo de Dilma e das ruas. Em seguida, o distinto eleitorado votaria para dizer se concorda com ela.
Só se tem até o dia 2 de outubro para promulgar a reforma caso se queira que o capítulo dedicado às eleições possa valer para as eleições de 3 de outubro de 2014.
Isso significa mais ou menos o seguinte: discute-se em julho as perguntas do plebiscito ou a reforma a ser referendada.
Em agosto, usa-se a televisão para explicar ao povo cada ponto da reforma.
O que é voto distrital. O que é voto distrital simples ou misto. Voto em lista. Financiamento de campanha com ou sem dinheiro público. E um monte de outras coisas.
Em outro capítulo: a reeleição para cargos majoritários deve ser mantida ou extinta? Deputados e senadores continuarão podendo se reeleger quantas vezes queiram? E as mordomias deles? Corta-se ou não?
Sim e a imunidade parlamentar, o direito a fórum privilegiado... Permanecerão intocados?
Os suplentes de Senador? Continuam?
Os subsídios dos parlamentares não pode deixar de entrar na reforma. E a composição dos tribunais, fica como está?
E o regime presidencialista? Mantêm-se em cartaz ou cede lugar ao parlamentarismo?
Os partidos maiores concordam? E os partidos em formação como estão vendo tudo isso?
Os políticos concordam em ver seus privilégios serem diminuídos? Como as brigas serão equacionadas? Prevalecerá uma explicação apenas para cada item? Haverá mais de uma?
Um mês apenas bastará para que tudo se resolva ou vai ficar para depois?
O povo entenderá ou vai fazer novas passeatas para gritar que não concorda?
E quando Setembro vier, a primavera se fará com certeza, a reforma talvez.

Pense nisso.

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