terça-feira, 29 de maio de 2012

Procurador da República representa contra Thomaz Bastos.

Reporta o ‘Congresso em Foco” que o procurador Regional da República no Rio Grande do Sul Manoel Pastana, protocolou hoje (29) uma representação contra o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, um dos mais caros advogados do Brasil. > Com que dinheiro? Argumentado que as declarações de renda de Cachoeira não apresentam lastro para pagamento de R$ 15 milhões de honorários e considerando que todos os bens e contas bancárias do “empresário de jogos” estão bloqueados, Pastana sugere que o valor pode se estar amealhando de fontes ilícitas. Os fatos indicam, discorre o procurador, que Bastos cometeu ou está prestes a cometer um crime, podendo mesmo ser preso, pois a “prisão em flagrante é possível, caso o advogado seja pego recebendo os recursos oriundos de condutas ilícitas praticadas por Cachoeira”. > Requerida a quebra de sigilo bancário e fiscal de Bastos Para instruir uma possível ação penal por lavagem de dinheiro ou receptação não intencional de recursos de atividades criminosas, Pastana pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Thomaz Bastos e informações ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) sobre eventuais movimentações ilegais de dinheiro do exterior. > O Brasil ensaia mostrar a cara? É fato que Thomaz Bastos não aceitaria o “Caso Cachoeira” por um valor inferior à casa dos milhões. É fato que, no caso em tela, advogado algum começaria a trabalhar sem, pelo menos, a metade do contrato pago. Ainda é vero que, embora não seja eticamente vedado ao advogado defender qualquer cliente, comete crime o causídico que recebe honorários com valores advindos de atividade criminosa. Não creio que o procurador consiga o intento pretendido, pois Thomaz Bastos é sócio quitado do seletíssimo clube dos atuais senhores da República, mas Pastana, pelo menos, sugere ao distinto público como se pagam as mensalidades da comandita.

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