terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quando 6 não é 1/2 dúzia, ou acalmaí-vos PSDBistas e PTistas.

O sexto lugar do PIB brasileiro, nao quer dizer nada, afirma o senador Cristóvão Buarque: "Se em economia o Brasil é melhor do que a Inglaterra, então a economia não é um bom indicador de progresso".
Outros afirmam: de que vale tudo isso se falta esgoto, água encanada....
O povo do PSDB se desespera, porque acha que isso tudo será creditado à Dilma.
Não tem jeito, vai mesmo, vejam só, com a campanha diária da Globo, semanal da Veja, comentaristas e articulistas anunciando a desmoralização do governos pelos escândalos, o Dilmão só empina, imagina com notícias como essas.
O PSDB tem que entender a crueldade dos deuses que controlam os destinos da política brasileira, ele já se beneficiou disto, agora o cipó de aroeira está dando a volta.
Não foi o PMDB que lutou para derrubar a ditadura, para reconquistar a democracia.

Os deuses deram ao PMDB o poder com Sarney, depois nunca mais. Ao herói das diretas, o Senhor Constituinte, Ulysses Guimarães, deram um túmulo anônimo no fundo do mar
Aí veio o PSDB, estabilizou a moeda, criou o regime de responsabilidade fiscal.
Mas quiseram novamente estes deuses brincalhões, sacanas, que a festa fosse do PT.
Esqueçam qualquer veleidade de voltar à presidência, se, como dizem os químicos, forem mantidas as CNTP (condições normais de temperatura e pressão) ou os economistas, se os demais fatores se mantiverem constantes (ceteris paribus).
No quadro atual alguém aposta que a Dilma perde a reeleiçao?
Se ela se desgastar, vem o "Meu Padim Padre Ciço Inácio da Silva", filho do Brasil.
Alguém acha que o cheirozinho do Aécio é parada para ele?
Agora, se os deuses, mais uma vez, resolverem malinar, como fizeram com o Tancredo.
Mas acalmaí-vos, amigos tucanos, as vezes o peso do bico impede melhor visão, o mesmo se aplica ao Pará, alguém de bom senso, acredita que o PT volta ao governo depois de sua perigosa administraçao?
Vai ter que comer muita maniçoba. (O mesmo pode se aplicar à MG e ainda a SP).
Para não perder a viagem, já que ontem falou-se da excelência do sistema educacional inglês, da infra-estrutura de suas cidades, dos transportes....
Será que estes britanófilos sabem quem bancou esta infra-estrutura? Se ela foi resultado da remuneração dos investimentos locais auto-sustentáveis, que foram assim se reproduzindo e se multiplicando e se espalharam por todos os rincões da ilha.
Lógico que não, grande parte de tudo aquilo que se vê, foi financiado com a exploração colonial, neocolonial, imperialista e depois com os ganhos do capital financeiro.
Todos nós, no mundo inteiro, pagamos por um pouco daquelas maravilhas,

Conversando com um professor da Universidade Livre de Bruxelas sobre a crise na União Européia e os problemas do Reino Unido em relação ao Euro, ele brincava:
- O problema dos britânicos, é que eles não conseguem comprar nada sem antes olhar pra cara da mamãe, pra ver se ela aprova, como iriam fazer isso se o Reino Unido aderisse ao Euro e não vissem mais a cara da rainha?
Eu comentei: É por isso que dizem que as teorias do Freud são profundamente Vitorianas.

Realmente, como pode ser maravilhoso este sistema educacional, que leva o Cristovam Buarque ao êxtase, se os britânicos se orgulham de sustentar, pagando impostos, uma das famílias mais ricas do mundo.
P.S.1: O que os aborrecidos não responderam foi: em qual posição no ranking do PIB é melhor para combater os déficit de infra-estrutura, educação, saúde de que o Br, ainda é campeão?
P.S.2: O que tanto os saltitantes PTistas como os emburrados PSDBistas não se manifestaram, é que preocupante, nós estamos seguindo pelo mesmo caminho que os países do Norte, agora em crise seguiram. É só uma questão de tempo e matemática, não há planeta para suportar este padrão de consumo definido como "civilizado".

Eu sou você amanhã!

Para quem quiser se antecipar no tempo e conhecer as consequências do governo “petista” no Brasil vale a pena visitar a Argentina e conhecer as consequências dos governos “peronistas”.
O que se vê no país vizinho está muito parecido com o que vivemos por aqui.
Na Argentina de hoje há uma total falência das politicas públicas implantadas pelo governo do Presidente Kirchner e da Presidente Cristina Kirchner herdeira politica de seu marido, que por consequência é herdeiro político do Peronismo.
A Argentina de hoje é uma pálida tradução daquela do final do século XIX, quando o desenvolvimento do país atingiu níveis nunca antes apresentados por qualquer outro país da América latina.
Para se ter uma ideia do que foi esse tempo, época de grande atração de investimentos estrangeiros, a capital federal Buenos Aires era considerada também a capital do Brasil pois ninguém conhecia o Rio de Janeiro de então.
Lamentavelmente hoje presenciamos uma forte deterioração do país, com sérias consequências para a sociedade como um todo.
Os serviços públicos são decadentes, dentre eles o que mais chama a atenção é o setor de transporte. O metrô, conhecido como “subt”, que já significou o orgulho argentino, hoje se encontra sujo, deteriorado, sem investimentos, seus vagões vão sendo encostados á medida que vão sendo danificados. Os trens urbanos, da mesma forma estão em péssimo estado, contrastando com a imponência da arquitetura de suas estações de passageiros. Os ônibus não são diferentes estão decadentes, sujos e ultrapassados. Tudo isso por inexistência de uma politica decente para o transporte de passageiros que proporcione melhorias para o setor. Com uma inflação em alta não se concebe uma política populista com a manutenção de tarifas irrisórias que não conseguem compensar o desgaste do equipamento e não proporciona os necessários investimentos.
A indústria automobilística é outro exemplo da situação nacional, apesar de produzirem veículos modernos esses são destinados a exportação, os que ficam são verdadeiras “carroças”, inclusive as obsolescências importadas do Brasil. Os veículos que rodam na cidade estão sucateados, são verdadeiras bombas ambulantes, a frota é muita antiga e a reposição de peças insuficiente.
O humor das pessoas reflete essa conjuntura, os prestadores de serviços são frios, inflexíveis principalmente os taxistas, que a todo o momento estão tentando levar vantagens sobre o usuário. A maioria dos turistas que visitam a cidade é brasileira, mas nem por isso eles se preocupam em falar o português e aceitar a nossa moeda, preferem o dólar.
Os sindicatos são hiper prestigiados e inúmeros, a estratégia é dividir o comando com eles para não enfrentar grandes dificuldades com as corporações. Parece uma política suicida pois não vai durar todo o tempo, o próprio povo já se mostra incomodado com a situação.
A imprensa está totalmente amordaçada, alienada a tudo o que se passa na sociedade. A televisão é estatal ou aliada, o único jornal de oposição é o Clarim, baluarte dos tempos de oposição a ditadura, mas que parece não resistir por muito mais tempo.
Se quiser ter um resumo de como será o Brasil nas próximas décadas se o PT continuar no comando vá conhecer a Argentina, que possui um governo inchado dividindo o poder com os sindicatos, inflação alta, tarifas subsidiadas, deterioração dos serviços, do patrimônio, ausência de politicas públicas decentes e imprensa contida. Tudo isso nos parece muito com a situação brasileira com uma diferença, o país experimentou um período de desenvolvimento muito grande que hoje proporciona um certo conforto que está sendo consumido lentamente, mas que se esgotará.
Lembram-se daquele ditado: “Eu sou você amanhã!” Vamos torcer para que as coisas mudem, tanto no Brasil como na Argentina.
Saúde!

A SEXTA ECONOMIA DO MUNDO?

O “Centro de Pesquisas Comerciais e Econômicas do Reino Unido” (CEBR, sigla em inglês) publicou, com base nos dados do FMI, que é certa a queda da economia inglesa para a 7ª economia do mundo, ficando o Brasil com a 6ª classificação no ano base de 2011.

A estagnação das economias engasgadas com a crise do Euro alcançou o Reino Unido. Desde 2010, cálculos econométricos já projetavam que o Brasil terminaria 2011 com um PIB superior ao da Inglaterra.

No primeiro trimestre de 2012, quando o FMI publicar o ranking, o Brasil, oficialmente, terá quebrado um tabu: pela primeira vez um país da América do Sul terá batido o PIB de uma nação europeia.

A posição alcançada é um tento, mas, o resultado não muda as agudas desigualdades regionais e a vexatória distribuição das riquezas per capita no Brasil. O ministro Mantega, ao ser confrontado com a situação, respondeu que o Brasil “levará 20 anos para alcançar o nível de vida dos europeus.”.

Poderíamos tomar menos tempo se o modelo pelo qual o Brasil turbina o seu PIB, cimentado principalmente nas commodities, não concentrasse tanta renda na União: este sistema tem um peso específico considerável na matriz que nos faz, mesmo em sendo a 6ª economia, amargar o 84º IDH do mundo, contra o 28º do Reino Unido, por exemplo.

Quando se leva em conta o nível de desigualdade de renda, o Brasil está mais abaixo ainda: somos o 97º, segundo os dados do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Não evidencio o contraponto com o intuito de embaçar a conquista: convido a refletir sobre classificações tão vexatórias (como a recente publicação do IBGE mostrando que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas) em um país que ostenta um PIB que já chega a ser o dobro de nações cujos índices sociais nos fazem inveja.

domingo, 25 de dezembro de 2011

COMO SE EXPLICAM OS INDICES ALTOS DE ACEITAÇÃO?

Como se explicam os índices altos de aceitação do Governo Dilma diante de uma realidade que contraria qualquer percepção aceitável de administração pública.

O governo Dilma Rousseff é absolutamente previsível. Não passa um mês sem uma crise no ministério. Dilma obteve um triste feito: é a administração que mais colecionou denúncias de corrupção no seu primeiro ano de gestão. Passou semanas e semanas escondendo os "malfeitos" dos seus ministros. Perdeu um tempo precioso tentando a todo custo sustentar no governo os acusados de corrupção.

Nunca tomou a iniciativa de apurar um escândalo - e foram tantos. Muito menos de demitir imediatamente um ministro corrupto. Pelo contrário, defendeu o quanto pôde os acusados e só demitiu quando não era mais possível mantê-los nos cargos.

A história - até o momento - não deve reservar à presidente Dilma um bom lugar. É um governo anódino, sem identidade própria, que sempre anuncia que vai, finalmente, iniciar, para logo esquecer a promessa. Não há registro de nenhuma realização administrativa de monta.

É um governo sem agenda que administra o varejo. Vê o futuro do Brasil, no máximo, até o mês seguinte.

Inexiste uma política industrial. Ignora que o agronegócio dá demostrações evidentes de que o modelo montado nos últimos 20 anos precisa ser remodelado. Proclama que a crise internacional não atingirá o Brasil.

Em suma: é um governo sem ideias quetem um só pensamento: manter-se, a qualquer custo.

Até agora, o crescimento econômico, mesmo com taxas muito inferiores às nossas possibilidades, deu ao governo apoio popular. Contudo, esse ciclo está terminando. Basta ver os péssimos resultados do último trimestre.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Internet ajuda no Vestibular

IMPÁVIDA CLAVA FORTE
Roberto Pompeu de Toledo
Quem não conhecia a cantora Vanusa, ou não se lembrava dela, agora já a conhece e tem motivos para dela não mais se esquecer. Ela fez seu triunfal ingresso, ou retorno, à fama com uma interpretação do Hino Nacional que circula amplamente na internet. Para os poucos que ainda não viram o vídeo, feito durante
uma cerimônia na Assembléia Legislativa paulista, a cantora, cuja voz arrastada, de tonalidades sonambúlicas, já fazia suspeitar de algo errado desde o início, a certa altura se atrapalha de vez e faz a melodia descasar-se sem remédio da letra, e a letra por sua vez livrar-se da sequência em que foi composta,a terra mais garrida estranhando-se com o sol do Novo Mundo, o gigante pela própria natureza irrompendo
em lugar que nunca antes frequentara. O braço forte ganhou reforços, e virou braços fortes. O berço esplêndido transmudou-se em verso esplêndido. E, na mais estonteante estocada na estabilidade das estrofes, entoou: “És belo és forte és risonho límpido se em teu formoso risonho e límpido a imagem do Cruzeiro” – assim mesmo, não só deslocando ou pulando palavras, como terminando abruptamente na
palavra “Cruzeiro”, desprovida do socorro do “resplandece”.
A performance de Vanusa passa de computador a computador para fazer rir. Este artigo tem por objetivo defendê-la. Que atire a primeira pedra quem nunca confundiu os versos de ida (“Ouviram do Ipiranga” etc.) com os da volta (“Deitado eternamente em berço esplêndido”). Que só continue a ridicularizar a cantora quem nunca removeu os raios fúlgidos para o lugar do raio vívido, ou vice-versa. Vanusa disse que
estava sob efeito de remédios, daí seus atropelos. Não há dúvida, pelo andar hesitante de seu desempenho e pelo tom resmungado da voz, de que estava fora de controle. É pena. Fosse deliberada, e interpretada com arte, sua versão do hino teria dois altos destinos. Primeiro, iria se revestir do caráter de uma variação,
interessante por ser uma espécie de comentário à composição tal qual a conhecemos. Não seria uma variante tão bela como a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, de Gottschalk, mas teria seus encantos. Segundo, assumiria a feição de uma leitura crítica do hino. Serviria para mostrar, com a
insistente troca de palavras e de versos, como a letra é difícil, e extrairia um efeito cômico – deliberadamente cômico – das confusões que pode causar na mente de quem a entoa.
O inglês Lewis Carroll (1832-1898), autor de Alice no País das Maravilhas, criador do Chapeleiro Maluco e da festa de desaniversário, levou seu gosto pelo absurdo para a criação de um poema feito de palavras inventadas que se alternam com outras existentes, e cuja bonita sonoridade contrasta com o enigma de um significado impossível de ser alcançado. O poema chama-se Jabberwocky, e jabberwocky, em
inglês, passou a significar um texto brincalhão, composto em linguagem inventada, mas parecendo real, sonora e sem sentido. Uma tradução do Jabberwocky para o português, do poeta Augusto de Campos, começa assim: “Era briluz. As lesmolisas touvas / Roldavam e relviam nos gramilvos. / Estavam mimsicais as
pintalouvas / E os momirratos davam grilvos”.
Não. Não é que o Hino Nacional seja exatamente um jabberwocky. Não há nele palavras inventadas.
Mas a combinação dos raios fúlgidos com o penhor dessa igualdade, do impávido colosso com o florão da América e do lábaro estrelado com a clava forte tem tudo para produzir um efeito jabberwocky para a multidão de brasileiros com ouvidos destreinados para os preciosismos parnasianos. A presença de palavras familiares no meio de outras estranhas, como no jabberwocky, confere a certeza de que caminhamos num terreno conhecido – no nosso caso, a língua portuguesa; no do jabberwocky original, a língua inglesa. Ao mesmo tempo, o inalcançável significado das palavras nos transfere para um universo em que a realidade se perde numa nebulosa onírica. Já houve, e ainda deve haver, movimentos para mudar a letra do Hino Nacional. Não, por favor, não – seria uma pena. Seu caráter jabberwocky lhe cai bem. Se à sonoridade das palavras se contrapõe um misterioso significado, tanto melhor: o hino fica instigante como encantamento de fada, e impõe respeito como reza em latim. Vanusa devia aproveitar a experiência e a reconquistada fama para aprimorar uma versão cara limpa, sem voz arrastada nem tons sonambúlicos, de sua interpretação. Ela explicita como nenhuma outra o charme jabberwocky da letra de Osório Duque Estrada.
VEJA, 23 de setembro de 2009, p. 150

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O QUE VEMOS AO OLHAR PARA O CÉU A NOITE?

Nas horas noturnas, principalmente nas noites percebidas no Serro Frio gosto de ver as estrelas no céu. Sempre gostei.

Um astrônomo um dia explicou que o céu que percebemos é na verdade o resultado das luzes de estrelas que estão a distâncias diferentes, mas cujo brilho chega a nossa retina simultaneamente. O céu, da maneira como percebemos, jamais existiu. Além disso, como nossa visão do céu depende do local e tempo da observação, pessoas diferentes podem ter visões muito diferentes do mesmo céu.

Talvez esta seja uma boa metáfora. As pessoas sempre estão convencidas de que elas estão certas e as outras, erradas. Cada um sempre convencido de que o seu ponto de vista é único e excludente.

Aprendi com a vida que o conceito "alteridade", o respeito a opinião do outro, é uma forma de evolução.

Assim, cada uma das pessoas continua vendo os fatos de maneira distinta, mas percebem, em muito pouco tempo, que existem maneiras e alternativas igualmente legitimas de enxergar as questões das outras pessoas.

Compreendem que nossa percepção dos fatos não somente é incompleta, mas também diferente da maneira como os outros os percebem. Cada um de nós vê um céu diferente que jamais existiu.

Em pouco tempo vamos adentrar a um novo ano, espero que a continuidade da existência possa nos levar a um novo ciclo de vida, onde cada um de nós possa respeitar e entender os pontos de vistas das outras pessoas.

Viva a vida!

Carta de um Pai ao Professor de seu filho.

“Caro professor,

Ensine-lhe que nem todos os homens são justos e verdadeiros, mas, para cada vilão há um herói e para cada egoísta há um líder dedicado. Para cada inimigo haverá também um amigo, e que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.

Ensine-lhe a perder, mas, também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e faça-o conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas, deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-lhe a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-lhe a ser gentil com os gentis e duro com os duros, e a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-lhe a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. A rir quando estiver triste e saber que os homens também choram.

Ensine-lhe a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.”

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O ano de 2012 está chegando.

É chegada a hora de planejar o ano novo. Não deixe para fazer isso no último dia do ano que se finda. A hora é agora.
Vamos rever o que se fez e verificar o que não se conseguiu fazer.
É chegada a hora de promover as mudanças necessárias visando realizar o que não conseguimos.
Porém, se você continuar a fazer as mesmas coisas de sempre, não espere resultados diferentes.
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos“. Fernando Pessoa

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lula careca, FHC cabeludo.

Entre eles, quem enfrentou melhor o leão da crise internacional?

Marco Damiani - 17 de Novembro de 2011 - 247

Na reportagem, mais de meia dúzia de vezes entrevistei Fernando Henrique Cardoso. Aqui, no dia de seus 80 anos, elogiei sua prática democrática – e me chamaram de fernandista...

Lula conheço desde Vila Euclides, no final dos anos 70, quando ele brincava com seus parceiros distribuindo beliscões nas partes baixas, comandando a massa como se fosse um igual que sabia, por isso mesmo, ser o líder. Escrevi ontem, em texto que virou manchete do 247, que, ao ficar careca, Lula criou um fato político capaz de mudar o curso da sucessão presidencial de 2014. Um leitor, ao menos, cravou que eu sou lulista...

Meu registro profissional no Ministério do Trabalho tem o número 15.077. Não sou nada do FH nem do Lula. Sou jornalista. Que procura falar com o maior número possível de fontes. Entre elas, esses dois personagens (Lula também me recebeu com exclusividade mais de uma vez).

Lembrando do que eles disseram a mim, do que se pode somar pelo posicionamento deles que leio ao longo dos anos pela imprensa, do que sabemos todos sobre o que pensam, de que modo agem, como conduziram o País, me ocorreu comparar como ambos enfrentaram a crise econômica externa. Como eles são diferentes!

FHC sempre justificou, a mim e a todos os colegas, em discursos e artigos, que o baixo crescimento econômico registrado em seus oito anos de poder (1995-2002) se explicava em razão das crises econômicas no mundo daquele tempo. Houve a Rússia, a Turquia, as turbulências na Ásia. Seu ministro da Fazenda de todos os dois mandatos, Pedro Malan, igualmente atribuiu aos problemas externos o fato de não ter podido fazer mais pela nossa economia (e fez muito, na boa...). Estável, o Brasil mais marcou passo no lugar do que avançou.

A pergunta é: como os tucanos teriam se comportado diante do tamanho da crise internacional que avançou, por todos os lados, e com força crescente, sobre o governo Lula (2003-2010), chegando ao pico (de hoje!) no governo da sua sucessora Dilma Rousseff?

Eu acho que eles teriam se encolhido ainda mais do que nos tempos em que a crise estava circunscrita a alguns países e, no máximo, ao mercado de ações. Fico imaginando FHC e Malan olhando para os Estados Unidos em recessão (na prática), a Europa despedaçada, a Ásia inerte (especialmente o Japão), as bolsas despencando, a massa querendo quebrar tudo em Wall Street. Por muito menos, Gustavo Franco, um dos presidentes do BC sob FHC, vendia bilhões de dólares em poder do Brasil para segurar a paridade do real frente a moeda americana. Os juros, quando o economista Armínio Fraga chegou para arrumar a casa, tiveram de ser jogados para uma estratosfera superior a 40%, de modo a que investimentos estrangeiros aqui permanecessem. As medidas eram defensivas.

Às vésperas da posse de Lula para seu primeiro mandato, entrevistei o então indicado presidente do BC Henrique Meirelles. E ele disse que estava na hora de aumentarmos as nossas reservas em dólar. Deixou o cargo, oito anos depois, com mais de US$ 200 bi em caixa. Em verdinhas!

Lula, desde o primeiro dia, apostou firme no crescimento do mercado interno (o que FHC só fizera lá atrás, na formulação do real sob a presidência do saudoso Itamar Franco). E deu nisso que estamos vendo agora, para que eu não me alongue: o Brasil acaba de ter sua nota de classificação de risco elevada pela Standard & Poor´s. Um tucano, se alcançasse esse feito, acho que enquadraria em moldura dourada o telegrama de comunicação da decisão. Penso que Lula nem ligou. Dilma fez sinal de positivo, e antes fora à Europa apontar que crescer é o remédio para enfrentar a crise – o que despertou em José Serra o comentário de que a presidente havia sido, no mínimo, imodesta. “Isso não é assim”, disse ele.

Eu acho que é, sim, assim mesmo que se faz. Como fez Lula, como teria feito Brizola, como faz Dilma, o que a gente sabe que Getúlio construiu, o jeito de Juscelino agir. O Brasil não tem tamanho para ficar debaixo de uma mesa, acocorado, esperando que as crises passem sem nos perceber. O Brasil que eu reconheço como jornalista há mais de 30 anos é esse que acredita em si mesmo, independentemente das condições externas. Quem, no comando, acelerou para ultrapassar as dificuldades, fez muito mais certo, a meu ver, do que os que se preocuparam mais com a defesa do que o ataque, descrentes da nossa própria força. Em atenção aos leitores que até aqui chegaram, resolvi ocupar esse espaço para deixar claro, de vez, sobre que lado estou. É o lado do povo.


http://brasilmostraatuacara.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sempre o melhor.

Em todos os caminhos da vida, encontraras obstáculos a superar. Se assim não fosse, como provarias a ti mesmo a sinceridade de teus propósitos de renovação?
*
Aceita as dificuldades com paciência, procurando guardar contigo as lições de que se façam portadoras.
*
Com todos temos algo de bom para aprender e em tudo temos alguma cousa de útil para assimilar.
*
Nada acontece por acaso e, embora te pareça o contrário, ate mesmo o mal permanece a serviço do bem.
*
A resignação tem o poder de anular o impacto do sofrimento.
*
Se recebes criticas ou injurias, não te aflijas pela resposta verbal aos teus adversários. Muitas vezes, os que nos acusam desejam apenas distrair-nos a atenção do trabalho a que nos dedicamos, fazendo-nos perder preciosos minutos em contendas estéreis.
*
Centraliza-te no dever a cumprir, refletindo que toda semente exige tempo para germinar.
*
Toda vitoria se fundamenta na perseverança e sem espírito de sacrifício ninguém concretiza os seus ideais.
*
Busca na oração coragem para superar os percalços exteriores da marcha e humildade para vencer os entraves do teu mundo interior.
*
Aceita os outros como são a fim de que te aceitem como és, porquanto, de todos os patrimônios da vida, nenhum se compara a paz de quem procurar fazer sempre o melhor, embora consciente de que esse melhor ainda deixe muito a desejar.

Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1987

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE LUPI.

Escrito por Guilherme Fiúza

Um empresário e dono de ONG ajuda o ministro do Trabalho a levantar voo, e lá vem a imprensa burguesa chatear o governo popular. Que mal pode haver numa simples carona? A burguesia não suporta a solidariedade entre os trabalhistas e seus clientes.

Além do mais, como o próprio ministro Carlos Lupi já ressaltou, ele é pesadão. Claro que o Estado não aguentaria carregá-lo sozinho pelos céus do Maranhão. Para isso existem as ONGs.

O empresário que providenciou um avião não-governamental para a turnê governamental de Lupi, em 2009, é suspeito de desviar verbas do Ministério do Trabalho, segundo a Controladoria Geral da União. E daí? Há várias outras ONGs suspeitas de convênios fraudulentos com o Ministério do PDT, e nenhuma delas, ao que se saiba até agora, ofereceu carona aérea ao ministro pesadão. Por que perseguir logo aquela que deu sua contrapartida social ao trabalhismo?

É bem verdade que o ministro da Agricultura que aceitou carona aérea de empresário acabou caindo. Mas com Lupi é diferente. A diferença é que Lula e Dilma decidiram que a mídia golpista não vai derrubar o sétimo ministro do governo progressista. As evidências de fraudes estão todas aí de novo, mas moralização tem limite.

Dentre os argumentos que brotam do Planalto em defesa de Lupi, está o de que as irregularidades ocorreram na gestão do ministro no governo anterior. Irretocável. Se o Nem da Rocinha se mudasse para o Vidigal, a polícia não poderia encostar o dedo nele. Afinal, os crimes teriam ficado na administração anterior.

Dilma foi clara sobre o assunto, comentando o caso Lupi com o sorriso e a irreverência condizentes com a leveza do tema: “O passado passou, gente!”

O problema é que hoje, para quem lê as notícias frescas sobre a criação de sindicatos-fantasmas, ou vê o flagrante do ministro descendo do avião particular, fica a impressão contrária: o passado voltou.

E voltou pesadão. Talvez nem um milhão de ONGs companheiras bastem para ajudar Dilma a carregá-lo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vibrações para Raul Teixeira

Queridos amigos de ideal

Escrevo convidando-os a se juntarem a nós nas vibrações por do nosso querido amigo Raul Teixeira, que hoje em viagem para mais uma serie de conferências nos Estados Unidos, lá sofreu um AVC no avião em que se encontrava, sendo levado assim que possível para o hospital.Quando recebemos a notícia, imediatamente, fizemos contato com companheiros da Florida onde, também surpresos com a noticia, buscaram o Julio seu primeiro anfitrião na viagem. Mesmo da UTI, Julio em poucas palavras, o que era possível no momento, nos informou que a situação é estável, que o AVC não foi do tipo mais agressivo, ele está consciente, embora inspire cuidados.O que Raul Teixeira fez e continua fazendo em benefício do Movimento Espírita no Brasil e no mundo é de extensão imensurável.Que ele receba também de nós a mais profunda gratidão e carinho. Certamente os Benfeitores o estão amparando e atendendo nas suas mais íntimas necessidades.
Jesus nos ampare a todos

O Preço de uma Vida.

No momento em que nosso país discute a descriminalização do aborto e que tantas vozes se erguem na defesa da eliminação da vida, uma pausa para reflexão se faz devida.
Quanto vale uma vida? Será que, por não ser ainda alguém que contribui para a sociedade, por não ter voz suficientemente alta para se defender, o embrião ou o feto merece a morte?
O que pretendemos com tal posicionamento?
Recordamos que na China, a partir de 1981, entrou em vigor a lei de um único filho.
Desde então, tem crescido o número de crianças, sobretudo meninas, abandonadas ao nascer.
A jornalista Xinran, hoje radicada em Londres, conta uma de suas experiências dolorosas, do ano de 1990.
Era uma manhã de inverno. Ao passar por um banheiro público, uma multidão ruidosa estava rodeando uma sacola de roupas, entregue ao vento da estrada.
A jornalista se aproximou e recolheu a trouxinha: era uma menina de apenas alguns dias.
Estava azul de tão gelada e o pequeno nariz tremia.
Ninguém ajudou Xinran. Ninguém moveu um dedo para salvar a criança.
Ela a levou ao hospital, pagou pelos primeiros socorros mas ninguém ali estava com pressa de salvar aquela recém-nascida.
Somente quando Xinran apanhou seu gravador e começou a relatar o que via, um médico parou e levou o bebê para a emergência.
Uma enfermeira disse: Perdoe-nos a frieza. Há bebês abandonados demais. Ajudamos mais de dez, mas depois ninguém queria se responsabilizar pelo futuro deles.
A vida se tornou ali tão banal, a sorte das meninas recém-nascidas é tão incerta que se prefere deixá-las morrer.
Será que é algo assim que desejamos para nosso país? Que a vida em formação se torne de importância nenhuma, de forma a que possa ser eliminada, em pleno florescer?
Pensemos nisso.
Hoje decide-se pela morte de milhares de brasileiros que nunca chegarão a ver a luz do sol.
Logo mais, poderemos ter leis que dirão quem pode ou não continuar vivo.
Um idoso que somente onera a sua família merecerá continuar a viver?
Um portador de anomalia grave ou deficiência mental?
Quem está desempregado, quem não contribui eficazmente para a sociedade!?
Para onde caminharemos?
Manifestemo-nos. Digamos aos nossos representantes que somos cristãos e prezamos a vida, que nos é dada por Deus, não competindo ao homem destruí-la, por livre deliberação.
Felizmente, para a pequenina chinesa, a voz da jornalista soou forte. Ela transmitiu a história em seu programa de rádio.
As linhas telefônicas foram tomadas por chamadas de ouvintes. Alguns muito zangados pela sua atitude de salvar uma vida. Outras, solidárias.
Três meses depois, a menininha foi entregue a sua nova família: uma professora e um advogado. E ganhou um nome: Better, que, em inglês, significa A melhor.
*
Recordemos que um dia, nós mesmos, frágeis, pequenos, aconchegamo-nos em um útero, rogando a um coração de mulher por vida e por amor.
E se hoje estamos escrevendo, lendo ou ouvindo este texto é porque nos foi permitido nascer.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita. Texto com base no cap. Os estrangeiros que adotam..., do livro O que os chineses não comem, de Xinran, ed. Companhia das Letras. Em 26.08.2008..

sábado, 12 de novembro de 2011

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

OFERTA, PROMOÇÃO OU LIQUIDAÇÃO????

Antes de entrar nesse mérito, vamos primeiro buscar as definições:

Promoção:
1. Ato ou efeito de promover.
2. Acesso ou elevação a cargo ou categoria superior.
3. Ato de promotor.
4. Artigo em promoção: artigo cujas condições de venda são determinadas para lhe aumentar a venda.
5. Promoção de vendas: técnica própria para aumentar o volume de transações duma empresa pela ação da rede de distribuição.

Oferta:
1. Dar como oferta.
2. Oferecer.

Liquidação:
1. Liquidar estoque;
2. Liquidação em função de mudança de ramo;
3. Liquidação em função de mudança de estação.

Existem diferenças significativas entre promoção, oferta e liquidação.
A promoção é o ato de promover e oferta, ato de ofertar. Na grande maioria dos lojistas e pequenas empresas utilizam em suas ações de venda a promoção ao contrário de utilizar a oferta. As grandes empresas do varejo e indústria trabalham muito bem essas questões, sabem diferenciar e atuar de forma distinta. A idéia é direcionar esses questionamentos para as pequenas e médias empresas.
Vamos para o exemplo que fica mais fácil de entender: Como a própria definição, a promoção é o ato de promover, técnica para aumentar o volume de transações de um artigo ou de vários artigos, ou seja, para promover poderá utilizar diversas formas, que podem ser: Degustação ou amostra de um produto, Compre 3 Pague 2, Compre um produto e leve grátis um outro, Compre um produto X ou um valor de compra estipulado e concorra à veículos, viagens ou imóveis, etc. Observe que em nenhum momento foi falado em preço, pois em promoção o ponto forte não é a veiculação do preço, e sim, o ato de promover um produto, uma categoria ou uma condição que possa alavancar as vendas.
O ato de ofertar, é pura e simplesmente o ato de baixar literalmente o preço, exemplo: De: R$ 125,00 Por: R$ 99,00. Veja que a oferta conjugada com prazo de pagamento ou divididas em parcelas sem juros, por exemplo, passa a ser uma condição promocional, ou seja, uma promoção. Leve agora e pague depois, mesmo que exista um grande apelo em relação ao preço, a condição de pagar depois, eleva a oferta a condição de uma promoção. Agora na prática, o que muda para o consumidor, a oferta ou a promoção? O ato de ofertar poderá sacrificar muito mais a sua lucratividade com relação a promoção. Toda vez que for pensar em Oferta, pense se não é mais vantajoso para o seu negócio e para o cliente o ato de promover o seu produto ou serviço. Sempre lembrando que quando se baixa o preço (Oferta) dispara o sinal na mente do cliente, que o produto pode estar vencendo o prazo de validade (que é uma prática comum no comércio) ou que é um produto ou serviço de baixa qualidade. A promoção ao contrário da oferta, atrai exatamente pelo conjunto, um bom produto, um bom serviço, uma boa condição e assim por diante.
A liquidação normalmente é utilizada principalmente no ramo têxtil, para liquidar vestuário ou calçados, de estação que serão substituída por outra. Em outros ramos do varejo também utilizam a liquidação para desfazer de estoques, um bom exemplo é o ramo de material de construção, liquidando pisos, azulejos, etc... Atenção! Liquidação na grande maioria dos casos é perda de margens. Destina-se uma grande parte da lucratividade já conquistada para se desfazer desses estoques indesejados. Não pensem que a indústria compensa essa perda, se o faz é exceção. Temos que entender principalmente que essas compras de estação, moda ou tendência, serão trocadas, substituídas e ao longo dos meses de venda deve-se destinar parte ou percentuais dessas margens mensais conseguidas, para contemplar essas liquidações de troca de estação ou coleção, para não ter perdas verticalizadas em poucos dias ou ter que encaixotar e guardar para o ano seguinte.
Vender produto de estações anteriores, que provavelmente estarão com cheiro de mofo, não parece ser um bom negócio.
Oferta, Promoção ou Liquidação, são ferramentas importantes e fazem parte do dia a dia do negócio. Verifique qual a melhor opção e proteja a sua lucratividade. Boas vendas, bons negócios.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

UMA NOVA PROPOSTA PARA UMA REFORMA TRIBUTARIA.

Na campanha americana para eleicão primária do Partido Republino, quem está na cabeça e cada vez mais obtendo apoio popular e das empresas é o afrodecendente Herman Cain, ex presidente da rede de pizzaria Godfather. Ele trouxe uma nova ideia sobre imposto, chamada 9-9-9, ou seja 9% de imposto para corporação/ganhos na bolsa de valores, 9% imposto de renda, 9% imposto de consumo. É a unica idéia nova, enquanto os outros falam em reducao de deficit, criação de emprego, etc, coisas de politicos profissionais. Ele fala que, criação de emprego não é competencia de governo, mas do setor privado, para isto é necessário uma redução de imposto geral. Redução do deficit se consegue com receita atraves da criação de novas empresa e por conseguinte de empregos. A diminuicao de impostos para grandes corporações, trariam investimentos estrangeiros e repatriação do dinheiro aplicado fora e consequentemente de redução drástica da regulamentacao federal que é coisa de socialismo.

A 7ª ECONOMIA E A 84ª COLOCAÇÃO DO IDH-D.

A ONU aponta que o Brasil, sendo a 7.ª economia do mundo, amarga a 84.ª colocação em matéria de qualidade de vida: com um IDH-D de 0,519, em uma escala que vai de 0 a 1,0, dentre os 134 países pesquisados, o Brasil está atrás da Armênia, Gabão e Mongólia, só para citar países que nós jamais imaginávamos estar no rastro.

A constatação desnuda que os discursos do petismo nestes quase nove anos de governo, ao contrário da propaganda, não arredaram o país de uma desconcertante realidade: o Brasil, na última década, continuou concentrando renda.

A decantada entrada de milhões de brasileiros no mercado de consumo, que o PT garante ser fruto de suas políticas sociais, reflete apenas o efeito marginal da própria política de crescimento econômico que precisa formar massa consumidora inercial que a alimente.

Nada diferente do que profetizava Delfim Neto no seu cínico dogma culinário, de que era preciso deixar o bolo crescer para depois dividir: a social-democracia de FHC e o petismo de Lula nada mais fizeram do que colocar fermento na massa.

Grande Delfim Neto: de curinga ministerial dos militares, a musa inspiradora do petismo que nos rege.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ISSO TAMBÉM É CULTURA !!!

Sabe o que é tautologia ?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'.
Mas há outros:
- elo de ligação;
- acabamento final;
- certeza absoluta;
- quantia exata;
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive;
- juntamente com;
- expressamente proibido;
- em duas metades iguais;
- sintomas indicativos;
- há anos atrás;
- vereador da cidade;
- outra alternativa;
- detalhes minuciosos;
- a razão é porque;
- anexo junto à carta;
- de sua livre escolha;
- superávit positivo;
- todos foram unânimes;
- conviver junto;
- fato real;
- encarar de frente;
- multidão de pessoas;
- amanhecer o dia;
- criação nova;
- retornar de novo;
- empréstimo temporário;
- surpresa inesperada;
- escolha opcional;
- planejar antecipadamente;
- abertura inaugural;
- continua a permanecer;
- a última versão definitiva;
- possivelmente poderá ocorrer;
- comparecer em pessoa;
- gritar bem alto;
- propriedade característica;
- demasiadamente excessivo;
- a seu critério pessoal;
- exceder em muito;
- assalto a mão armada;
- atual conjuntura.

Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O tempo por meio da observação dos movimentos


Por Airton Luiz Mendonça

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA
Não me entenda mal.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.
Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
ESCREVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES difErEntEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.....
V I V A !!!!!!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pense nisso antes de beber refrigerantes.

**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE**


Primeiros 10 minutos:
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente.
Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos:
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular).
40 minutos:
A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.
45 minutos:
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como com a heroína..)
50 minutos:
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo.
As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE.
60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina.
Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam..
Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar.
Ficará irritadiço.
Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo
.
*Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais. Seu corpo agradece!*


Prof. Dr. Carlos Alexandre Fett

Faculdade de Educação Física da UFMT Mestrado da Nutrição da UFMT
Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo - 3615 8836
Consultoria em Performance Humana e Estética

Vale a pena estar atento...

Alex Duarte avisa:

No último sábado procurava um telefone público e encontrei apenas um,
em frente ao estacionamento da Praça da Biblia - Casa Caiada - Olinda

Estacionei alguns metros mais atrás e desci do carro.

Quando estava falando chegou um homem sem uma perna e com muletas.

Me perguntou se podia ajudar a anotar um número, e me deu o cartão com
o número e um papel para anotar o telefone.

Com muito prazer para ajudar, peguei o papel e comecei a marcar o número.

Então em poucos segundos comecei a me sentir mal, sentia que estava desmaiando.

Acontecia algo de anormal, então corri para o carro e me fechei, ainda
me sentindo enjoado.

Tonto, tentei ligar o carro e afastei-me um pouco
do local, estacionando mais a frente.

Depois, não lembro de mais nada.

Mais tarde despertei ainda bastante enjoado, e com a cabeça como se
estivesse estourando; Consegui chegar até minha casa, e fui
imediatamente para o hospital...

Após os exames de sangue, confirmou-se o que suspeitava.

Era a droga que está na moda: a "Burundanga" ou escopolamina."

Você teve sorte" - me disse o médico.

"Não foi uma intoxicação, apenas uma
reação à droga...

Não quero nem imaginar o teria acontecido se os teus dedos
tivessem absorvido toda a droga ou ficassem em contato com ela por
mais 30 segundos..."

Com uma dose mais forte, uma pessoa pode ficar até oito dias
"desligada deste mundo".

Nunca tinha pensado que aquilo podia acontecer
comigo!

E foi tudo tão rápido.

Escrevo não para assustar, mas para alertar.

Não se deixem surpreender!

O Médico do hospital (Dr. Raul Quesada) comentou que já são vários os
casos como este e me falou dos mortos que são encontrados sem órgãos,
encontraram-se restos dessa droga nos dedos deles.

Estão traficando órgãos com esta droga!

Tenham cuidado e enviem a todos os familiares, amigos, vizinhos...

Podem acabar salvar uma vida!

A escolopamina ou burundanga, usada também em medicina, provém da
América do Sul e é a droga mais usada pelos criminosos (geralmente
agem em 3) que escolhem suas vítimas.

Ela atua em 2 minutos, faz parar a atividade do
cérebro e com isso os criminosos agem a vontade, fazendo com as
vitimas o que querem: roubos, abusos, etc.

E o pior: ela não se lembrará de nada!!

Em doses maiores essa droga pode fazer a vítima entrar em coma e até
levar à morte.

Pode ser utilizada em doces, papéis, num livro,... ou ainda em um
pano, que uma vez aberto, deixa escapar a droga em forma de gás...

Cuidado com pessoas que vem falar conosco como se nos conhecessem...
especialmente nos pontos de ônibus...

E não deixem estranhos entrarem em casa!!

Reenvie este alerta para todos os seus contactos.

Não custa se prevenir, maldade existe em todos os lugares e cada dia
que se passa os bandidos estão inventando algo diferente...

Vamos ficar alertas então...

Fique ligado - avise seus familiares.

O Ricardo Boechat deu hoje uma notícia sinistra na tv.

A notícia era sobre uma mulher que comprou uma garrafa de água em um
sinal de trânsito, na Zona Oeste do Rio. Logo após beber a água a
mulher começou a sentir-se mal e só lembra de ter acordado em uma
lanchonete do Bob's, sem o carro, obviamente.

Uma pessoa vende a água e uma moto segue o comprador para "socorrer" a
vítima e levar o carro.

A água foi analisada e constataram que continha um anestésico de uso
veterinário.

É mole?

ATENÇÃO, não compre nada de vendedores (bandidos) em sinais e engarrafamentos!

É UMA NOVA MODALIDADE DE ROUBO - MUITO CUIDADO!!!

Pode chegar logo em outros estados... vamos repassar, somos mais
rápidos que eles, na internet...



SEMPRE QUE OUVIR FALAR EM AMAR AO PRÓXIMO;
LEMBRE-SE QUE O MAIS PRÓXIMO DE VOCÊ É VOCÊ MESMO.

domingo, 30 de outubro de 2011

Amazônia está muito próxima de um ponto sem retorno.

Advertência foi feita por Thomas Lovejoy, professor da George Mason University e um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo
- A A +Redação
Agência Fapesp - 27/10/2011
A Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam seu sistema hidrogeológico.

A advertência foi feita por Thomas Lovejoy, atualmente professor da George Mason University, no Estado de Virgínia, EUA, no primeiro dia do simpósio internacional Fapesp Week, em Washington, nesta segunda-feira.

O biólogo Lovejoy, um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo, começou a trabalhar na floresta brasileira em 1965, "apenas três anos depois da fundação da Fapesp", lembrou.

Apesar de muita coisa positiva ter acontecido nestes 47 anos ("quando pisei pela primeira vez em Belém, só havia uma floresta nacional e uma área indígena demarcada e quase nenhum cientista brasileiro se interessava em estudar a Amazônia; hoje esse situação está totalmente invertida"), também apareceram no período diversos fatores de preocupação.

Lovejoy acredita que restam cinco anos para inverter as tendências em tempo de evitar problemas de maior gravidade. O aquecimento da temperatura média do planeta já está na casa de 0,8 grau centígrado. Ele acredita que o limite aceitável é de 2 graus centígrados e que ele pode ser alcançado até 2016 se nada for feito para efetivamente reduzi-lo.

O objetivo fixado nas mais recentes reuniões sobre o clima em Cancun e Copenhague de limitar o aumento médio da temperatura média global em 2 graus centígrados pode ser insuficiente, na opinião de Lovejoy, devido a essa conjugação de elementos.

De forma similar, Lovejoy crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%).

A boa notícia, diz o biólogo, é que há bastante terra abandonada, sem nenhuma perspectiva de utilização econômica na Amazônia e que pode ser de alguma forma reflorestada, o que poderia proporcionar certa margem de segurança.

Em sua palestra, Lovejoy saudou vários cientistas brasileiros como exemplares em excelência em suas pesquisas. Entre outros, Eneas Salati, Carlos Nobre e Carlos Joly.

A Amazônia está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam seu sistema hidrogeológico.

A advertência foi feita por Thomas Lovejoy, atualmente professor da George Mason University, no Estado de Virgínia, EUA, no primeiro dia do simpósio internacional Fapesp Week, em Washington, nesta segunda-feira.

O biólogo Lovejoy, um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo, começou a trabalhar na floresta brasileira em 1965, "apenas três anos depois da fundação da Fapesp", lembrou.

Apesar de muita coisa positiva ter acontecido nestes 47 anos ("quando pisei pela primeira vez em Belém, só havia uma floresta nacional e uma área indígena demarcada e quase nenhum cientista brasileiro se interessava em estudar a Amazônia; hoje esse situação está totalmente invertida"), também apareceram no período diversos fatores de preocupação.

Lovejoy acredita que restam cinco anos para inverter as tendências em tempo de evitar problemas de maior gravidade. O aquecimento da temperatura média do planeta já está na casa de 0,8 grau centígrado. Ele acredita que o limite aceitável é de 2 graus centígrados e que ele pode ser alcançado até 2016 se nada for feito para efetivamente reduzi-lo.

O objetivo fixado nas mais recentes reuniões sobre o clima em Cancun e Copenhague de limitar o aumento médio da temperatura média global em 2 graus centígrados pode ser insuficiente, na opinião de Lovejoy, devido a essa conjugação de elementos.

De forma similar, Lovejoy crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%).

A boa notícia, diz o biólogo, é que há bastante terra abandonada, sem nenhuma perspectiva de utilização econômica na Amazônia e que pode ser de alguma forma reflorestada, o que poderia proporcionar certa margem de segurança.

Em sua palestra, Lovejoy saudou vários cientistas brasileiros como exemplares em excelência em suas pesquisas. Entre outros, Eneas Salati, Carlos Nobre e Carlos Joly.

Hidrelétricas no Madeira: quem ainda se interessa?


Lúcio Flávio Pinto

Em março deste ano, toda imprensa nacional – e também do exterior – se interessou intensamente pela hidrelétrica de Jirau, que está sendo construída no rio Madeira, no Estado de Rondônia, no extremo oeste do Brasil, Milhares de trabalhadores, de um total de 18 mil, se amotinaram e destruíram o acampamento.

A violência não teve paralelo na história dos “grandes projetos” na Amazônia. Nem se justificou por causas explícitas. Não havia um movimento reivindicatório associado à explosão de protesto. O acampamento foi reconstruído e um mês depois as obras foram retomadas, embora com atraso de cinco meses no cronograma. Não houve mais interesse por Jirau desde então.

Agora, sob silêncio quase total, três fatos ainda mais importantes se sucederam no mês passado em Jirau e na outra barragem do complexo hidrelétrico do Madeira. As águas começaram a ser represadas pela represa de Santo Antônio, no baixo curso do rio, no dia 15 de setembro. A partir daí começou a ser formado o reservatório da hidrelétrica, que alcançará, quando completamente cheio, área de 546 quilômetros quadrados.

Uma semana depois, a primeira das 44 turbinas da casa de força principal foi montada. Até o final do ano serão mais duas. Na segunda quinzena de dezembro Santo Antônio começará a gerar energia. Sua capacidade nominal instalada é de 3.850 megawatts.

No mesmo mês de setembro a água voltou a passar pelo leito natural do Madeira, depois de ter sido desviada por uma barragem de terra, para permitir a construção do vertedouro principal da usina de Jirau, que fica mais acima da de Santo Antônio. Em julho do próximo ano será a vez de começar o enchimento do reservatório de Jirau, que em outubro de 2012 colocará em operação a primeira das suas 55 turbinas, capazes de produzir 3.900 negawats de energia.

A falta de interesse da opinião pública por esses acontecimentos causa perplexidade e põe em xeque a dita relevância que a Amazônia tem para o país. É um contraste com o interesse, sobretudo dos grupos organizados da sociedade civil, pela construção de grandes hidrelétricas na região.

Toda atenção parece se concentrar – e se esgotar no momento – na hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. Enquanto a programação de Santo Antônio chegava ao ponto culminante e a de Jirau se lhe seguia, Belo Monte ainda se encontra numa polêmica fase de montagem do acampamento de obras. Não chegou a haver uma intervenção sobre o leito do rio porque a justiça local a proibiu. Permitiu apenas que continuem os serviços em suas margens, onde está sendo erguido o acampamento e as obras secundárias.

É provável que mesmo essa medida seja logo suspensa, conforme tem sido a rotina no ziguezague das decisões entre o juízo de primeiro grau e os tribunais superiores, mais propensos a atender os recursos do construtor contra os pedidos do Ministério Público Federal. O MPF do Pará já ajuizou 12 ações contra a continuidade de Belo Monte. Nenhum processo transitou em julgado.

A obra de Belo Monte pode ser considerada a terceira maior do país, depois de Itaipu, no Paraná, e Tucuruí, no Pará. Sua capacidade nominal supera a da usina do rio Tocantins. Mas não a sua energia média, que é muito baixa: apenas 40% do que a usina pode produzir serão disponíveis o ano inteiro, o menor índice entre todas as grandes hidrelétricas nacionais.
A razão: a enorme diferença de vazão do Xingu entre o inverno e o verão, quando não haverá água para movimentar nenhuma das suas 20 gigantescas turbinas. Com pequeno reservatório, Belo Monte será quase uma usina “a fio dágua”, funcionando com água corrente. Suas turbinas são as convencionais, que precisam de uma grande queda para que suas pesadíssimas engrenagens se movimentem.

As duas hidrelétricas do Madeira são completamente “a fio d’água”, com uma diferença fundamental: suas turbinas, tipo bulbo, funcionam na horizontal e não na vertical. Enquanto a queda em Belo Monte será de mais de 50 metros, em Santo Antônio e Jirau será de menos de 20 metros. Essa possibilidade se deve à vazão constante do rio Madeira, o que permitirá que a energia firme das duas usinas fique entre 60% e 70%.

Como os grandes rios da Amazônia são de planície, com baixa declividade natural, barragens de alta queda provocam a inundação de extensas áreas, com terrível dano ecológico e efeitos negativos sobre a geração de energia. Se o governo pretende continuar a extrair energia desses rios, como anuncia no Programa de Aceleração do Crescimento, as represas devem ser de baixa queda. Para que gerem mais energia, é preciso usar turbinas bulbo.

As quase 100 turbinas bulbo que serão instaladas nas casas de força de Jirau e Santo Antônio são as maiores do mundo. Além disso, nenhuma outra hidrelétrica teve tantas dessas máquinas como as duas usinas do Madeira, que é o 17º mais extenso rio do planeta e o 7º em volume de água. É também o principal afluente do maior de todos os rios da Terra, o Amazonas, e o que mais sedimentos deposita na sua calha, que lhe propicia a maior descarga sólida de todas as bacias hidrográficas no mar. E é o terceiro maior rio brasileiro.

Essas dimensões e as características originais dos
empreendimentos hidrelétricos nele em implantação deviam atrair para a região o alegado interesse nacional pela Amazônia. O silêncio mantido enquanto as obras chegam ao marco da sua realização, já sem possibilidade de retorno, talvez confirme o que se costuma suspeitar: que os cuidados com a Amazônia são mais para impressionar inglês desatento.

Nem mesmo quando foi divulgada uma carta dirigida ao Ministério das Minas e Energia pela Energia Sustentável, o consórcio que constrói Jirau, contra os empreendedores de Santo Antônio. O conflito entre as duas empresas surgiu quando foi decidida a elevação da cota operacional do reservatório de Santo Antônio em quase um metro. Parecia que o problema era apenas uma disputa por geração extra de energia (mais de 206 megawatts de energia firme), proporcionada por mais água na represa de jusante, que a de montante não podia aproveitar. Jirau pretendia adicionar mais 90 MW à sua potência nominal. Com a alteração, o acréscimo só poderia ser de aproximadamente 60 MW

No ofício, os sócios de Jirau garantem que, “além do desrespeito ao contrato de concessão, a elevação da usina a jusante para a cota 71,3 m representa, ainda, graves riscos estruturais à UHE Jirau, que passará a não atender aos índices mínimos de segurança para sua operação". A maior altura “comprometeria a segurança física das estruturas das casas de força e vertedouro de uma das maiores barragens do país, podendo acarretar um acidente sem precedentes, com severos impactos sociais, ambientais e financeiros", diz ainda o documento. Os riscos acarretados pela mudança do projeto de Santo Antônio seriam tão graves que impediram o aval técnico do consultor da obra à infraestrutura de Jirau, por falta da segurança adequada.

Ouvido pelo jornal Valor, de São Paulo, um representante do consórcio Santo Antônio (Furnas, Eletronorte, Odebrecht, Andrade Gutierrez) disse que as alegações dos donos de Jirau são “infundadas” e as questões técnicas já teriam sido respondidas. “Ninguém aqui seria irresponsável de propor algo que pusesse alguém em risco”, assegurou.

Criou-se, assim, uma situação inédita na história da construção de hidrelétricas no Brasil, pondo em oposição os construtores de usinas em pontos diferentes do mesmo rio. Esse tipo de desentendimento só havia sido registrado entre países com partes de uma mesma bacia. A iniciativa de Jirau talvez se explique pelo fato de que o controle acionário do concessionário dessa usina esteja em poder da GDF Suez, grupo francês que detém 50,1% das ações (os outros grandes acionistas são a Eletrosul (20%) e Chesf (20%).

Tinha que ser na Amazônia. Por isso, não ecoou como devia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O padroeiro dos pecadores.

O padroeiro dos pecadores, o chefe dos mensaleiros e o doutor em absolvição de culpados querem uma toga de confiança. (Augusto Nunes)

Despejado da Casa Civil que aviltou, expulso de uma Câmara dos Deputados que absolve até Jaqueline Roriz, duas vezes denunciado pela Procuradoria Geral da República por chefiar o bando envolvido na roubalheira do mensalão, José Dirceu aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal por formação de quadrilha e corrupção ativa. Se as instituições fossem mais musculosas, o atropelador compulsivo de códigos legais, valores morais e normas éticas estaria usando a voz exclusivamente para explicar-se em delegacias e tribunais. Como a idade política do Brasil recuou para perto do tempo das cavernas, Dirceu dá palpite em tudo. Sente-se tão à vontade que, sempre mirando nos próprios interesses, deu de socorrer colegas de bandidagens fantasiado de defensor do Estado de Direito. Haja cinismo.

“Considero corretíssima a posição da presidenta Dilma e de seu governo de não fazer pré-julgamento, linchamento, e respeitar rigorosamente a presunção da inocência do ministro Orlando Silva e que o ônus da prova é de responsabilidade exclusiva do acusador”, voltou a torturar a língua portuguesa nesta terça-feira. “Se não nos mantivermos nessa linha, estaremos quebrando os princípios mais elementares de um Estado Democrático de Direito”. De costas para a perplexidade da plateia, o canastrão caprichou na pose de inocente e foi em frente: “Infelizmente, existe no país uma corrente muito grande, particularmente na mídia, que tem insistido nesse caminho do pré-julgamento, do linchamento… Eu sou uma vítima e exemplo claro disso”. Haja estômago.

O Estado Democrático de Direito e José Dirceu não nasceram um para o outro, berra o prontuário do declarante. Um celebra a liberdade irrestrita de imprensa. Outro sonha com o “controle social da mídia”. Um se subordina ao império da lei. Outro sonha com a condenação à perpétua impunidade. O Estado de Direito estabelece a separação e a independência dos Poderes. O guerrilheiro de festim, no momento, manobra para instalar uma toga de confiança na vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie. Foi esse, por sinal, o tema da reunião que no fim de setembro juntou em Paris os companheiros José Dirceu, Márcio Thomaz Bastos e Lula.

O encontro da trindade nada santa teria sido secreto se Dirceu não fosse uma usina de ideias de jerico: 43 anos depois de ter inventado o congresso clandestino com esconderijo conhecido, nosso Steve Jobs de chanchada resolveu inventar a conversa sigilosa agendada em público. O primeiro espanto ocorreu em outubro de 1968, quando juntou num sítio em Ibiúna, com menos de 10 mil habitantes, os mais de 1.200 participantes do congresso a UNE. Foram todos parar na cadeia. O segundo assombro consumou-se no meio da tarde de 27 de setembro, quando o padroeiro dos pecadores, o chefe dos mensaleiros e o doutor em absolvição de culpados se reuniram num apartamento do Hotel Lutetia. A trinca só não foi parar nas primeiras páginas porque os jornalistas andam meio distraídos.

A quebra de sigilo ocorreu na noite de 22 de setembro, durante uma palestra de Dirceu no auditório da Força Sindical, em São Paulo. Ao sentir a vibração do celular, o artista interrompeu o monólogo, identificou no visor a origem da chamada, abriu um sorriso de notícia boa, comunicou à plateia que a coisa era urgente, levantou-se da mesa e desapareceu nas coxias. Reapareceu quatro minutos depois ainda mais risonho e, antes de retomar o palavrório, resolveu matar de inveja os espectadores:

─ É que eu estou acertando a agenda com o nosso Luiz Inácio Lula da Silva ─ gabou-se. ─ Ele está viajando, está indo para a Europa, e eu vou encontrar com ele.

Sem saber da inconfidência, Lula decolou na noite seguinte, fez uma escala nos Estados Unidos e, em 25 de setembro, instalou-se no cenário da conversa que deveria ser sigilosa. A ideia do encontro na França nasceu quando o Instituto de Estudos Políticos marcou para 27 de setembro a cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente. Como o julgamento do mensalão vem aí, os três acharam que deveriam tratar com urgência do preenchimento da vaga no STF. Ficou combinado que os ex-ministros viajariam para França ─ em datas diferentes e por distintos motivos, para não dar na vista. Horas antes da festa, iriam ao encontro do chefe no hotel onde ficaria quatro dias hospedado.

Em 16 de setembro, depois de avisar no escritório que precisava descansar, o jurista que advoga até quando dorme embarcou com a mulher, num avião de carreira, “para duas semanas de férias”. O casal ficou alojado no Hotel George Sand (modestíssimo, se comparado ao Lutetia, que cobra diárias de até R$ 12 mil). Dirceu, que só lida com processos como réu, disse aos amigos que decolaria rumo a Paris “por causa de alguns compromissos como advogado”. Negou-se a revelar os nomes dos clientes e do hotel em que dormiria. Também não esclareceu se voaria em avião de carreira ou em jatinho fretado. Só conta que voltou ao Brasil no dia 28, quando Lula seguiu para a Polônia.

Durante a festa de doutorado, os três fingiram que era o primeiro encontro em Paris. Esqueceram de combinar com um jornalista que, à tarde, viu Márcio e Dirceu chegando ao Lutetia com a discrição de um espião paraguaio. Durante a conversa, Dirceu procurou convencer os parceiros de que a melhor candidata à toga momentaneamente sem dona é Maria Elizabeth Rocha, ministra do Superior Tribunal Militar. Amiga do ministro José Antonio Dias Toffoli, ex-advogado do PT e ex-chefe da Advocacia Geral da União, Maria Elizabeth trabalhou entre 2003 e 2007 na subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Antes de ser indicada por Lula para o STM, portanto, passou cinco anos subordinada a José Dirceu e, depois, a Dilma Rousseff. Estava na Casa Civil quando explodiu o escândalo do mensalão. Essa anotação no currículo coloca sob suspeição a eventual julgadora de um caso cujo desfecho pode tirar o sossego de Dilma e o sono de Dirceu. A trinca da reunião em Paris luta para impedir que se faça justiça. Se Ellen Gracie for substituída pela candidata preferida dos mensaleiros, os conspiradores trapalhões terão conseguido desmoralizar de vez o Supremo Tribunal Federal.

Flamenguista gosta do Flamengo.

O FLAMENGUISTA gosta do FLAMENGO e ponto! Quem gosta de título é cartório. Quem gosta de vitória é capixaba. Quem se preocupa com gol é a Volkswagen. Quem se preocupa com o craque é polícia e bandido. Quem se importa com divisão é matemático. Viva a nação mais apaixonada do mundo! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas. Quem é flamenguista curte e quem não é FLAMENGO SENTA E CHORA.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

UTILIDADE PUBLICA

SAMU INFORMA: UTILIDADE PÚBLICA IMPORTANTE

As ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada os feridos têm um celular consigo. No entanto, na hora de intervir com estes doentes, não sabem qual a pessoa a contatar na longa lista de telefones existentes no celular do acidentado.

Para tal, o SAMU lança a idéia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contatos o NUMERO DA PESSOA a contatar em caso de emergência. Tal deverá ser feito da seguinte forma: 'AA Emergencia' (as letras AA são para que apareça sempre este contato em primeiro lugar na lista de contatos).

É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou quem nos acuda. Se lhe parecer correta a proposta que lhe fazemos, passe esta mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos..

É tão-somente mais um dado que registramos no nosso celular e que pode ser a nossa salvação. Por favor, não destrua esta mensagem! Reenvie-o a quem possa dar-lhe uma boa utilidade.

SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência



(Repassem. Afinal, trata-se de uma informação de muita utilidade)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TORRADAS QUEIMADAS!.

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.

Entao filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, à você e ao próximo.
"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."

TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI.

José Ribamar Bessa Freire
09/10/2011 - Diário do Amazonas

Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da Amazônia. Começou no dia 4 de abril de 1654, em São Luís do Maranhão, com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num auditório da Universidade Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de outubro, quando estudantes hostilizaram dois deputados federais que defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.
A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.
A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários. Somente um ano depois da Independência do Brasil, em agosto de 1823, é que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se unificando.
Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as capitanias da região norte fossem transformadas em entidades autônomas. O padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV, convenceu o monarca a fazer exatamente o contrário, criando um governo único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São Luís e depois em Belém.
Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais governadores, o que dificultaria o controle sobre eles. É mais fácil vigiar um ladrão do que dois, escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de abril de 1654: “Digo, senhor, que menos mal será um ladrão que dois, e que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.
Num sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os governadores, nomeados por três anos, de enriquecerem durante o triênio, juntamente com seus amigos e apaniguados, dizendo que eles conjugavam o verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas. Vale a pena transcrever um trecho do seu sermão:
- “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantos para isso têm indústria e consciência”.
Segundo Vieira, os governadores ”furtam juntamente por todos os tempos”. Roubam no tempo presente, “que é o seu tempo” durante o triênio em que governam, e roubam ainda ”no pretérito e no futuro”. Roubam no passado perdoando dívidas antigas com o Estado em troca de propinas, “vendendo perdões” e roubam no futuro quando “empenham as rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe vem a cair nas mãos”.
O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu:
“Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se tiveram feito grandes serviços tornam carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas”.
Numa atitude audaciosa, padre Vieira chama o próprio rei às suas responsabilidades, concluindo:
“Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos ladrões. E por que? São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo”.
Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas, mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos. Por isso, o Conselho Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando 13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação à proposta. Em nota oficial, esclarece:
“Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós, porque essa não era sua reivindicação e também porque não eram convidados. Esse movimento foi iniciado e liderado nos últimos anos por políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente dificilmente é bom para nós”.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O CARPINTEIRO

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia. Foi
uma reunião de ferramentas para acertar as suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram
que teria que renunciar. A causa: fazia demasiadamente barulho e além
do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo reconheceu a sua
culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso. dizendo que ele
dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque o parafuso
concordou mas por sua vez pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era
muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou com a condição de que se expulsasse o metro que sempre
media os outros segundo a sua medida, como se forra o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu
trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente
a rústica madeira tomou formas e se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a
discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:

-"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro
trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não
pensemos em nossos pontos negativos e concentremo-nos só nos
positivos."

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava
força, a lixa era especial para limar e afinar aspereza e o metro era
preciso e exato. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir
móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar
juntos. Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e
comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e
negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos
positivos dos outros, florescem as melhores conquistas humanas. É
fácil encontrar defeitos, qualquer um pode vê-los, mas, encontrar
qualidades...


(autor desconhecido)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O porão dos fracassos insepultos

Por Augusto Nunes

Sempre lançados com pompas, fitas e discurseira, sempre atribuídos ao brilho incomparável do inventor do Brasil Maravilha, programas e projetos federais nunca morrem oficialmente. Nunca ─ nem mesmo quando viram cadáveres em adiantado estado de decomposição. É o caso do Fome Zero, do Primeiro Emprego, do PAC da Copa, do PAC da Olimpíada, do Segundo Tempo ou do terceiro aeroporto de São Paulo. Morreram de inépcia, de corrupção, de inoperância, de politicagem, ou da soma dessas moléstias tropicais. Mas permanecem no porão dos fracassos insepultos, para que os brasileiros que pagam todas as contas não enxerguem os naufrágios que financiaram.
Na edição desta terça-feira, uma reportagem do Globo comprovou que a coleção de mortos-vivos foi ampliada pelo ProJovem. Nascido em 2007, o programa foi apresentado pelo presidente Lula ─ escoltado pelos ministros Fernando Haddad, Carlos Lupi e, claro, Dilma Rousseff ─ como a salvação dos moços à procura de escola e emprego. Passados quatro anos, o Tribunal de Contas da União fez um balanço do desastre retumbante. Ainda incompleto, é desoladoramente repulsivo. Variadas formas de ladroagem engoliram a maior parte da verba de R$ 3 bilhões. O número de jovens atendidos é insuficiente para eleger um deputado em Roraima. Em vez de providenciar-lhe um enterro cristão, o governo promete ressuscitar o morto em 2012. Com injeções de dinheiro, naturalmente.
Os corruptos não perdem o apetite, confirma o texto reproduzido na seção Feira Livre. Os brasileiros honestos é que precisam perder a paciência com a impunidade dos ladrões.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nosso Pensamento é matéria.

O espírito André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, nos informa que o nosso pensamento é matéria. Eu sempre fiquei impressionado com essa afirmação.
Ora, se o nosso pensamento é matéria então nós construimos coisas o tempo todo.

Isso é verdade. O tempo todo construimos coisas com nossos pensamentos. Agora, imagine o que você está criando em seu dia-a-dia…

Alguns cientistas afirmam que temos, em média, cerca de 60 mil pensamentos diariamente. Quantos pensamentos de tristeza, revolta, frutstração, negativismo, raiva e rancor você tem emitido a cada dia?

Agora, imagine a força que essas milhares de construções mentais negativas têm sobre a sua vida!

Nos últimos anos muito têm se falado em livros e dvds de O Segredo, e que foi uma excepcional jogada comercial de lançamento de um produto. Admiro o que fizeram. A mensagem principal deles é que você atrai aquilo que passa mais tempo pensando.

Assim, se você passa o dia inteiro pensando que as coisas não podem piorar mais, que tudo está dificil, que precisa dar um jeito de sair do buraco, etc, você está, na verdade, construindo o tempo inteiro imagens de dificuldades, de buraco, de pioras. A lógica seria você se concentrar em imaginar paz, prosperidade, imaginar que tudo está dando certo, que tudo está progredindo. Parece a mesma coisa mas na verdade, as imagens mentais são bem diferentes.

Há uma historinha que ajuda a esclarecer isso melhor:

Imagine que você tem um milhão de reais para gastar em um unico dia. Ai, você vai ao shopping center e vê lençóis horríveis. Então você pega e diz: Detesto esse lençol, vou comprar todos eles e gastar cem mil reais neles e levar pra casa.

Depois, encontra um monte de eletrônicos de péssima qualidade e diz, que coisa horrível, vou gastar o resto do meu dinheiro nisso e levar t udo pra minha casa.

O que aconteceu? Porque você gastou todos os seus recursos naquilo que não gosta? Justamente naquilo que não quer!

Em vez de se concentrar naquilo que você não gosta ou não quer, porque você não se concentra naquilo que quer?

Essa tem sido a lógica de muita gente no dia-a-dia. Vive se enchendo de preocupações, de angústias, o que equivale dizer: Vive construindo imagens de preocupações, de angústias.

O Espiritismo convida-nos o tempo todo a fazermos a nossa renovação mental, vinculando-nos a Deus, com fé, confiança e amor. Esclarece-nos o Espiritismo, que atraímos aquilo em que mais pensamos, por simples e automática sintonia vibratória e, por isso, os espíritas são convidados constantemente a evitar cenas e conversas de violência, de agressividade, de baixo calão, de baixo teor vibratório, a fim de não se contaminarem com os miasmas deletérios gerados por tais criaà �ões mentais.

Lembre-se: Você está criando o tempo todo, uma atmosfera ao seu redor. E essa atmosfera, como material que é, possui um campo vibratório e força de atração magnética. Dessa forma, considere substituir todos os seus pensamentos ruins, negativos, por pensamentos bons, positivos.

Começando nossa reforma íntima por nossa renovação mental, já começamos avançando grandes passos!
Postado por Marco Aurelio Rocha - Dezembro 26, 2010

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

BOTANDO OS BOIS PRA DORMIR

Ao assinar uma parceria com o governo dos Estados Unidos pela transparência e pela fiscalização das ações dos poderes públicos, nesta terça-feira (21), a presidente Dilma Rousseff destacou a liberdade que a imprensa tem para exercer suas atividades no Brasil. Em rápido discurso durante encontro com o presidente norte-americano Barack Obama, em Nova York, Dilma ressaltou também a “autonomia” que Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Procuradoria-Geral da República têm para combater a corrupção.

* * *

De todos os órgãos de combate à corrupção nominados pela Presidenta Dilma, o que foi citado no final é o mais importante e o mais eficaz. Vou transcrever do jeito que ela falou:

“Conta-se também com a positiva ação vigilante da imprensa brasileira, não submetida a qualquer constrangimento governamental.”

Como estava numa seleta assembléia internacional, a única coisa que ela não disse é que a “vigilante imprensa brasileira” só está livre e vigilante, investigando, apurando e publicando tudo, não por causa do governo dela. Mas apesar do partido dela, o PT, que busca incessantemente o “controle social da mídia” e a aprovação do “marco regulatório”. E apesar da “justiça” que censura jornais por ordem do cacique Sarney. O noticiário de poucos dias atrás sobre o congresso do PT (do qual Dilma participou) continha inúmeras declarações de caciques encarnados sobre o assunto. A liberdade que a imprensa brasileira desfruta hoje é fruto de uma luta que custou sangue, vidas, muita luta e atravessou todo o período de trevas do governo militar, situado num dos extremos do espectro ideológico. Não vai ser as ameaças do outro extremo que nos fará voltar ao tempo das cavernas (ou das celas…)

O que Dilma chama retoricamente de positiva ação vigilante da imprensa, é classificado pelos seus admiradores brasileiros como “onda denuncista” ou, quando diante de fatos indesmentíveis, como “debate periférico da oposição”.

Os ministros demitidos nos últiumos meses por roubalheira, corrupção e gatunagem não foram demitidos por Dilma. Foram demitidos pela positiva ação vigilante da imprensa. Negar isto, quem há de????!!!!

Apesar das palavras claras e diretas da Presidenta Dilma no exterior, seus seguidores aqui no chão pátrio costumam taxar os jornais e revista do Brasil como “Imprensa Livre S/A”, “Vejinha”, “PIG”, “mídia golpista” e “imprensa reaça”. Enfim, são uns catrefas bundões que se atolam e se enrolam nas próprias palavras quando tentam mostrar o invisível e defender o indefensável. Tão “isentos” que selecionam os ladrões e corruptos que podem ser acusados ou defendidos. Os guabirus vermelhos são santos; os ratos azuis são demônios. Pois sim…

No dia de hoje, quarta-feira, os mesmos órgãos citados pela Presidente Dilma em sua reunião lá no zisteites, que ela diz que são pra “combater a corrupção”, também foram citados por quem entende que só a porra do assunto: os delegados da Polícia Federal.

Vejam esta notícia:

O combate à corrupção não é prioridade para o governo, afirmam delegados da Polícia Federal. Segundo eles, órgãos de fiscalização pública - como a própria polícia, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União - sabem onde há desvios de verba, mas não os evitam porque a questão seria tratada de forma “secundária” pela atual gestão.

De acordo com levantamento feito pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, o combate à corrupção não é contemplado pelo Plano Plurianual 2012-2015, divulgado em 31 de agosto. Dos 11 desafios e 65 pontos prioritários do plano, o tema é citado apenas três vezes.

“Não há investimento para estancar a perda do dinheiro público. Isso vai evitar que as metas do governo sejam cumpridas. Podem até poupar, mas, se há vazamento, o dinheiro vai embora. Também não adianta tirar ministro se a máquina está comprometida. Vai-se perder o dinheiro ou na má gestão ou na corrupção. Desenvolvimento sustentável e justiça social é impossível com desvio de dinheiro público e fraude”, disse o diretor de comunicação da ADPF, Carlos Leôncio.

Os delegados da Polícia Federal estimam que, anualmente, entre R$ 50 e R$ 84 bilhões seja perdido em desvio de verba - o que corresponde a 1,4% a 2,3% do Produto Interno Bruto.

Com o anúncio da ampliação de programas sociais - como o Minha Casa, Minha Vida e o Brasil sem Miséria - e a proximidade de grandes eventos - como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 -, a Polícia Federal estima que o desvio de verba pública deverá aumentar.

“Megaeventos são megaoportunidades para o desvio público, pois há aumento considerável do aporte financeiro. Com uma aparelho de fiscalização debilitado, há vazamento”, declarou Leôncio.

domingo, 11 de setembro de 2011

AMAS O BASTANTE?

"Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?" - (JOÃO, capítulo 21, versículo 17.)

Aos aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado do apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o Mestre suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.

Contudo, o ensinamento é mais profundo.
Naquele instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos serviços redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de seus tutelados do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a vida eterna.

Muito significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular. Jesus não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador, relativamente a Ele, não reclama compromisso formal. Pretende saber apenas se Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais dificuldades se resolvem. Se o discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a tarefa mais dura converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.

É imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais valem muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás efetivo e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 28 edição. Capítulo 97. Brasília: FEB. 2009.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

LIVROS GRATUITOS E MUITO MAIS

LIVROS EM PDF - ISSO NINGUÉM DIVULGA

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais....
Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico. gov.br
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes, conhecidos e alunos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Divulgue para o máximo de pessoas!principalmente aos nossos professores e alunos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A GRAVE RESPONSABILIDADE PELA REDIVISÃO DO PARÁ

Lúcio Flávio Pinto

O Brasil ainda não se deu conta de que um novo capítulo da sua história está se oferecendo para ser escrito. Pela primeira vez a feição geográfica do país não dependerá de um ato de império do poder central. Ao invés disso, um plebiscito inédito será realizado, graças à regra estabelecida pela constituição de 1988. Os eleitores votarão para definir o novo perfil do Pará, o segundo maior Estado da federação.



A consulta plebiscitária acontecerá dentro de quatro meses, em 11 de dezembro, mas nem a opinião pública se interessou até agora pelo tema, certamente por desconhecer a sua importância, nem as regras básicas estão definidas. O Tribunal Superior Eleitoral, que já baixara suas resoluções, terá até o final do mês para decidir se aproveita ou não as sugestões apresentadas na audiência pública, realizada na semana passada, em Brasília.


O que está em causa é um território de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, onde vivem mais de 7,5 milhões de pessoas. Se o Pará atual constituísse um país independente, seria o 25º mais extenso do mundo. No continente, só a Argentina, o próprio Brasil e o Peru o superariam. Seria um pouco maior do que a Colômbia. Pelo critério populacional, ficaria na 97ª posição mundial.


A primeira ordem de grandeza que impressiona resulta do contraste entre extensão física e população. É o critério que mais pesa nas decisões tomadas pelo poder central em relação à Amazônia. Os estrategistas de Brasília acham que a dispersão demográfica é um elemento de fragilidade da região diante da cobiça internacional que provoca.


Pouca gente espalhada por um espaço tão grande também dificultaria o aproveitamento das riquezas naturais da Amazônia e sua integração econômica ao país, expondo-a ao risco de interesses externos e a uma eventual usurpação por potência mundial, como os Estados Unidos. Seria necessário encurtar o espaço e adensar a presença do pioneiro nacional (o colono e o colonizador) para garantir a soberania e a segurança nacional.


Este seria o principal fundamento para dividir o Pará. Seu atual território passaria a abrigar mais dois Estados: Tapajós, a oeste, e Carajás, ao sul. O Pará remanescente seria o menor territorialmente dentre os três, porém o maior em população. O novo Pará cairia da 2ª para a 12ª posição no ranking nacional por extensão, ficando quase do mesmo tamanho de Roraima e Rondônia, na própria Amazônia, e de São Paulo, a mais habitada das unidades federativas brasileiras, no conjunto nacional. A queda seria menos acentuada do ponto de vista demográfico: sairia do 9º para o 12º lugar entre os Estados mais populosos.


O possível Estado do Tapajós, com 722 mil km2, seria o 3º maior do Brasil (superado apenas pelo Amazonas, com 1,5 milhão de km2, e Mato Grosso, com 903 mil, mas estaria no rabo da fila demográfica: teria mais habitantes apenas do que Acre, Amapá e Roraima, todos na Amazônia mesmo (os dois últimos transformados em Estados pela constituição de 1988). Já Carajás, com 285 mil km2, seria o 8º maior do país em extensão e estaria apenas uma posição acima do Tapajós em população.


Mas não é só – nem principalmente – esse conjunto de grandezas que estará em jogo no plebiscito. O território que pode vir a abrigar esses três eventuais Estados é o maior exportador mundial de minério de ferro, o maior produtor de alumina , o 3º maior produtor internacional de bauxita, significativo produtor de caulim (o de melhor qualidade do mercado para papéis especiais) de alumínio, e possui crescente participação em cobre e níquel. Ainda tem florestas e espaço territorial para ser um grande produtor agropecuário e madeireiro, à custa de continuar a ser líder em desmatamento.


Só a pauta de exportação mineral é mais diversificada do que a da África do Sul, cuja atividade econômica é muito mais antiga do que a do Pará. Sem falar em várias outras riquezas naturais, reais ou potenciais, que fazem dessa parte do Brasil uma fonte de commodities para o mundo, que, na crise atual, verá a Amazônia como fronteira ao seu alcance.


Com a exploração desses recursos, o Pará se tornou o 5º maior produtor de energia (e o 3º maior exportador de energia bruta) do Brasil, o 2º maior minerador nacional, o 5º maior exportador geral e o 2º que mais divisas fornece para o país. De cada 10 dólares recolhidos pelo Banco Central, 70 centavos são provenientes do Pará. Em compensação, ele é o 16º em desenvolvimento humano e o 21º em PIB/per capita (a riqueza dividida pela população). Está do lado do 3º Brasil, o mais pobre, na companhia de seis Estados nordestinos


A nova configuração física dessa vasta área de 1,2 milhão de km2 vai mudar esse paradoxo, que submete o Estado, por decisão tomada de fora para dentro, e de cima para baixo, a um processo de desenvolvimento semelhante ao do rabo de cavalo: quanto mais cresce, mas vai para baixo?


Com base nessa realidade, é impossível não concluir que o Pará segue um modelo colonial. Não sendo o detentor do poder decisório, a utilização das suas riquezas beneficia mais a quem compra do que a quem produz. Os efeitos multiplicadores ocorrem fora do seu território, assuma ele sua configuração atual ou venha a ser retalhado em mais duas partes. Essa modificação não atingirá o processo decisório.


Se realmente o Brasil considera a Amazônia a sua grande fronteira, a ser utilizada para poder crescer mais e com maior rapidez, o debate sobre a redivisão do Pará devia ser item importante da agenda nacional. O jurista paulista Dalmo de Abreu Dallari, com o endosso do senador – também paulista – Eduardo Suplicy, interpelou o TSE para que o plebiscito, ao invés de ser realizado apenas junto à população do Pará, se estenda a todo país.


O pedido não tem fundamento legal. A constituição, ao determinar a consulta específica à “população diretamente interessada”, eliminou a audiência generalizada. Do contrário, não precisaria fazer a restrição. Mas se não pode votar no plebiscito, o brasileiro pode – e deve – se manifestar sobre a causa. Pela primeira vez, se o Brasil mudar de feição, terá sido pelo voto do cidadão e não por ordem de Brasília. É uma responsabilidade e tanto.


Os políticos, aos quais o TSE conferiu a exclusividade de iniciativa na organização das frentes que vão tentar influir sobre o eleitor no plebiscito, já se mostraram aquém dessa responsabilidade. Foi através do voto dos líderes de partido, coagidos pela contingência da votação de matérias urgentes pendentes na pauta do Congresso Nacional, e não através de discussão e votação em plenário, que o plebiscito foi decidido. Decisão grave demais para ficar restrita a esse ambiente fechado – e, frequentemente, viciado.