A presidente Dilma Rousseff está com o ex-ministro (com quem sempre conversa sobre economia brasileira) Delfim Netto engasgado na garganta, por conta de artigo que ele publicou condenando as manobras fiscais do governo, que rotulou de “deplorável operação de alquimia”.
Na opinião de Delfim, o governo teria construído “uma relação incestuosa
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Delfim Netto foi o civil mais poderoso durante a ditadura militar e comandante absoluto da economia e das finanças do Brasil Grande dos milicos.
Foi, também, o mais importante conselheiro econômico do ex-presidente Lula, com quem costumava jantar no Palácio da Alvorada pra dar orientações a Lapa de Asno sobre como conduzir a revolução lulo-bolivariano-vermêia do Socialismo Muderno. Era uma convivência tão íntima e tão intensa que houve muitas especulações e boatos de que Delfim seria nomeado pro ministério petralha ou pra presidência do BNDES.
Uma influência que diminuiu intensamente quando Dilma chegou ao poder.
Quanto ao artigo que Delfim Netto escreveu na semana passada, escancarando as sacanagens e tapeações contábeis do gunverno petralha (mais umas…) e que deixou Dilma de orelha ardendo, de garganta engasgada e de priquita em brasa, transcrevo pros leitores do JBF os três últimos parágrafos:
“…..É pena, portanto, que o governo perca credibilidade em troca de nada, como, por exemplo, estimular a contabilidade “criativa”, pois um superávit primário de 2% do PIB faz todo o serviço de que precisamos. A recente “quadrangulação” para cumprir o superávit primário foi uma deplorável operação de alquimia. A repetição desses “truques contábeis” está construindo uma relação incestuosa entre o Tesouro Nacional, a Petrobras, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Trata-se de uma sucessão de “espertezas” capazes de destruir o esforço de transparência que culminou na magnífica Lei de Responsabilidade Fiscal, duramente combatida pelo Partido dos Trabalhadores na sua fase de pré-entendimento da realidade nacional, mas que continua sob seu permanente ataque.
A quebra de seriedade da política econômica produzida por tais alquimias não tem qualquer efeito prático, mas tem custo devastador. Se repetida, vai acabar matando os próprios alquimistas pela inalação dos gases venenosos, que, todos sabemos, elas mesmas emitem…”
Até um militante do PT é capaz de entender isto que Delfim escreveu.
Como diria Natan, “deu pra tu???”
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