quinta-feira, 14 de junho de 2012

SEGUE O ENREDO.


A performance do governador do DF Agnelo Queiroz (PT) na CPI do Cachoeira não foi diferente daquela protagonizada pelo governador Marconi Perillo (PSDB-GO) na véspera: claque para aplaudir, claque para vaiar, jovens com nariz de palhaço, jovens com frases de efeito a favor de Agnelo.
O acordo PT-PSDB continuou: com direitos aos mesmos desaforamentos, perguntas amenas, respostas infinitas, juras de inocência, depoimentos de honestidade.
> Quebrando o que
Agnelo Queiroz, para dar um capote em Perillo, inaugurou o ato autorizando a quebra do seu sigilo bancário e chamando Cachoeira e sua turma de quadrilha de delinquentes com a qual ele não se metia.
Perillo, para sair do capote, ligou aos tucanos na CPMI e lhes autorizou a alardear que também abria mão do seu sigilo, pois, idem, nada a temer tinha.
As palmas troaram em ambas as ocasiões.
> Já estava quebrado
Não mais que de repente, alguém descobriu que o governador do DF chovia no molhado: o ministro do STJ Cesar Rocha, determinou a quebra do sigilo bancário dele em novembro de 2011, portanto, ele autorizou a quebra do que já estava estilhaçado.
Ambas as claques ficarem, assim, meio de bubuia…
> De governadores a santos
Frigindo os ovos: os tucanos endeusaram Marconi Perillo e o fizeram voltar para o Goiás como o mais probo homem da história do Brasil; os petistas ungiram Agnelo Queiroz e ele saiu da CPMI como aquele que não corrompe e não deixa corromper.
Portanto, como combinado, os dois governadores que agora se entendam com o procurador-geral da República, que pediu abertura de inquérito contra ambos, mas a CPMI lhes vai recomendar ao Vaticano, para que os inclua no próximo procedimento de canonização, antes da santificação de João Paulo II.
> O santo dos santos
Mas, o mais santos de todos é o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB): ele sequer precisou ser chamado à beatificação.
(Publicado originalmente no Blog do Parsifal).

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